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Artigo adicionado em 28/02/2005, às 11:11

CARMEN SANDIEGO
Olá, jogador! – lembram dessa? Sabe quem está de volta? A Carmen Sandiego, uma das únicas personagens femininas realmente legais de toda a história do entretenimento. E não é exagero. Ela era uma vilã que tinha estilo, era inteligente e misteriosa – e, mais importante, usava roupas. Sim, ela está de volta. Mas é uma […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Sabe quem está de volta? A Carmen Sandiego, uma das únicas personagens femininas realmente legais de toda a história do entretenimento. E não é exagero. Ela era uma vilã que tinha estilo, era inteligente e misteriosa – e, mais importante, usava roupas. Sim, ela está de volta. Mas é uma peninha que não seja na televisão, em seu desenho animado. A detetive/vilã de vermelho protagoniza um novo jogo de computador, lançado aqui no Brasil em fevereiro, pela Positiva: o Carmen Sandiego – Tesouros do Conhecimento. Certamente, todo mundo aqui conhece como funcionava aquele jogo divertidinho lançado no final da década de 80. Nossa missão era seguir as pistas de geografia, história e cultura internacional, até desvendar em que país do mundo estava Carmen Sandiego. Simples assim. Aliás, nem sempre tínhamos que descobrir onde estava a Carmen Sandiego em si, e sim seus capangas. Pra falar a verdade, eu não lembro de uma vez sequer em que o bandidão procurado era a Carmen Sandiego… Bizarro.

Então, “Tesouros do Conhecimento” é basicamente igual àquele jogo para PC já conhecido e lembrado por nós. Com umas diferenças simpáticas: a mais essencial é que, nesse novo jogo, não é um caso aleatório que deve ser descoberto por vez – o jogo completo em si é uma coletânea de casos, que vão levar à solução do mistério maior: o roubo do “Tesouro do Conhecimento”, uma coleção de descobertas do explorador Marco Polo. Além disso, outra novidade é a existência de uma enciclopédia que fala sobre os diferentes países, e pode ser consultada a qualquer momento. Logicamente, os gráficos também estão bem diferentes. Os personagens e vilões também conversam entre si de verdade, fornecendo pistas enquanto o jogador está pensando o que fazer.

O jogo de computador lançado pela Broderbund Software em 1985 foi sucesso aqui no Brasil, e virou meu companheiro de muitas aulas chatas de informática no colégio. Era simples, bem simples. Passava longe dos adventures da LucasArts, mas servia para divertir. Funcionava assim: logo no início do jogo, você se cadastrava como integrante da Agência de Detetives A.C.M.E., e uma máquina de escrever lhe trazia uma notícia da Interpol, informando sobre o roubo de uma obra de arte ou tesouro mundialmente famoso. Sua missão: capturar o responsável pelo crime. Você tem 24 horas. Boa sorte! E não esqueça do mandato de prisão.

A partir daí, era só clicar no local para onde você gostaria de ir, e ler a dica que o bom cidadão lhe dava: que ou se limitava a mencionar alguma característica do criminoso (eu nunca vou esquecer do “anel com uma pedra do tamanho de uma laranja”), ou falava de um aspecto da cultura ou geografia de qualquer país do mundo. Bastava descobrir que país era esse, para viajar para lá, mais que depressa, pois o tempo era limitado, e continuar no encalço do sujeito, seguindo esse mesmo roteiro, por vários países do globo. Se fosse para o país errado, ninguém sabia te dar informação alguma, e você perderia horas de viagem. Depois de algumas viagens, testando seus conhecimentos de geografia, o vilão era encontrado. Se você tivesse o mandato de prisão, supimpa. Os policiais engraçadinhos corriam atrás do vilão, e voltavam arrastando um cara de casacão e chapéu. Para quem não chegou a jogar isso, basta dizer que os gráficos eram tão simples, que a única movimentação do jogo eram esses policiais correndo atrás do vilão!

Descoberto um caso, ele era contabilizado. Quando os próximos casos eram resolvidos, o jogador podia ser promovido – mas só se soubesse responder a umas perguntas meio chatinhas. A pergunta era feita, e logo ao lado vinha um singelo “Procure no banco de dados”. Mas quem sabia aonde ficava aquele maldito banco de dados? Com o passar do tempo, depois de horas de jogo, você ia crescendo no cargo. Por alguma maldição desconhecida por mim, nunca consegui chegar até o posto final. De uma hora para outra, o sistema simplesmente se revoltava e negava meu acesso, alegando que eu tinha me cadastrado em outra agência, ou algo do gênero… Até hoje fiquei sem entender isso aí.

