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Artigo adicionado em 22/03/2005, às 07:05

OS MELHORES ROTEIRISTAS DO BATMAN DE TODOS OS TEMPOS
Ok, sei que vou apanhar por deixar um certo inglês de fora, mas… :: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar Ok, antes de mais nada, quero esclarecer alguns pontos. O critério que adotei para estabelecer essa lista obedece a algumas particularidades. Levei em consideração os roteiristas que realizaram várias histórias com Batman e não […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


:: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar

Ok, antes de mais nada, quero esclarecer alguns pontos. O critério que adotei para estabelecer essa lista obedece a algumas particularidades. Levei em consideração os roteiristas que realizaram várias histórias com Batman e não só os roteiristas que tivessem feito uma ou duas histórias. Seria uma sacanagem enorme com aqueles que devotaram boa parte de sua vida a contar as sagas do vigilante mascarado. Devido a isso, não estranhem se não virem o nome de Alan Moore aqui, por exemplo. Ele escreveu A Piada Mortal, mas foi só isso que ele fez com o personagem, mais nada. Essa história já está entre as melhores (se não for a melhor para alguns) histórias do Batman de todos os tempos e também entre uma das melhores já criadas na história das HQs.

Lógico que, também não adianta nada um cara escrever o personagem durante um certo período, até mais do que outros e só fazer cagada. Sendo assim, temos que ter um bom senso. Dessa forma, reuni nomes que adicionaram coisas no mundo do personagem que não podem ser tiradas ou transformadas de alguma forma. Nomes que contribuíram não só para a mitologia do personagem, mas que também o fizeram na indústria dos quadrinhos.

Sendo assim, os critérios são, além de boas histórias, tempo de carreira com o personagem e contribuição ao seu mundo e às Histórias em Quadrinhos.

Sem mais delongas, vamos à eles:

10 – Alan Grant – Escreveu as histórias do homem-morcego por um bom tempo e de vez em quando sempre reaparece. As histórias de Grant sempre trabalharam muito bem o lado mais humanitário e consciente do personagem, dando bastante atenção à dualidade entre os mundos de Batman e Bruce. Batman é a verdadeira identidade do personagem. Bruce Wayne morreu juntos com seus pais. O assassinato deles acabou com a inocência do garoto. Naqueles olhos lacrimejantes, naquela dor e desejo de vingança germinou a semente que daria origem ao Batman. Ali Bruce morria e em contrapartida, nascia o Batman. O playboy milionário acabou sendo o disfarce, justamente o contrário de alguns heróis, como o Homem-Aranha, em que Peter é o personagem real e o Aranha é escape do nerd subestimado.

E poucos foram os roteiristas que trabalharam a dualidade entre as duas identidades como fez Grant. Ok, ele pode ter participado (mas não idealizado) de besteiras como A Queda do Morcego, mas isso não chega a ser o suficiente para queimá-lo a ponto de não estar entre os melhores escritores do personagem.

9 – Greg Rucka – Dos mais recentes argumentista que passaram pelas revistas do cavaleiro das trevas, com certeza ele é o melhor, de longe. Dono de um estilo cinematográfico, Rucka desperta a atenção de qualquer um com seus mistérios intrincados e bem difíceis de se imaginar uma solução. Trouxe de volta um pouco o aspecto de detetive que o personagem tinha perdido desde a sofrível “saga” A Queda do Morcego. Creio que, se ele se esforçasse mais um pouco e criasse um clima mais denso, poderia chegar perto de gente como Frank Miller dentro da mitologia do morcegão. Dessa forma, Rucka com certeza figura entre os dez melhores.

8 – Bob Kanigher – Falecido em 2002, Kanigher é uma lenda no mundo dos quadrinhos. Tendo criado personagens como Os Homens Metálicos, a versão moderna do Flash (Barry Allen) e a Canário Negro, entre outros personagens, é dele a criação de Hera Venenosa, uma das melhores vilãs de Batman. Porém, esse não é seu maior feito com o personagem e sim duas histórias que estão na cabeça de quem estava na década de 60 e 70 para conferir as preciosidades que escrevia: “Death Knocks 3 Times” e “Die Small, Die Big” (cuja traduções eu não sei, pois não tenho as respectivas revistas em que tais histórias foram publicadas, sendo que eu só consegui lê-las uma única vez, pois eram de um amigo meu que hoje, perdi o contato, pois ele se mudou). Antes de Denny O’Neil, Kanigher foi um dos mais importantes escritores de Batman, daqueles que iriam ajudar a moldar as idéias de seu predecessor. Sendo assim, devido a isso, Kanigher tinhas que estar nesta lista.

