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Artigo adicionado em 10/03/2005, às 09:55

KEANU REEVES
Predestinado, sim. Predestinado a encher as burras de dinheiro! O que poderia sair de uma mistura de uma inglesa/canadense com um chinês/havaiano? Er, um… predestinado? Bem, quase isso. O que saiu, na verdade, foi Keanu Reeves, ou Keanu Charles Reeves, ou “The Wall” (a parede), apelido que ganhou por causa de sua posição quando jogava […]

Por
Leandro "Zarko" Fernandes


O que poderia sair de uma mistura de uma inglesa/canadense com um chinês/havaiano? Er, um… predestinado? Bem, quase isso. O que saiu, na verdade, foi Keanu Reeves, ou Keanu Charles Reeves, ou “The Wall” (a parede), apelido que ganhou por causa de sua posição quando jogava hóquei, ou então “Brisa Gelada Sobre as Montanhas”, o significado havaiano para o termo keanu. Nascido em 2 de Setembro de 1964, no Líbano, o galã parecia mesmo ter seu destino ligado às artes – por conta de sua mãe, Patricia Reeves, uma dançarina conhecida por mudar de namorado da mesma forma com que mudava de roupa (!). O barato disso tudo é que, mesmo carregando a fama de ser um dos rostos mais inexpressivos do cinema atual, Keanu Reeves continua na ativa, conquistando cada vez mais fãs e acumulando blockbuster em cima de blockbuster. Aproveitando, então, que o astro está de volta às telonas a partir desta sexta-feira, como o controverso Constantine, vamos dar uma olhadinha rápida em seu extenso Curriculum Vitae. E olha que é mesmo filme pra dedéu!

O gosto de Keanu pelo cinema engrenou pra valer quando, ainda adolescente e vivendo no Canadá com a mãe e a irmã, ingressou no curso de Artes Cênicas da Toronto’s High School. Sua carreira profissional deu a partida oficialmente em comerciais e em longas feitos para a TV, como Letting Go (1985), estrelado pelo saudoso John Ritter (Papai Noel às Avessas), e um negócio obscuro e inédito por aqui chamado One Step Away. Em 86, Keanu já era conhecido de alguns e acumulou diversos telefilmes como: A Irmandade da Justiça (Brotherhood of Justice), suspense/ação com Kiefer Sutherland e Billy Zane completando o elenco; Jovem de Novo (Young Again), comédia dramática em que divide um mesmo personagem com o ator Robert Ulrich; o drama Sindicato da Violência (Act of Vengeance), ao lado dos masters Charles Bronson e Ellen Burstyn, que fala sobre a corrupção durante as eleições de 1969; e Voando para o Sucesso (Flying), outro draminha que fez a alegria da molecada na Sessão da Tarde.

Sua participação em duas películas, o suspense Juventude Assassina (River’s Edge) e o “arroz-de-festa de Sessão da Tarde” Veia de Campeão (Youngblood), com Patricky Swayze e Rob Lowe (vixe!), abriu as portas de Hollywood para o astro, onde protagonizou, em 1988, fitas menores como a comédia sem sal Uma Noite Muito Louca (The Night Before), o razoável drama Para Sempre na Memória (Permanent Record) e O Príncipe da Pensilvânia (The Prince of Pennsylvania). Seus dias de “ilustre desconhecido”, no entanto, desapareceram quando Keanu foi escalado para viver um dos papéis centrais do ótimo Ligações Perigosas (Dangerous Liaisons), dirigido por Stephen Frears. O sucesso do já clássico drama de época protagonizado por Glenn Close e John Malkovich alçou Keanu à condição de “Ídolo Teen”, que só se confirmou com seu filme seguinte, o hilário Bill & Ted – Uma Aventura Fantástica (Bill & Ted’s Excellent Adventure, 1989), formando par com Alex Winter – que não teve a mesma sorte no cinema que o colega Keanu.

O enorme sucesso de “Bill & Ted” nos cinemas – que rendeu cerca de US$ 40 milhões só nos EUA – gerou uma continuação (de 1991, que não fez tanto sucesso assim) e uma série animada – com dublagem do próprio Keanu. Com a adoração das menininhas e a benção da mídia, choveu trabalho para o libanês: vieram o drama familiar O Tiro que Não Saiu pela Culatra (Parenthood, 1989), o papel central de Tia Júlia e o Escrevinhador (Tune In Tomorrow, 1990) e um dos personagens da comédia de humor negro Te Amarei até te Matar (I Love You To Death, 1990), onde Keanu conheceu aquele que viria a ser seu melhor amigo: River Phoenix. Reeves e Phoenix atuaram juntos no filme que mudaria radicalmente a carreira de ambos: Garotos de Programa (My Own Private Idaho, 1991), dirigido pelo cultuado Gus Van Sant. O papel de Keanu, um michê viciado em drogas, rendeu elogios rasgados da crítica. No mesmo ano, estrelou o ótimo Caçadores de Emoção (Point Break) ao lado de Patrick Swayze (vixe!) – o primeiro longa de ação de sua carreira, pelo qual o ator ganhou o prêmio de Ator Mais Desejado no MTV Movie Awards.

De 1991 a 1994, Keanu integrou o elenco de uma série de fitas, como o cultuadíssimo Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula), de Francis Coppola; o divertidão Muito Barulho Por Nada (Much Ado About Nothing), dirigido pelo “amor da vida da Srta. Ni”, Kenneth Branagh – que lhe rendeu a primeira das seis indicações ao Framboesa de Ouro (!); o péssimo Até as Vaqueiras Ficam Tristes (Even Cowgirls Get the Blues), bizarrice também de Gus Van Sant; e o controverso e muito polêmico O Pequeno Buda (Little Buddha), de Bernardo Bertolucci (Os Sonhadores). Em 94, Keanu voltou a filmar depois de um pequeno intervalo – por conseqüência da morte de River Phoenix, por overdose – e dominou as telas com o blockbuster Velocidade Máxima (Speed), filmaço de pancadaria que faturou alto na bilheteria, além de provar ao mundo que o ator também podia interpretar heróis de ação, ainda aumentou e bem seu salário.

