|
Quando chega a época de final de ano, é sempre bacana (e aparentemente uma mania nacional) fazer aquele balanço, aquele retrospecto das coisas legais que aconteceram no ano que passou. Porém, tem também aquela parte chata: a inevitável revisita àquelas pequenas coisinhas que fazemos questão de esquecer. Pagações de mico, estas coisas. O saco é que, geralmente, as podreiras mais toscas ficam gravadas na memória de uma tal maneira que nem mesmo a melhor das melhores situações conseguem anular. É a Lei de Murphy reinando nas nossas vidas… 😛
Em se tratando de cinema, isso é batata. Para cada filmaço que surge nas telonas, sempre estoura duas bombas terríveis em seguida. Em 2004, não foi diferente. A questão é que este ano que passou nos trouxe algumas das “perólas” mais ruins dos últimos tempos, aquelas pragas que demorarão a ser esquecidas! Confira logo abaixo a “coroação” dos dez longas mais asquerosos do ano, na opinião geral aqui da galerinha d’A ARCA. E vamos ver quem vai levar o nosso (não tão) glorioso Troféu Abacaxi do Chacrinha! Mas já vou avisando que os textos são bem curtos: não vamos perder muito tempo com estes troços aí, né… 😛
:: 10.º) OS ETS QUEREM APAGAR NOSSA MEMÓRIA RAM?
Pois é, a premissa de Os Esquecidos (The Forgotten, 2004) não é exatamente essa, mas basicamente poderia ser. Claro que a coisa não é tão simples assim, segundo o fraquinho longa do projeto-de-diretor Joseph Ruben (de outras “jóias” como Dormindo com o Inimigo). A excelente Julianne Moore interpreta Telly Paretta (que nominho!), que sofre a perda do filho em um acidente de avião. De repente, ela é informada pelo marido e por seu terapeuta que o filho nunca existiu. Então… Bem, é melhor nem falar mais nada. Só o que dá pra dizer é que o roteiro mal-costurado de Gerald DiPego (de Olhar de Anjo – péssimo sinal!) é uma salada de suspense com ficção e drama novelesco que explode num samba do crioulo doido com uma hora de filme. O resultado disso? Fraco. Muito fraco. Uma explicação completamente ridícula estraga totalmente um trabalho que poderia ter sido muuuuuuuuito melhor. Nunca um título soou tão correto: você sai do cinema e automaticamente esquece que viu isso.
– A pergunta que não quer calar: Se aquelas pessoas eram puxadas com força total para o espaço, como elas passariam pela atmosfera sem serem incineradas? E como elas voltaram?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que a Julianne Moore precisa urgentemente trocar de agente. E se um ET aparecer na sua frente, diga que esqueceu tudo o que viveu!
:: 9.º) O DR. SEUSS DEVE TER SE REVIRADO NO TÚMULO
Quando o divertido O Grinch surgiu nas telonas em 2000 e fez aquele sucesso todo, os perversos executivos de Hollywood acreditaram que o nome de Theodore Geisel, ou apenas Dr. Seuss, autor do livro na qual o filme se baseia, era sinônimo de bilheterias gordas. Então, resolveram revirar toda a bilbiografia do escritor à procura de matéria-prima para uma nova produção. E eis que surge o terrível O Gato (The Cat in the Hat, 2003). E os executivos estavam ERRADOS! Além do longa dirigido por Bo Welch (mais acostumado a trabalhar como cenógrafo) ter sido um relativo fracasso de bilheteria (custou US$ 100 milhões e não chegou a se pagar), é ruim, ruim de doer. Talvez o ponto crucial deste abacaxi seja sua história, cuja linha de enredo não é boa o bastante para sustentar um filme inteiro: quando a mãe sai para o trabalho, duas crianças ficam em casa sem ter o que fazer, e só lhes resta ficar observando a chuva pela janela. Então, o tal gato (cuja maquiagem é praticamente idêntica à que Jim Carrey usou em O Grinch) aparece num passe de mágica, para ensiná-las a se divertir. Nem a criançada curtiu. Que mico, hein, senhor Mike Myers?
