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Tudo corria muito bem em Guerra nas Estrelas. Jedis, caçadores de recompensa, humanóides, bichos de borracha de todas as raças e galáxias… Todos eles trazendo felicidade aos espectadores. Mas, no Episódio VI, George Lucas conseguiu criar algum motivo para seus nerds-fãs botarem defeito: um monte de criaturinhas baixinhas, peludas e fofinhas, habitantes da Lua de Endor, cenário final de toda a saga. Essas criaturinhas amadas por uns e odiadas por outros são ninguém menos que os ewoks, os serezinhos que salvam a Princesa Léia, acham que C3PO é um deus, e de quebra ainda botam pra correr os dróides do Império, aos gritos de “yahoooo!”. O que? Você não está entendendo nada? Pois vamos às apresentações:
:: POR DENTRO DOS EWOKS
Por dentro das roupas de ewoks ficavam os atores que os interpretavam. Ok. Passemos então ao menos óbvio: ewoks são os habitantes da floresta lunar de Endor. São seres baixinhos, com 1 metro de comprimento, e razoavelmente pacíficos, quando vão com a cara dos novos conhecidos. Caso contrário, não pensam duas vezes antes de aprisioná-los ou matá-los, se utilizando de qualquer coisa para conseguir esse intento (desde catapultas em que eles próprios se lançam, até cordas para passarem rasteiras em grandes robôs). Vivem nos altos das árvores, onde constroem suas vilas – e saem de lá para suprir as necessidades básicas, como a caça. Eles são uma raça primitiva, não têm conhecimentos tecnológicos muito avançados, mas são curiosos e se encantam com andróides e coisas afins. E não foi à toa que acreditaram que C3PO era um ser divino – ewoks são seres muito espirituais. Acreditam que são descendentes da Grande Árvore, uma árvore sagrada em sua aldeia.
Quase todo mundo diz que os ewoks não passam de uma invenção do titio George Lucas para atrair o público infantil, e, com isso, garantir sua renda com o merchandising proveniente do sucesso das criaturinhas fofinhas. Mas reza a lenda que o diretor decidiu criar uma raça primitiva para, ironicamente, ter importância fundamental na derrota do Império. Inicialmente, no lugar dessa criançadinha, quem iria fazer esse papel seriam os wookies (a família do velho Chewie), mas, devido ao vasto conhecimento tecnológico do Chewbacca, Lucas desistiu de utilizar os wookies como uma raça primitiva. Bem, parece que a vontade de criar um exército de wookies foi satisfeita nesse Episódio III, não? ^_^
A explicação da origem desse nome, “ewok”, que, diga-se de passagem, nem é citado no Episódio em que aparecem, é simples – “ewok” é uma inversão das sílabas de “wookie”. E existe uma teoria que explica o nome Endor. Supõe-se que os ewoks foram criados baseados nos hobbits de Tolkien, e Endor é “Terra Média” em élfico. Sinistro, não?
Por causa das cenas, que exigiam mais ação, era um pouco arriscado contratar crianças para viverem os membros dessa tribo primitiva. Por isso, os ewoks foram interpretados por anões, em sua maioria. Warwick Davis, o ator por trás da roupa de Wicket – o amiguinho da Princesa Léia e o protagonista dos dois filmes subseqüentes – deve ser posto em um altar nerd. Porque, além desse papel em “Guerra nas Estrelas”, ele atuou em Labirinto, Willow, toda a série de Harry Potter (ele é o professor Flitwick!), e é o robô Marvin, em O Guia do Mochileiro das Galáxias. Aliás, atenção à caracterização dos bichinhos: aquela roupa é realmente terrível. Quase dá pra ver o zíper nas costas dos cidadãos, e a expressão facial deles é absolutamente nula. Ou seja, a gente só percebe que um ewok está triste se ele estiver falando mais meiga e melancolicamente. Porque o rosto continua parado, sem um pingo de movimento. Poxa, os caras criaram o Yoda, não dava pra deixar os pobres ewoks com um pouco mais de expressão que um graveto?!
Enfim, até aqui tudo muito bem, nenhum motivo para criarem teorias da conspiração com as inocentes criaturinhas. Os ewoks seriam apenas mais uma das raças galácticas da mitologia de Star Wars, e pronto. Acontece que não foi isso que aconteceu. Por incrível que pareça, nem Han Solo nem Luke Skywalker tiveram uma carreira tão longa na mídia quanto esses baixinhos xaropes. Depois do término da primeira parte (ou última? Eu nunca sei como me referir a essa cronologia maluca), os ewoks alcançaram carreira solo, em dois filmes para a TV e uma série de desenhos animados.