7 – Steve Englehart – Junto com o desenhista Marshal Rogers, formou uma inesquecível equipe criativa na revista do morcegão no final da década de 70 e início da década de 80. Tá certo que a tarefa deles era dificílima: manter o nível das histórias feitas por seus antecessores, Denny O’Neil e Neal Adams. Claro que essa última era melhor, mas ainda assim, Englehart fez um trabalho primoroso. Sua história mais conhecida, “Night of the Stalker” (acho que o título no Brasil ficou algo como “A Noite do Ceifador”, se não me engano, mas pô, tenho uma coleção de cerca de 6 mil gibis e boa parte deles é do Batman! Não tenho como ficar verificando uma por uma), é um clássico entre os fãs mais velhos.

6 – Paul Dini – O quê? Um escritor de desenhos animados aqui? Sim senhor! Afinal, estamos falando dos melhores escritores do Batman de todos os tempos e isso inclui os desenhos, filmes e mais o que puder imaginar. E com certeza, Dini tem que estar aqui e tudo isso devido ao fato de ele ser o responsável pelo clima e embasamento que Batman: The Animated Series e Batman do Futuro. Além disso, a maior parte dos roteiros das duas séries é dele. Quem nunca se emocionou com episódios como “O Fantasma Cinzento”, “P. O. W. – Assuntos Internos”, “O Homem que Matou Batman” ou “Coração de Gelo”? Quem conhece a fundo a série, sabe que episódios são esses. Porém, algo que definitivamente coloca Dini nesta lista são duas realizações: “Batman do Futuro – O Retorno do Coringa” e o episódio também de Batman do Futuro chamado “Fora do Passado”. O primeiro, claro, é uma das mais profundas histórias psicológicas de Batman que já vimos. Só a parte que mostra o último confronto de Bruce contra o Coringa já é digno de estar aqui, mas mostrar que Terry McGinness pode enfrentar o Coringa de igual pra igual e ainda por cima, jogando no jogo dele (aquele diálogo entre os dois durante a batalha é genial!), é simplesmente fenomenal. Já no citado episódio da série, vemos o conflito entre Bruce com a possibilidade de rejuvenescer e tomar o manto de Batman de volta e Terry, que acha que há algo de estranho na história toda (que não vou contar, senão perde a graça). Sim, Dini tem todos os créditos para entrar para esta seleta lista.

5 – Denny O´Neal – Se o personagem ainda tinha algum resquício de dignidade após o seriado dos anos 60, os créditos vão para ele. O´Neal criou histórias investigativas ao estilo Sherlock Holmes, mas com doses um pouco mais fantasiosas. Mantendo os pés no chão o máximo que pôde para a época, ele é responsável por uma das melhores fases do personagem, que ocorreu durante sua parceria com o desenhista Neal Adams nos anos 70.

E sem essa fase, talvez nunca teríamos o Batman de Frank Miller, pois tudo o que Miller fez foi pegar essa fase do personagem (ou seja, mantendo o aspecto de detetive), colocar a maior dose de violência e caos que pôde e deixar tudo muito, mas muito mais sombrio.

Além disso, O´Neal foi o homem que mais tempo foi editor do personagem dentro da DC Comics, o que coloca ele na posição de ter trabalhado (e contribuído!) como nomes como Frank Miller, Grant Morrison e outros. Chato, não?

4 – Grant Morrison – Batman é o mais próximo que um herói pode chegar na linha do limite, aquela em que se o herói cruzá-la, se tornará um vilão…e não me lembro de nenhum escritor que tenha feito isso da mesma forma que Morrison fez. Ele bate no Super? Ok, já vimos que pode, mas se ele bate no Super, ele bate no resto. E é isso que Morrison faz com o morcegão.

Mas assim como ele é aquele que até seus companheiros de combate o crime o temem, ele é aquele o qual não podem viver sem. Batman já derrubou semi-deuses, encarou dezenas de seres super-poderosos (que tal o primeiro arco de histórias da Liga da Justiça que ele escreveu, em que Batman encara vários marcianos sozinho?) e saiu vencedor, já armou estratégias que mereceriam cumprimentos de Sun Tzu e tudo isso devido ao seu maior poder: a inteligência. Ele não é nenhum Reed Richards (mas tá quase lá!), mas a capacidade dedutiva e mente analítica do homem-morcego é insuperável.