– A pergunta que não quer calar: Já que o filme inteiro parece desenho animado, porque não fizeram um desenho animado logo de uma vez, ao invés desta porcaria?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que, só porque um autor tem uma obra transformada em filme com sucesso, não significa que qualquer obra sua tenha o mesmo destino…
:: 8.º) O TINHOSO NÃO É PÁREO PARA OS MALÉVOLOS EXECUTIVOS DE HOLLYWOOD
O terror Exorcista: O Início (Exorcist: The Beginning, 2004) já nasceu errado. Primeiro, ninguém entendeu direito porque diabos o tal primeiro encontro do Padre Merrin (no original, o grande Max Von Sydow) com o demônio, somente citado na obra-prima O Exorcista, de 1973, tinha que ser levado às telas. Iniciada a produção, uma série de problemas assolou o projeto, desde a demissão do primeiro diretor, o competente Paul Schrader (de A Marca da Pantera), até a contratação de Renny Harlin, fraquíssimo cineasta cujo currículo se resume a filmecos de ação razoáveis. Segundo consta, os executivos da Warner Bros. e da Morgan Creek, produtores responsáveis pelo projeto, não gostaram do “terror psicológico” que Schrader imaginou. O lance todo culminou com a notícia de que Harlin optara por refilmar quase 100% do copião. O que ninguém enxergou é o fato de que o problema era de roteiro. Resultado? Um longa de “ação” com alguns sustos, maquiagem datada, indecisão com relação ao uso de CGI e sem um traço de medo, que provavelmente deixou William Friedkin, o diretor do clássico de 1973, morrendo de vergonha. Faça o sinal da cruz e saia correndo dessa porcaria.
– A pergunta que não quer calar: Se era pra transformar um humano possuído pelo demônio numa versão suja e torta do Homem-Aranha, por que não contrataram logo o Tobey Maguire pra fazer o papel?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que um clássico deve ser mantido intocável.
:: 7.º) O DRÁCULA DO GARY OLDMAN NÃO TINHA PRESILHA NO CABELO
Quando A Múmia, em 1999, arrebentou nas bilheterias, provavelmente até o diretor Stephen Sommers foi pêgo de surpresa. Filme bacaninha, que tira um sarrinho e altera vários conceitos da clássica história de horror e vira filme de ação-pipoca pra nenhum fã de Indiana Jones botar defeito. E então veio O Retorno da Múmia, que também foi legalzinho, mas… tinha aquele Escorpião-Rei falso pra cacete no final… E em 2004 chega às telas Van Helsing: O Caçador de Monstros. Mas o que deu errado? Afinal, o protagonista era só o hiper-carismático Wolverine, ops, Hugh Jackman, fazendo par com a gostosa Kate Beckinsale (atriz principal de outra bomba nuclear, Anjos da Noite: Underworld), e a idéia central, de colocar o lendário Van Helsing na juventude caçando monstros do porte de Drácula, Frankenstein e Lobisomem até era boa. Mas… história mal desenvolvida, vilões ridículos, CGI mais do que falso e cenas de ação que não empolgam diz algo a vocês?
– A pergunta que não quer calar: Onde o Drácula comprou aquela piranha de prender cabelo tinha pra homem?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que o Hugh Jackman deve dar graças aos céus enquanto a franquia dos X-Men render frutos.
:: 6.º) O CINEMA BRASILEIRO ESTÁ SE ACHANDO!
