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Artigo adicionado em 22/03/2005, às 05:49

OS MELHORES DESENHISTAS DO BATMAN DE TODOS OS TEMPOS
Caraca, como foi difícil reduzir a dez nomes… :: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar Ok, não me crucifiquem caso alguém discorde da lista dos melhores desenhistas do Batman de todos os tempos. Não é posível destoar muito da história que o artista tem em relação ao personagem, sem falar no gosto pessoal. Dessa […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


:: ESPECIAL BATMAN BEGINS: Clique aqui para voltar

Ok, não me crucifiquem caso alguém discorde da lista dos melhores desenhistas do Batman de todos os tempos. Não é posível destoar muito da história que o artista tem em relação ao personagem, sem falar no gosto pessoal. Dessa forma, fica impossível agradar gregos e troianos, ok?

Digamos que tentei, ao máximo, honrar o nome de todos os artistas que já desenharam o homem-morcego. Também tentei honrar o personagem ao máximo. Sei que alguns podem reclamar que artistas como Jim Lee ou Brian Steelfreeze, entre outros, não estão na lista (este segundo, então, doeu muito no coração quando tive que cortá-lo). No final das contas, espero que gostem. Em ordem decrescente:

:: 10 – SCOTT MCDANIEL – Talvez, o desenhista mais distoante da lista. Seu estilo é pura luz e sombra e quase sem traço em alguns momentos. Em outros, bastante detalhado. Porém, como Batman vive em um mundo sombrio, nada como um desenhista com um estilo sombrio para retratá-lo. O Bruce Wayne dele pode não ser dos melhores, mas quando o personagem coloca o uniforme, vemos do que Batman é realmente feito. O vigilante chega, intimida e, se o meliante ainda insistir, Batman põe o cara abaixo em questão de segundos. E é assim que Batman tem que agir e é assim que a arte de McDaniel pega qualquer leitor.

:: 9 – NORM BREYFOGLE – Começou a desenhar Batman no fim dos anos 80, onde acabou se firmando. Apesar das diversas passagens por outras revistas e personagens em diversas editoras, é com o mundo de Batman que ele é mais lembrado. Norm divide opiniões e isso acontece justamente devido a sua maior característica: a emoção que ele coloca no personagem. O Batman dele é um dos mais expressivos que já existiram, sem perder a identidade (ao menos, eu acho, pois alguns não concordam. Daí o motivo para a divisão de opiniões). Além disso, seu estilo é bastante solto e ágil, com cenas de lutas muito bem “coreografadas” e a movimentação que ele impõe no homem-morcego dá mesmo a sensação de que ele está se mexendo de forma acrobática, quase sobre-humana. Ou seja, no final das contas, ponto pra ele!

:: 8 – MARSHAL ROGERS – Muitos o consideram o principal artista de Batman nas três últimas décadas e, por isso, seria uma heresia não colocá-lo nessa lista. Ele trabalhou com Batman por apenas dois anos, mas seu trabalho era tão profundo, tão envolvente e dinâmico, que esse tempo foi o suficiente para que alguns fãs o vissem como “o Batman definitivo”. Seu primeiro trabalho com o personagem foi em 1977, já pegando o ótimo Terry Austin como arte-finalista (sortudo!). Desde então, além dos dois anos na Detective Comics, ainda fez, esporadicamente, várias histórias com o Cavaleiro das Trevas, como The Batman Family, Shadow of the Bat e várias antologias “Greatest” para a DC. Quando eu era moleque, não me cansava de ver as histórias desenhadas por ele, muito mais sombrias do que o trabalho de muitas “estrelas” que existem hoje por aí. Se puder, procure em algum sebo as histórias dele. Garanto que vale à pena.