4 – Bob Kane – O quê? O criador do personagem em quarto lugar? Tem alguém que tratou melhor do que ele o seu próprio personagem? Sim, tem, mas continue lendo porque quando você chegar lá, verá que não é nenhuma surpresa (quer dizer, até tem, quando você chegar em quem subiu no pódio). Bom, voltando ao assunto, Kane criou (será? Ou só ajudou? Hehehehehe, estou fazendo suspense, não?) o mais mortal, ameaçador, intimidante e misterioso vigilante mascarado que já existiu, seja nos quadrinhos, cinema, teatro ou qualquer mídia que for. Ele é um ícone maior que o Fantasma (primeiro super-herói mascarado, criado em 1933), maior do que o Corvo, maior do que o Fantasma da Ópera, maior do que o Sombra, maior do que todos os sujeitos igualmente misteriosos e assustadores. Ele criou, junto com Bill Finger e Jerry Robinson, praticamente toda a mitologia do personagem. E conduziu magicamente as histórias do herói. Pena que elas foram perdendo a força com o tempo e ficando cada vez mais bizarras e infantilóides. E isso acabou indo parar na tela de TV de cada casa (mas não vamos entrar no mérito, ok?) ao redor do mundo. Sem entrar em grandes detalhes, o fato de ter criado um ícone cultural que resistiu durante um bom tempo e que fica na memória de 99% da população do planeta é o motivo de seu nome estar nesta posição.

3 – Jerry Robinson – Ele foi o cara que criou o Robin. E talvez, o Coringa. E digo talvez porque ele participa da maior disputa já criada em relação a créditos criativos. Ele e Bill Finger disputam os créditos de verdadeiro criador do Coringa até hoje e muitos dos profissionais da área, princiapalmente daquela época, não sabe ao certo o que aconteceu. Mas o fato é que o menino-prodígio foi ele quem criou e este personagem influencia até hoje o mito ao redor do universo de Batman. Quem nunca ouviu falar na dupla dinâmica? Qualquer pessoa no planeta conhece Robin. Devido a esses e outros motivos, Robinson chega a estar na frente de Bob Kane na lista de melhores escritores.

2 – Bill Finger – Se alguém te perguntasse quem criou personagens como Alfred Pennyworth, Mulher-Gato, Pinguim, Duas-Caras e o Charada, qual seria sua resposta? Quem teve as idéias de nomes como Bruce Wayne e Gotham City? E talvez, o Coringa (como já foi explicado acima)? A resposta óbvia seria Bob Kane, certo? Bom, segundo os bastidores de criação do Batman (por gente que testemunhou), Kane seria mais um co-criador do que criador em si. Resumindo, grande parte das características que tornam Batman tão atraente para o imaginário popular foram criações dele e não de Bob Kane. Nem todos sabem, mas Walt Disney não criou boa parte de seu mundo, de seus personagens. Na verdade, um homem chamado Carl Barks fez isso. Um exemplo? O Tio Patinhas é criação dele. E os créditos? Ficam 90% com Disney. Quase nunca deram os créditos ao coitado (coisa que parece estar mudando nos últimos tempos) e a mesma coisa acontece entre Kane, Finger e Batman. Assim como há o nome Lee e Ditko por trás do Homem-Aranha, Siegel e Shuster por trás de Superman, deveria constar “Finger” junto com Kane. Seria que Batman teria tantos elementos legais e interessantes em seu mundo se Finger nunca tivesse colocado as mãos nele? Dá para imaginar um Batman diferente do que ele foi até hoje? Não, não consigo imaginar uma trajetória diferente e duvido que alguém prove que consiga.

1 – Frank Miller – Sim, apesar de não ter sido o criador do personagem, ele chega perto, muito perto. E sabe porquê? Porque o Batman como o conhecemos hoje não seria do jeito que é sem a reformulação pós-Crise que Miller fez quando escreveu Batman – Ano Um. Quer uma prova? Te dou várias: sabe aquele Batman que tinha fama de homossexual devido ao seriado e era tratado como um personagem ridículo devido a esse mesmo seriado e ao desenho Superamigos? Sabe aquele Batman daquela Gotham toda colorida e cheia de otimismo? Sabe aquele personagem que agia à luz do dia da mesma forma que agia à noite? Esqueça, pois depois que Miller botou as mãos nele, tudo se inverteu. Ele se tornou cruel, tão sádico quanto os criminosos que caça, mas sempre andando no limite. O personagem criado por Bob Kane era ameaçador e assustador no começo (obviamente, não tanto quanto hoje), mas com o tempo, foi perdendo a força e viram no que deu…Batgay é o cacete! Miller é que consertou tudo!