O cinema nacional já cansou de provar que pode, sim, realizar ótimos trabalhos. Depois da arrancada que as nossas fitas deram com Carlota Joaquina, era questão de tempo até que aparecesse algum trabalho mais fraco. E por falta de um, 2004 ganhou dois grandes abacaxis: Cazuza – O Tempo Não Pára, a pretensiosa cinebiografia do aclamado “poeta do rock”, e Olga, o também pretensioso retrato da vida de Olga Benário Prestes, são muito parecidos. Mas o que os torna tão ruins assim? Vamos às explicações: os roteiros e os diálogos, assim como as interpretações, sofrem do “mal da novela das oito”. O que se vê na telona são atuações dignas das “histórias de folhetim” que assombram o horário nobre – diálogos recitados e exageradamente forçados, atores cujo talento limitado é encoberto pelo rostinho bonito, interpretações que parecem saídas diretamente do teatro grego e trama construída em base no que há de pior no melodrama das telenovelas. Tudo calculado para emocionar e fazer rir nos momentos certos. Só que com uma qualidade de cenários e figurinos melhorada. No caso de Olga, então, a coisa piora quando percebemos claramente que o filme existe apenas como produto fabricado para (tentar) ganhar uma certa estatueta… Ruim, ruim, ruim.
– A pergunta que não quer calar: Será que o Cazuza falava recitando daquele jeito até no banheiro? Deus, aquilo é de deixar qualquer um pirado!
– Qual a lição que aprendemos com estas bombas? Aprendemos que não basta a embalagem ser bonitinha, tem que ter conteúdo. E lugar de novela é na telinha.
:: 5.º) NÃO IMPORTA QUEM VENÇA, NÓS PERDEMOS… DINHEIRO PAGANDO PRA VER ISSO!
Há muito tempo, os nerds de plantão sonhavam com um confronto entre as duas maiores e mais sanguinolentas criaturas que o cinema já criou. Este confronto já invadiu as HQs (numa minissérie memorável) e os games (num jogo hipernervoso). So faltava mesmo a telona. E quando isto acontece… pimba! Alien Vs. Predador (Idem, 2004) é tão ruim que chega a doer a alma. A história não poderia ser mais esdrúxula: em plena Antártida, uma pirâmide velhona é encontrada. Quando os caras entram na tal pirâmide pra tentar descobrir de onde veio aquilo ou quando surgiu, essa patetaiada toda, surgem os Aliens e os Predadores brigando entre si – e os humanos se danam no meio. Só isso, nada mais. Isso porque ainda não chegou o momento em que um dos lados da moeda assume ares de “herói”, mesmo momento em que o filme de Paul W. S. Anderson (o mesmo do primeiro Resident Evil) descamba de vez. Nem os efeitos especiais e as tomadas de cena copiadas de Matrix salvam o conjunto da obra. Tudo bem, não tem cacife suficiente para se tornar um dos piores filmes do ano… mas eles mexeram com os Aliens, meu! Isso é pecado! 😛
– A pergunta que não quer calar: Em qual buraco a 20th Century Fox escalou os horrorosos humanos que atuam neste projeto de filme?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que certas idéias, por mais bacanas que possam parecer, devem permanecer na gaveta.
:: 4.º) EU ODEIO REALITY-SHOWS…
Alguém aí já ouvir falar em Kelly Clarkson? E num tal de Justin Guarini? Pois é, nem eu. Mas segundo minhas fontes inesgotáveis de sabedoria, estes dois manés foram os vencedores daquele reality-show macabro chamado American Idol, dos States (claro, só podia ser). Como notícia ruim nunca vem sozinha, algum “gênio” de algum estúdio teve a brilhante idéia de reunir estes dois “talentos” para protagonizar um filme. Contrataram o péssimo Robert Iscove, diretorzinho que cometeu a burrada de comandar aqueles filmecos românticozinhos do Freddie Prinze Jr., criaram uma linha de roteiro que poderia ter sido melhor desenvolvida até pelo meu cachorro, e surgiu do nada um longa-metragem que (graças ao meu bom Deus) não foi distribuído no Brasil – só saiu na TV a cabo. O nome da tragédia é From Justin To Kelly (Idem, 2003), eleito pela crítica internacional como uma das piores produções de toda a história do cinema! É sério! Bem, eu assisti ao filme estes dias. É porque sou meio pancada mesmo. E o negócio funciona assim: uma mina gama num cara que mais parece um desenho saído de um gibi do Rob Liefeld, e ele não quer nada com ela e no final os dois ficam juntos e todo mundo faz uma coreografia de música à la Beyoncé Knowles numa casa com piscina. Credo! Mesmo acreditando que sou o único a ter cometido a loucura de ter visto este lixo, é opinião unânime: lista dos piores!