De “Velocidade Máxima” até Advogado do Diabo (Devil’s Advocate, 1997), suspensaço com Al Pacino no papel do tinhoso, que também serviu pra revelar a maravilhosa Charlize Theron, Reeves estrelou várias “burradas” cinematográficas: o bisonho sci-fi Johnny Mnemonic; o choroso Caminhando nas Nuvens (A Walk in the Clouds), de Alfonso Arau (diretor de Como Água para Chocolate); o fraco Reação em Cadeia (Chain Reaction), em que dividiu a tela com Morgan Freeman; e os controversos dramas independentes Paixão Bandida (Feeling Minnesota), com Cameron Diaz, e o mal lançado no Brasil Sem Limite (The Last Time I Commited Suicide). Até aqui, mais duas indicações ao Framboesa de Ouro! Todos estes filmecos, no entanto, foram esquecidos quando, em 1999, Keanu Reeves surgiu nas telas com o arrasador Matrix (The Matrix), que virou febre mundial e faturou sossegado mais de US$ 200 milhões, só na terrinha do Tio Sam. O ator estava definitivamente no auge da fama.

Mas o sucesso e a glória não impediram Keanu de se meter em mais encrencas, como O Observador (The Watcher, 2000); Doce Novembro (Sweet November, 2001), mais uma vez fazendo par com Charlize Theron; e Hard Ball, o Jogo da Vida (Hard Ball, 2001), horrível longa-metragem. “O Observador” e “Hard Ball” geraram mais duas indicações ao prêmio preferido do rapaz… (hehehe!). Em 2000, Keanu também integrou o elenco do bacana e incompreendido O Dom da Premonição (The Gift), suspense paranormal dirigido por Sam Raimi. Então vieram as continuações de “Matrix”, The Matrix Reloaded e The Matrix Revolutions, ambos de 2003 e fracassos de crítica, e o gostosinho Alguém Tem Que Ceder, em que o ator divide a tela com ninguém menos que o grande Jack Nicholson, mais conhecido como “o grande amor da vida do El Cid”. Hmmm… 😛

Keanu Reeves poderá ser visto em breve nas telonas com o novo filme do diretor Richard Linklater, a animação A Scanner Darkly (atualmente em fase de pós-produção), que promete ser um dos trabalhos mais bacanas do ator; e assim que a agenda de divulgação de “Constantine” se encerrar, Keanu parte para as filmagens do drama Il Mare, a ser dirigido pelo conceituado cineasta argentino Alejandro Agresti. Ufa, e chegamos vivos até o final! Ator inexpressivo? Tá bom, Keanu Reeves pode até ser um cara meio, er, digamos assim, com um “talento limitado”. Mas alguém aí ainda duvida de que o cara está no topo da mídia, meu?

:: ALGUMAS CURIOSIDADES

– A vida pessoal de Keanu Reeves já teve uma fase bem turbulenta: em 1999, o bebê que o ator teria com sua noiva, a atriz Jennifer Syme, nasceu morto. Em 2001, a própria Jennifer faleceu quando seu Jeep Cherokee bateu em três carros estacionados numa rodovia em Los Angeles. Ela foi arremessada contra o pára-brisa e morreu instantaneamente. Para quem nunca ouviu falar, a garota estava em início de carreira e era amiga pessoal do cineasta David Lynch. Seria dela o papel de Laura Harring no bizarro e último trabalho de Lynch, Cidade dos Sonhos.

– Um hilariante boato surgido no meio dos anos 90 afirmava que Keanu Reeves era homossexual e teria se casado com o produtor David Geffen (um dos homens fortes da DreamWorks e gay assumido) numa cerimônia secreta. Tanto o ator quanto o produtor negaram o fato publicamente. Há quem jure de pé junto que a história é verdadeira e os dois estão juntos até hoje! Vai saber.

– Keanu já foi preso em 1993, por dirigir bêbado. Seu pai biológico, o geólogo chinês-havaiano Samuel Nowlin Reeves, foi preso em flagrante por porte de cocaína e por vender drogas (mais especificamente heroína) em um aeroporto, em 1992. Está na cadeia até hoje. Para Keanu, não importa muito, já que o pai abandonou a família quando o ator ainda era muito novo.

– Uma das grandes paixões do ator é o hóquei. Tanto que, antes de seguir carreira no cinema, Keanu já trabalhou afiando patins de gelo. Outra de suas paixões é a dança de salão. O terceiro grande amor da vida do cara é sua motocicleta, uma Norton Combat Commando de 1974. Pois é, esta seria minha paixão também.

– Keanu Reeves toca baixo em uma banda, a Dogstar. Outros hobbies do ator incluem anda a cavalo e surfar (heranças de alguns de seus papéis).

– No início deste ano, ganhou uma estrela na famosa Calçada da Fama, em Hollywood.

– Pra finalizar, um pouco de cultura inútil: sabe o que os três “Matrix”, “Johnny Mnemonic”, “Paixão Bandida”, “Drácula de Bram Stoker” e Constantine têm em comum? Nos sete filmes, há pelo menos uma cena em que Keanu Reeves é imobilizado em uma cadeira e algum procedimento é executado nele. É sério!


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