:: 7 – ALAN DAVIS – Poucos se igualam a Alan Davis em qualaquer quesito, ainda mais se levarmos Batman em consideração. Desenhou o personagem principalmente na época do “Ano Dois” que, apesar de memorável, seu trabalho ainda iria melhorar muito. Alguns trabalhos solo, uma ou outra história mensal e algumas esparsas minisséries provaram que ele, com certeza, tem um dos melhores desenhos já feitos do homem-morcego. Isso ficou definitivamente claro em seu recente trabalho com a Liga da Justiça, chamado O Prego. Ele desenha um Batman coerente, ágil, básico e dinamicamente forte. Agora, promete repetir o feito com a sequência, chamada O Outro Prego. Ok, tá certo, sou suspeito pra cacete pra falar de Davis, já que ele é uma das influências mais fortes que tenho na hora de desenhar (sim, eu desenho!). Porém, é só pegar qualquer número desenhado por ele (e não só de Batman, mas de qualquer personagem) que você verá do que estou falando.

:: 6 – SHELDON MOLDOFF – Eu duvido que os fãs mais novos conheçam esse nome. Os mais antigos, provavelmente, mas não todos. Sheldon Moldoff era adolescente quando conheceu Bob Kane e, a partir daí, começou a trabalhar como assistente. Quando a National (futura DC Comics, e não a antiga marca de televisão!) planejava uma nova revista, Sheldon juntou-se ao roteirista Gardner Fox e, juntos, criaram o Gavião Negro, um dos mais conhecidos personagens criados pelos dois. Em 1953, Moldoff recebeu um convite de Kane para trabalhar como “ghost artist”, um termo que a indústria usa para se referir a quem desenha algum trabalho para artistas mais famosos, e acabam nem recebendo crédito pelos trabalhos. Ou seja, Moldoff desenhava e Kane ia lá no trabalho e assinava, ficando com todos os créditos. Ele desenhou o Batman por 15 anos sem que ninguém soubesse, sempre com o estilão de Kane e, claro, melhorando esse estilo com o tempo. Resumindo, muito do que o Batman é visualmente, e que é creditado a Kane, deve-se a este homem. Por incrível que pareça, ele sempre disse que nunca nutriu um grande afeto pelo personagem. É, vai entender…

:: 5 – CARMINE INFANTINO – Quando Julius Schwartz assumiu os títulos do Batman como editor no final de 1963, chamou Infantino para estabelecer um “novo visual” para o personagem. O resultado foi realmente algo novo, com um Batman mais esbelto, um Batmóvel mais aerodinâmico e a arquitetura “marca registrada” de Infantino, tudo muito bem desenhado e bem recebido pelos fãs. Este material era com freqüencia arte-finalizado por Joe Giella ou Sid Greene. Esse visual seria a base do que, mais tarde, iríamos conhecer como o “visual definitivo”, aperfeiçoado por Neal Adams. Como desenhista do personagem por boa parte da década de 60, Infantino não tinha como não influenciar as gerações de artistas que viviram a seguir.

:: 4 – LEE WEEKS – Se tem alguém que segue os passos, o mesmo estilo de David Mazzuchelli, com certeza é Lee Weeks. Ele é o único desenhista do Batman que consegue dar a mesma sensação, o mesmo clima para as histórias do morcego da época de Batman – Ano Um. Possui um estilo bem realista, sombrio, detalhado sem ser exagerado, bem expressivo e muito, muito dinâmico. Os personagens desenhados por ele são bem realistas, anatomicamente falando, e os cenários são bem o que seria a Gotham City se ela realmente existisse. Seus vilões parecem ao mesmo tempo maus e humanos. Seu storytelling é muito cinematográfico e tudo isso faz com que ele chegue quase ao pódio com muita honra.