– A pergunta que não quer calar: Os produtores realmente acreditam que aquele “cabelo de macarrão de merenda de escola” do tal do Justin o torna um cara bonitão? E por que qualquer coisa, desde um começo de namoro até um acidente de carro, é motivo pra sair dançando?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que os reality-shows fazem mal à saúde.
:: 3.º) PEGUE UM TÁXI E FUJA DOS CINEMAS!
Quando o assunto é “refilmagem americana de sucessos europeus”, todo mundo fica com a pulga atrás da orelha e com os dois pés atrás. Quando os produtores escolhem um diretor praticamente estreante, o negócio fica preocupante. Quando você descobre que o vilão principal da trama será interpretado por uma modelo (!), aí o lance fede de vez. E alguém realmente esperava algo bacana de Táxi (Idem, 2004)? Ah, talvez pudesse ser divertidinho… Ledo engano: o longa, releitura gringa do sucesso francês Taxi, que já não era lá essas coisas, conseguiu ser muuuuito ruim. A pseudo-história envolve um policial interpretado por Jimmy Fallon (o pior humorista que o Saturday Night Live já gerou) que conta com a ajuda da taxista maluca Queen Latifah (que como atriz é uma cantora razoável que precisa mudar o repertório) para capturar uma gangue de mulheres modelos e assaltantes de bancos liderada pela tábua Gisele Bündchen, que faz nas telas aquilo que sabe: desfilar. Atuações sofríveis, “portunhol”, Jimmy Fallon achando que é engraçado, cenas de ação que são ótimas pra curar insônia… Pra ficar ruim de vez, só faltou o Martin Lawrence no elenco. Só o que lamentamos é o fato de Tim Story, o péssimo “diretor” disto, estar à frente do longa do Quarteto Fantástico, provavelmente uma das fitas que ilustrarão esta categoria no próximo ano.
– A pergunta que não quer calar: O clássico “Ai, minha Nossa Senhora” cuspido por uma das integrantes da gangue numa cena de perseguição estava no roteiro ou foi improviso?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que, na falta de uma idéia melhor, é preferível não produzir filme nenhum. E também que qualquer produção cuja música de abertura é da Beyoncé merece ter sua projeção interrompida no ato.
:: 2.º) EU TENHO MEDO DOS FILMES INFANTIS BRAZUCAS
O segundo colocado, na verdade, coroa uma categoria: a dos Filmes Infantis Produzidos no Brasil com Apresentadores de Televisão no Elenco. Esta divisão cruel de nosso cinema dá medo. Muito medo. Só em 2004, contamos com quatro longas-metragens que tiraram o sono de muitos pais que sofreram a tortura de levar seus pequerruchos às salas de exibição: Didi Quer Ser Criança, Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida, Eliana e o Segredo dos Golfinhos e Angélica e Luciano Huck em Um Show de Verão. Eu preciso mesmo dizer mais alguma coisa ou ficou tudo bem claro? Isso porque, no último citado, os papais e mamães devem ter enfartado de susto quando apareceram aqueles seios de fora. Seios de fora? Hmmm, não chega a ser tão ruim assim… Isso é papo de gente tarada! 😛
– A pergunta que não quer calar: Por que os diretores destes filmes não escalam atores de verdade ao invés de apresentadores, cantores, modelos e afins?
– Qual a lição que aprendemos com estas bombas? Aprendemos que nem mesmo dez sessões do maravilhoso filme do Bob Esponja são capazes de apagar as seqüelas que os infantis nacionais podem causar. Quer prestigiar o cinema brazuca? Leve a criançada pra assistir Tainá 2, que é “muito mais melhor de bom”! 😀
:: 1.º) DEFINITIVAMENTE, GATOS NÃO COMBINAM COM FILMES!
