Alexandre Ottoni era apenas uma criança criativa, que desenhava monstrinhos e criava histórias sobre batalhas espaciais. Quando entrou em contato com Guerra nas Estrelas pela primeira vez, era tarde demais: descobriu que já havia sido levado para o Lado Nerd da Força. Um belo dia, ele resolveu juntar todo seu conhecimento acumulado em anos e anos de Star Wars, RPG, Senhor dos Anéis e demais clássicos nerds, e usá-lo com um objetivo – fazer rir os nerds espalhados pelo mundo. Assim nasceu o site Jovem Nerd, que conta com várias montagens e piadas lotadas de referências a filmes e elementos da cultura pop, de um jeito que só, nós, os abençoados nerds, conseguimos entender. Com o passar do tempo, o site começou a ser descoberto, e já chegou a ter mais de 2000 visitantes únicos e 18.000 page views por dia. Mas, alegando que precisava de mais tempo livre para se dedicar a um projeto pessoal seu (mais especificamente, um livro de fantasia), Alexandre fechou o site. Por pouco tempo. Depois de sete meses fora de atividades, o Jovem Nerd voltou, para trazer alegria a você e o vovô. =) Aproveitando que sua criatura acabou de ser ressuscitada, o Jovem Allotoni, formado em Desenho Industrial, tirou um tempo livre entre uma montagem no Photoshop para o JN e seu trabalho em uma agência de design de sites e multimídia no Rio de Janeiro, e bateu um papo com o pessoal d’A ARCA.

A ARCA: Qual o seu nome?
O JOVEM NERD: Sir Galahad of Camelot.

AA: Qual sua missão?
JN: To seek the Holy Grail!

AA: Qual sua cor preferida?
JN: BLUE! No, YeEEEAAAAAAAWWWWWWWWWWWW….

AA: Agora, falemos sério (?). Como foi que surgiu o site “Jovem Nerd”?
JN: Sempre fui um pouco resistente a novidades. Fui o último a trocar Windows 3.11 pelo 95 e só entrei no Orkut depois de ignorar 379 convites. A mania de blogs também demorou para me pegar, mas em 2002 acabei cedendo. Ok, eu teria um blog. Mas o que fazer? Se fosse para entrar na brincadeira, teria que ser algo diferente do formato “diário digital”. Mas sobre o que poderia falar diariamente, que valesse a atenção de outras mentes tão insanas quanto a minha? Só poderia cair em um mundo que eu adorava, e achava tão difícil de encontrar pela internet: o humor nerd.

AA: Então você fechou o site por um tempo, mas recentemente, no dia 13 de abril (aniversário de 3 anos do Jovem Nerd), ele ressurgiu das cinzas. Explique-nos isso aí: por que você decidiu ressuscitar o menino?
JN: Como o Dr. Emmet Brown disse em De Volta Para o Futuro 3: “É impossível resfriar um bom cientista”. Assim como um bom nerd, não conseguimos ficar muito tempo fora de ação. Sempre que eu meu sócio-nerd, Deive “Azaghâl” Pazos, tínhamos alguma boa idéia para o site, falávamos: “É, que pena que acabou. Isso ia ser legal.” Não deu para agüentar!

AA: Qual é a equipe que trabalha para o Jovem Nerd hoje em dia?
JN: O corpo e alma do JN é composto por Alexandre “Alottoni” Ottoni e Deive “Azaghâl” Pazos, responsáveis por todas as publicações humorísticas. No comando do fórum temos Bruno “Holygriever” Barbosa, e também o jornalista Mário “Fanaticc” Abbade nos elucidando com matérias do cinema cult.

AA: Você acha que o JN ajudou a que muitos nerds escondidos pela Internet saíssem do armário?
JN: Sem dúvida. Pelo menos assim contam os diversos e-mails que recebi e comentários que li no site e fórum nesses três anos. Fico muito feliz, porque o principal motivo da criação do “Jovem Nerd” foi fazer algo divertido para agrupar esses nerds espalhados pelo Brasil em uma pequena comunidade. Isso sem dúvida foi alcançado. Mesmo depois de muitos meses desativado, o site continuava sendo visitado diariamente por muitos deles. Fiz excelentes amigos.

AA: É difícil fazer humor para o público nerd?
JN: Nem um pouco. O critério de humor adotado no “Jovem Nerd” é estritamente baseado no que achamos engraçado. Sempre tentamos fazer o máximo de referências a objetos de culto do mundo nerd, filmes recentes, filmes antigos, HQs, RPG, vídeo-games, séries de TV, livros, personalidades. Costuramos tudo isso com nossas idéias loucas e tcharam! Claro, nem sempre agradamos à maioria, mas até hoje o saldo foi positivo.