Bem, durante esse tempo todo eu estava me referindo ao jogo mais antigo e simplório da Carmen Sandiego, que veio pra cá por volta de 1991, o Onde Está Carmen Sandiego?. Mas depois dele apareceram outros games carregando o nome da personagem, com a mesma essência desse original. Além desse novo lançamento – que eu já falei lá em cima – já tinham sido lançados Where in the USA, Where in the World – Jr. Edição Júnior (esses dois enfocando Geografia, como o primeiro), Where in Time (enfocando História), Word Detective (Inglês) e Math Detective (Matemática). Dessa coleção, saiu também um jogo de plataforma: Carmen Sandiego – The Secret of the Stolen Drums. Segundo nosso amigo The Chosen (valeu, The Chosen!), esse é um jogo ruinzinho, que tem pouca coisa em comum com os já conhecidos clássicos: você fica lutando contra robôs para passar de fases. De igual, só mesmo a vilã e uma introdução à geografia de cada país.

:: A VIDA DE CARMEN SANDIEGO

Carmen Isabela Sandiego surgiu pela primeira vez em 1983, como personagem do jogo de computador já mencionado. Ela é fruto das mentes criativas de dois ex-funcionários da Disney, Gene Portwood e Lauren Elliott, que quiseram criar um jogo educativo e divertido para as crianças aprenderem geografia. Por isso, elaboraram uma personagem com nome “diferente”, mas fácil de pronunciar pela criançada anglo-saxã, e o primeiro jogo com seu nome foi lançado dois anos depois.

A história da personagem em si é a seguinte: Carmen ficou órfã cedo, e ainda nova foi adotada pelo Chefe da Agência de Detetives ACME. Na ACME, ela cresceu e se transformou a melhor detetive que já passara por lá. Com o passar do tempo, os casos foram ficando muito cansativos e simples para Carmen, que saiu da agência e fundou a VILE, reunindo vilões, logicamente muito mais burros que ela. Juntos, e a mandado dela, eles saíram viajando pelo mundo, pelo espaço e pelo tempo, roubando as coisas mais impossíveis – tudo isso porque Carmen Sandiego era obstinada, e roubava pelo prazer de vencer todos os desafios.

Além de games, a super vilã também teve seu próprio game-show na televisão norte-americana, e um desenho animado muito legal. Ora, vai dizer que você não se lembra da ruivinha Ivy e do loirinho Zack, dois jovens detetives que ficavam viajando pelo espaço e tempo atrás da dama de vermelho? Ele estreou em 1995, na Fox, e, depois de algumas pausas e instabilidades, parou de passar definitivamente em 1999.

O desenho animado misturava algumas cenas reais, e seguia a idéia do jogo, mas com tramas bem interessantes. Como no joguinho original, Carmen roubava algo precioso logo no início do episódio – na agência ACME, o Chefe, que nada mais era que uma cabeça flutuando em um fundo roxo na tela de um computador, avisava seus dois agentes, Zack e Ivy, sobre o crime. Os dois irmãos seguiam atrás das pistas enigmáticas deixadas pela Carmen, que davam dicas sobre qual país seria a próxima “vítima” dela. Quando os personagens mudavam de cenário, o Chefe aparecia, e dava a eles, e aos telespectadores, uma rápida lição de História ou Geografia. Enquanto isso, em live-action, um jogador, que aparecia aos finais dos desenhos, de costas para a câmera e diante de um computador, assistia tudo, e trocava mensagens com a Carmen Sandiego.

Sobre o final dessa série animada, eu tenho uma dúvida ainda maior que o enigmático final de Caverna do Dragão: porque tenho a impressão de que sei qual era o final, embora ninguém consiga me confirmar isso, e os sites sobre o assunto digam que não houve um episódio que contasse o final da história. O causo é que tenho na minha cabeça, desde pequena, que o final da série foi o seguinte: Carmen Sandiego ainda era sim da ACME e cometia todos aqueles crimes, apenas para treinar a dupla Zack e Ivy. Segundo minha memória, essa verdade era contada no último episódio. Alguém aí pode me dizer se isso é pura alucinação minha?… Mas não deixa de ser uma alucinação brilhante, não? =D


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