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Dar uma voltinha de carro por Gotham City não deve ser tarefa das mais fáceis. Afinal, trata-se de uma das cidades mais violentas do universo dos quadrinhos, com pelo menos um par de psicopatas espreitando a cada esquina. Imagine então a situação do coitado do Batman, inimigo público número 1 da bandidagem. É claro que ele iria precisar de muito mais do que um carro. Ele precisaria de uma máquina avançadíssima como o batmóvel, seu mais célebre equipamento.
Em suas diversas encarnações nas telinhas e telonas, o Morcegão já dirigiu diversos modelos de batmóvel, atendendo a todos os gostos – daqueles mais cheios de traquitanas aos mais reforçados para a sua incansável guerra contra o crime. Em Batman Begins, quinta aventura cinematográfica do Cavaleiro das Trevas que chega aos cinemas esta semana, nosso herói terá um novo veículo. Nada melhor, portanto, que voltar no tempo e rever os carrões que o defensor de Gotham estacionava na batcaverna em tempos passados…
:: 1966: ENTRE MEIAS-CALÇAS E BARRIGUINHAS
Além de Adam West e Burt Ward, a principal estrela do clássico seriado dos anos 60 exinido pela ABC era o Ford Lincoln Futura 1955 que se transformou na locomoção para que Batman e Robin atendessem aos chamados desesperados do Comissário Gordon. Totalmente modificado pela Barris Kustom Industries, especialista em ‘customização’ de automóveis, o carrão usado pela dupla dinâmica na série ficou pronto em três semanas.
E olha que o trabalho foi muito bem feito, porque os dois cruzados estavam bem protegidos graças aos vidros à prova de balas. Aliás, até as rodas (todas com tração) tinham uma espécie de revestimento extra para evitar maior surpresas por parte de vilões espertinhos. Para uma freada em alta velocidade, nada melhor do que um par de pára-quedas abertos na parte de trás e acionados diretamente pelo painel de controle.
Invadir um covil inimigo é sempre muito mais fácil quando seu carro dispara mísseis. Ou quando a sua antena super-poderosa capta, além de diversas transmissões de rádio, todas as informações enviadas diretamente pelo batcomputador na batcaverna. Ou mesmo quando você tem um mapa eletrônico da cidade inteira mostrado na mini-tela de computador do lado do volante. Aí é moleza, né?
:: 1989: E AÍ, GATINHA, QUER DAR UMA VOLTINHA?
E então, Tim Burton ressolveu dar ao Morcego a sua primeira versão anos 90, nas telonas. Optando por um roteiro muito mais sombrio, reflexo do tom que ganharam suas histórias depois da mini-série definitiva O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, Burton chamou Michael Keaton para entrar na pele de Bruce Wayne…e, é claro, deu para o cara um carro novo. Este batmóvel seria usado nos filmes Batman e ainda na continuação Batman: O Retorno – na qual ele convidaria a Mulher-Gato para conhecer sua caranga envenenada…
Aliás, bota envenenada nisso. Criado especialmente para o filme, este batmóvel – inspirado no veículo dos quadrinhos da década de 40 – conseguia chegar de 0 a 111 km/h em menos de 3,7 segundos. Tudo graças a um motor que era, na verdade, uma turbina de jato. Com um sistema de segurança, controlado pela voz, que permite ao Morcegão travar as rodas e cobrir todos os vidros do veículo com uma proteção blindada, esta nova versão do carro é muito mais computadorizada e modernosa. E perigosa também: afinal, ao invés de dois mísseis de festim, ele traz duas singelas submetralhadoras. Uau.
:: 1995: É HORA DAS PLUMAS E PAETÊS!
Quando Joel Schumacher assumiu a direção da batfranquia, decidiu suavizar o tom sombrio de Burton e dar mais cores e brilhos ao universo do Batman. É claro que a mudança se refletiu no batmóvel de Batman Eternamente. Com um motor ZZ3 Chevrolet, este carro ficou menos sóbrio e mais sinuoso do que seu antecessor, ganhando uma enorme causa recortada, duas “asas” e calotas com o popular batsímbolo.
A principal mudança, no entanto, seguia um pequeno detalhe no novo uniforme do herói – que ganhou pequenos relevos em azul. Com uma parte do corpo aberta, o batmóvel deixava transbordar uma radiante luz azulada – que lembrava, por sinal, os atuais carros “tunados” cheios de neon que vemos pelas ruas hoje em dia…
:: 1997: ENTRANDO NUMA FRIA…
No final de Batman Eternamente, o Charada (Jim Carrey) consegue invadir a Mansão Wayne, chega até a batcaverna e explode tudo por lá – incluindo os batveículos do nosso obstinado herói. E então, para o filme seguinte (“Batman e Robin”), Schumacher teria a oportunidade ideal para construir novos modelos – e fazer surgir um novo batmóvel.
O automóvel, na verdade, não mudou tanto assim. O motor era o mesmo. As enormes asas de morcego continuavam lá. Mas o diretor optou por menos brilhos – enquanto Gotham City ganhava contornos de um baile de carnaval. Graças aos sulcos nas laterais, ainda era possível ver os mecanismos em funcionamento. E, na frente, uma enorme protuberância com o batsímbolo. Para completar, basta dizer que o destino deste batmóvel foi ser congelado pelo vilão Sr.Frio (Arnold “Governator” Schwarzenegger). Deprimente…como o restante do filme, aliás.
:: 2005: SURPRESA!
Ainda se sabe muito pouco sobre as especificações técnicas deste novo batmóvel que chega às telas este ano em Batman Begins. Criado pelo designer de produção Nathan Crowley lado a lado com o diretor Christopher Nolan, ele tem ares de tanque de terra. Trata-se de uma adaptação de um veículo de combate desenvolvido pela área de tecnologia da Wayne Enterprises, a megacorporação regida por Bruce Wayne (Christian Bale).
Os leitores de quadrinhos mais atentos logo notaram as semelhanças entre este batmóvel e aquele que um Batman cinquentão dirige na série “O Cavaleiro das Trevas”. “Tem o design perfeito para combater o crime nas ruas”, defendem alguns. “É exagerado demais, perdeu aquele tom classudo”, atacam outros (incluindo aquele que vos escreve). O resultado final? Você decide ao ver o filme nos cinemas.
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