AA: Quando foi que você descobriu que era um nerd? O que contribuiu pra que isso acontecesse?
JN: Outro dia encontrei meus cadernos de desenhos da 1ª à 4ª série. Naves espaciais, monstros gigantes, magos, cavaleiros de espada. Cavaleiros de espada com magos enfrentando monstros gigantes em naves espaciais… Na verdade, sempre fui um nerd, mas não sabia. Não conseguia entender a conexão entre ser sempre o último a ser escolhido no futebol da escola, nunca ter aprendido a andar de skate, patins e pegar onda (acredite, eu tentei todos) e adorar jogar RPG no recreio. Graças a George Lucas, um dia em minha pré-adolescência percebi que há muito estava separado de uma substancial porção de entretenimento educativo que iria governar minha vida nerd: “Star Wars”. Naves, monstros, “magos”, naves gigantes, espadas laser! Meu caderno de desenhos!!! Não tinha mais volta.

AA: Pelo que me consta, você é realmente fã ardoroso da saga de George Lucas. O que achou de Episódio III?
JN: Gostei muito mesmo. O filme é bom, apesar de ter minhas reservas a como certos fatos foram conduzidos. Ainda sou, e sempre serei fã incondicional da trilogia clássica.

AA: Um dos motivos dados aos leitores do JN para interrupção das atividades do site por um tempo foi que você estava pretendendo escrever um livro. Pode dar-nos uma palhinha dele? Do que se trata e a quantas anda o projeto?
JN: Bem, para que as forças do Universo favoreçam o projeto, aprendi a não revelar muito de sua natureza até que esteja concretizado. Posso apenas dizer que trata-se de uma grande aventura, em três livros, através de um mundo fantástico que existe dentro de cada um de nós. E acredito que não existe um nerd sequer que não vá achar no mínimo interessante.

AA: Confesse-nos a verdade: você conseguiu escrever algo nesses sete meses de vacas magras no Jovem Nerd ou tudo não passou de uma desculpa (mal sofrido por todos os escritores) e você realmente não escreveu nada para sua trilogia?
JN:Claro que escrevi! Esses sete meses foram cruciais para a estruturação da saga. Valeram muito a pena.

AA: Você é rpgista desde criança, certo? Conte-nos como foi esse primeiro contato com o mundo do RPG. Você joga freqüentemente até hoje?
JN: Jogo RPG desde que me conheço por nerd, 90% do tempo como mestre de jogo. Não adianta, eu gosto mesmo é de inventar história. Muitas de minhas aventuras serviram de base para construir a trama de meus livros. Havia parado há uns 2 anos, mas recentemente voltei a mestrar uma campanha de Star Wars. Por que será? 🙂

AA: Pretende algum dia publicar seu próprio RPG?
JN: Houve época em que comecei a esboçar um RPG de Matrix. Mas descobri que essa é uma arte bem mais complexa que imaginava. Ofereci o trabalho aos deuses do Role Playing Game e me recolhi ao mero esforço de me tornar autor de romances.

AA: E, já que estamos falando em futuro, quais são os futuros planos para o “Jovem Nerd”?
JN: Sempre tive vontade de comercializar o “Jovem Nerd” (acalmem-se, isso não significa mensalidade), afinal, seria unir o útil ao agradável. Não é de hoje que me pedem camisetas, canecas e outras tranqueiras com a marca do nerd. Quem sabe o que o futuro nos reserva agora com este retorno? Idéias para coisas engraçadas sempre temos, toneladas versões resumidas de filmes para fazer, sátiras de talk-shows, seriados, “Senhor dos Anéis”, etc.

AA: Por fim, vamos a um pingue-pongue. Alottoni, como você é um nerd profissional, a gente gostaria de saber quais são suas preferências. Então cite:

– um filme: Um só? O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (mas podem incluir todos das grandes trilogias nerds: “Star Wars”, De Volta Para o Futuro, Indiana Jones, Matrix e “Senhor dos Anéis”)
– animação: A Nova Onda do Imperador (Dublado em português! Selton Mello e Guilherme Briggs RULEZ!)
– HQ: Watchmen
– livro: O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien), Eu Robô (Isaac Asimov)
– RPG: Dungeons & Dragons
– música: Jazz e muitas, muitas trilhas sonoras de filmes (John Williams principalmente)

AA: Ok, agora é pra terminar de vez: deixe uma mensagem para os visitantes d’A ARCA. Só não aceitamos mensagens subliminares ou coisas do gênero.
JN: Não se esqueçam, existe vida após as grandes trilogias! Ela está nos bonecos, revistas, videogames o outros produtos licenciados que teremos de comprar! Não deixem de visitar o Jovem Nerd (www.jovemnerd.com.br)! Habemos Nerdum!

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