:: 3 – BRIAN BOLLAND – Poucos são os desenhistas que conseguem transpor para os quadrinhos a realidade em seus mínimos detalhes, e entre esses poucos mortais está Bolland. O maior exemplo disso, é claro, chama-se A Piada Mortal. Cabelos desenhados fio por fio, roupas que parecem reais e palpáveis, expressões faciais extremamente reais, sem exagero algum ou contendo algum traço desnecessário, são algumas das muitas qualidades de Brian Bolland. Seu Coringa tornou-se o padrão para todos os desenhistas posteriores, e já foi imitado várias e várias vezes, isso quando não copiado descaradamente. Além disso, ele foi o único desenhista (ok, essa cena contou com a colaboração mágica dos textos de Alan Moore) que conseguiu fazer o Batman rir sem parecer ridículo (afinal, ele não ri), sendo esta a única vez em que isso aconteceu. O maior mal dele é, hoje em dia, só fazer capas. Sim, virou capista e não faz mais quadrinhos, salvo raros momentos em que dá a louca e ele produz uma ou outra coisa pequena. Mas é só.

:: 2 – DAVID MAZZUCCHELLI – Seus becos cheiram mal, o suor dos policiais é extremamente realista e simplista ao mesmo tempo, o medo nos olhos dos bandidos é palpável até não poder mais. Com esses e mais outros dons fora do comum, este também incomum desenhista nos leva a tudo o que o texto de Frank Miller tem de bom. Sim, ele não é um desenhista das massas, adorado por quase todos, como um Jim Lee, Andy Kubert ou Dale Keown, mas esse é sua maior virtude. Com traços simples, ele nos remete a uma realidade podre e distorcida, mas igualmente crível, daquelas que você encontra ao dobrar uma esquina ou entrar numa loja. E esse é o mundo de Batman, onde a injustiça, a corrupção, a crueldade, a loucura e a podridão imperam, tirando de qualquer cidadão e leitor a esperança de dias melhores.

Além disso, de todos os desenhistas que já passaram por Batman, nenhum é tão cinematrográfico quanto ele, nem mesmo Frank Miller. Sua narrativa é de cair o queixo e de fazer orgulhar o mestre dos mestres Will Eisner. Das poucas coisas que Mazzucchelli fez com o personagem, é claro que Batman – Ano Um merece os maiores créditos. É uma aula de desenho, de narrativa, de cinema, enfim, de como contar uma história e passar a atmosfera certa ao fazê-la.

E agora, em primeiro lugar, tcham-tcham-tcham!!!!!!!!!!

:: 1 – NEAL ADAMS –Se visualmente Batman é do jeito que é hoje, a culpa é do Neal Adams. Tudo bem, Julius Schwartz que colocou, como editor, a elipse amarela em volta do morcego preto, aumentou as orelhas do capuz, coisa e tal, mas foi Adams que deu o ar sombrio e enigmático como nenhum outro desenhista conseguiu fazer.

Quer uma pose ameaçadora? Foi Adams que reinventou. Quer o clássico olhar intimidante do homem-morcego? De novo ele. Os movimentos da capa? Sim, Adams fez tudo isso e muito mais. Por muitos, mas muitos anos mesmo, o visual do Batman do jeito que Adams o modelou nunca havia mudado. E mesmo nos dias de hoje, quando o personagem chegou a ganhar uma versão toda preta do uniforme clássico (para mim, a versão definitiva), a influência de Adams é sentida, palpável. Pelo jeito, eternamente imutável, graças a Deus.

Além disso, se olhar todos os personagens secundários, todos os vilões e analisá-los, perceberá que é com a concepção de Adams que as pessoas, sejam quais forem, fãs de quadrinhos ou não, imediatamente os identificam. Além disso, junto com o escritor Denny O´Neal, Adams foi o responsável por manter a dignidade do personagem na década de 70 depois do exagerado e difamador (mas engraçado!) seriado dos anos 60. Com isso, tudo, ele simplesmente faz parte do melhor time (roteirista + desenhista) de artistas que já passaram pelas páginas desse lendário ícone da cultura pop mundial.

Agora aproveite e veja logo abaixo uma pequena amostra da arte de algumas dessas feras.

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