:: CARAVANA DA CORAGEM
Star Wars – O Retorno de Jedi saiu nos cinemas em 1983. Um ano depois, os ewoks retornavam às telas, agora em um filme em que eles eram as estrelas – escrito pelo próprio papai da saga “Star Wars”. Todo mundo diz que isso não passa de um caça níqueis, assim como tudo que o dedo de George Lucas toca (ê inveja =D!). Bem, se for, é um caça níqueis de ficção científica do início dos anos 80 bem Sessão da Tarde, ou seja, é uma delícia. Caravana da Coragem narra a história de uma família que, viajando em seu cruzador intergaláctico, acaba caindo na Lua de Endor. Aí, a família se perde – os pais são capturados pelo malvado Gorax, e seus filhos – a linda e meiga Cindel (Aubree Miller, em seu único papel no cinema) e seu irmão Mace (Eric Walker, em seu papel mais conhecido) ficam sozinhos na Floresta Lunar. É aí que eles são surpreendidos pelos ewoks, que, é claro, depois de um certo estranhamento, ficam seus amiguinhos e decidem ajudá-los a encontrar o papai e a mamãe.
:: A BATALHA DE ENDOR
Daí, em 1985, veio A Batalha de Endor. Aqui, a falta de roteiro do filme anterior se amplia consideravelmente em uma trama sem muito sentido. Basta ver o começo, que é um massacre nada-a-ver. Do nada, Cindel fica órfã e sem irmão, e foge com o amiguinho Wicket. Daí que a fofura de ewoks mais a fofura de Cindel encontram a fofura – ah, ele sim é fofinho!! – Teek, um bichinho branco que corre muito rápido. Ou seja, tudo vira uma fofura só, o que por si só já é o terror pra quem não é o maior fã de criaturas meigas. São acolhidos por Noah, um tiozão bonzinho, que, assim como Cindel, também está sozinho e precisa consertar sua nave para voltar para casa. Badabin badabun, e o filme é basicamente isso. O engraçado é que durante a maior parte da uma hora e meia de “Batalha de Endor” nenhuma batalha acontece. Só no final é que todo mundo começa a brigar, em uma luta interminável que até cansa. Enfim, apesar de tudo, é uma seqüência panaquinha, mas é outra Sessão da Tarde inofensiva. =)
Apesar de os ewoks terem nascido a partir da trilogia sagrada “Guerra nas Estrelas”, e de Wicket ter participado até que razoavelmente da trama do Episódio VI, esses dois telefilmes não têm uma ligação muito concreta com os filmes dos jedis. Eles simplesmente existem, e ninguém sabe se pode considerar “Caravana” e “Batalha de Endor” como parte do universo expandido de “Star Wars”.
:: O DESENHO ANIMADO
E então, quando todo mundo achava que eles pertenciam a um passado já esquecido e enterrado, os bichos fofos voltaram, em uma versão incrivelmente mais cheia de açúcar: os ewoks, antes fofinhos mas feiosos, viraram fofinhos e bonitinhos, como uma versão alienígena dos chatos Ursinhos Carinhosos. Nessa animação, eles se metiam em confusões, e lutavam contra os malvados duloks e a bruxa Morag. A série foi produzida entre 85 e 87, e passava nas manhãs da Globo, no Xôu da Xuxa. Ela foi a introdução ao universo de “Guerra nas Estrelas” pra muita criança oitentista.
:: DICIONÁRIO EWOK
Gostou das criaturinhas bizarras? Acha que elas são fofinhas? Quer se comunicar com eles? Então talvez você precise disso:
Beecha wawa – Oh meu deus!
Chak – Sim
Dengar – Atacar!
Goonda – comida
Goopa – Olá
Lurdo – imbecil, perdedor
Nuv – Amor
Yub nub – Liberdade
Além dessa linguagem tribal, os ewoks falam, no filme, algumas línguas da Terra, como a falada nas Filipinas.
Resumo da ópera: bem, eu não sou uma ferrenha defensora dos ewoks, mas também não colaria um adesivo de “eu atropelo ewoks” no meu carro. Ah, eles são fofinhos, seu bando de nerds sem coração. =D Mas ainda prefiro o R2D2.
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