Além disso, se hoje o Superman apanha do Batman, a culpe é de Miller com seu “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. Depois disso, qualquer roteirista que faça o azulão dar um couro no Super, só está imitando o bom e velho Miller. O implacável vigilante mascarado dos dias de hoje só consegue manter seu fôlego devido a esse ânimo injetado por Miller (e um pouco pelos – a maior parte do tempo – talentosos executivos da DC), caso contrário, se não caísse no esquecimento, viraria exemplo de personagem ruim, de chacota. Dessa forma, Miller reinventou o personagem, o adaptou para os dias violentos que vivíamos nos anos 80 e que ficaria pior (sim, o Miller, como o Alan Moore é um profeta, mas o mérito de Moore ser um profeta valeria uma matéria inteira e não vou entrar no mérito de novo, tá?) a partir dos anos 90.

Ok, confesso que até Miller fez coisas ruins com o Cavaleiro das Trevas, mas tenho minhas teorias para analisar os fatos. Spawn e Batman: ok, o retardado do Todd McFarlane deve ter enchido tanto o saco do Miller para escrever o crossover, oferecido tanto a ele que chegou uma hora que Miller se encheu e escreveu qualquer merda. Das duas coisas ruins que Miller fez, essa é a que menos entendo. Já “Cavaleiro das Trevas 2” é algo perfeitamente compreensível (mas não justificável) se pararmos para pensar em apenas uma hipótese (mesmo porque, é apenas uma que me vêm à cabeça, pois Miller sempre foi excelente roteirista).

Ele fez de propósito

Sim, é o que estão lendo, ele fez uma história de merda de propósito e vou explicar porquê. Miller sempre foi dos “badguys” da indústria dos quadrinhos. Sempre foi de criticar isso e aquilo, alfinetar fulano e beltrano. E devido a tudo o que fez pelos quadrinhos, seu nome havia chegado a um patamar divino, tanto para a indústria quanto para os fãs. Mas o problema é que ele é apenas um homem. Ele deve gostar (quem não gosta?) de ter fãs, mas deve achar um exagero ser endeusado. E foi aí que achou um meio de criticar a indústria e os fãs de quadrinhos.

Todos esperavam uma história espetacular, daquelas que marcasse para sempre o mundo dos quadrinhos, que revolucionasse como fez a primeira parte na década de 80. Para desapontamento (proposital, segundo a minha teoria) de todos, ele seguiu o caminho inverso. Fez a maior cagada que poderia fazer….e de propósito. Para quê? Simples: era o modo de ele provar que se ele limpasse a bunda com um papel, assinasse, alguém ia pagar pelo pedaço de papel. Entendem o que quero dizer? Não? Simples: era uma merda, mas todo mundo comprou a porcaria da mini-série! E tudo porque tem o nome “Frank Miller” na capa!

Tudo o que Miller queria dizer (ao meu ver) era que a diversão, as mensagens, os valores de vida e o que mais uma HQ pudesse te proporcionar é o que vale no final e não um nome estampado numa capa. Quadrinhos havia virado uma indústria sem cérebro, com profissionais atrás dos bastidores sem cérebro (e que só faziam merda) e com leitores sem cérebro. E ponto para o seu Miller! O problema disso tudo? Nem todos sacaram! E o cara foi criticado pra caralho!

Apesar dessas duas cagadas (na verdade, vamos contar apenas como uma, ok?), Miller reinventou o personagem, abriu caminho para quem viesse depois dele, sendo que desde então, as diretrizes básicas criadas por ele na década de 80 são seguidas por 90% dos escritores que colocam suas mãos no personagem. É Frank Miller em primeiro lugar e não se fala mais nisso.

(e antes que alguém pergunte: não, eu não odeio o seriado dos anos 60 – na verdade, ele é engraçadão e pelo fato de ter a intenção de ser cômico é que ele tem tantos méritos, pois se não fosse isso, seria uma merda)

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