E para terminar, aquele que entrou para a história com o pior dos piores neste ano: claro que estamos falando de Mulher-Gato (Catwoman, 2004), mais conhecido como “aquele-que-não-podemos-dizer-o-nome”. Não há muito mesmo o que dizer sobre esta coisa. Aliás, não dá nem pra classificar este troço como “filme”. Por quê? Bem, vamos relacionar os vários motivos. Primeiro: a história é tosca. Segundo: o figurino é tosco. Terceiro: a Halle Berry (que já cometeu outra gafe em 2004 – no caso, a bomba Na Companhia do Medo – Gothika) é tosca. Quarto: a direção do tal Pitof é tosca. Quinto: tudo é tosco! Deus, mudaram completamente a concepção da personagem que conhecemos, deram sumiço no Batman, transformaram a felina numa heroína-sadomasô-com-penteado-dos-anos-80-e-roupa-de-sex-shop e acabaram de vez com a carreira da pobre Sharon Stone. O que mais há pra dizer sobre o nosso eleito, vencedor do troféu abacaxi do Chacrinha? Ah, só que a coitada da Halle Berry ficou meio tantã… Já está dizendo até que gostaria de estar na continuação…
– A pergunta que não quer calar: Por que o francês Pitof optou pela carreira de cineasta? Ele não podia, sei lá, abrir uma lanchonete?
– Qual a lição que aprendemos com esta bomba? Aprendemos que a Halle Berry é zicada.
:: MENÇÕES VERGONHOSAS*
* Ou: aqueles que não entraram na lista dos dez piores, mas que também são tão ruins quanto!
Alfie – O Sedutor, de Charles Shyer :: A Marca, de Philip Kaufman :: Anacondas 2: A Caçada à Orquídea Sangrenta, de Dwight H. Little :: Anjos da Noite: Underworld, de Len Wiseman :: As Branquelas, de Keenen Ivory Wayans :: A Vila, de M. Night Shyamalan :: Divisão de Homicídios, de Ron Shelton :: Doze é Demais, de Shawn Levy :: Fúria em Duas Rodas, de Joseph Kahn :: Garfield, de Peter Hewitt :: Ken Park, de Larry Clark e Ed Lachmann :: Na Companhia do Medo – Gothika, de Mathieu Kassovitz :: Nem Que a Vaca Tussa, de Will Finn e John Sanford :: O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy, de Adam McKay :: O Enviado, de Nick Hamm :: O Expresso Polar, de Robert Zemeckis :: O Pagamento, de John Woo :: Resistindo às Tentações, de Jonathan Lynn :: Revelações, de Robert Benton :: Sexo, Amor e Traição, de Jorge Fernando :: Sobrevivendo ao Natal, de Mike Mitchell :: Um Natal Muito, Muito Louco, de Joe Roth :: Todo Mundo em Pânico 3, de David Zucker :: Yu-Gi-Oh! O Filme, de Hatsuki Tsuji.
E chegamos ao final deste artigo… vivos! 😀 Bem, quase. Ainda falta dar uma olhada na opinião de cada um dos gloriosos nomes que, unidos, fazem A ARCA. Afinal, cada um tem uma idéia do que é ruim, não é? Bem, dê uma olhadinha aí abaixo e saiba quem destruiu a arte de fazer cinema em 2004, segundo os Arqueiros!
:: Na opinião do Benício:
O que o pessoal d’A ARCA escolher. Afinal de contas, não perco meu precioso tempo com filme ruim. 😛
:: Na opinião do El Cid:
– 5.º) Exorcista: O Início – Sem maiores comentários, não?
– 4.º) Alien Vs. Predador – Nós esperamos tanto… pra isso? Por que eu ainda boto fé em Hollywood?
– 3.º) Anjos da Noite: Underworld – Quem já viu Bela Lugosi e Lon Chaney deveria se sentir envergonhado ao assistir a esta porcaria… Com certeza, a White Wolf deve estar arrancando os cabelos até agora…
– 2.º) Na Companhia do Medo – Gothika – Jesus, até o meu dedão interpreta melhor do que a Halle Berry…
– 1.º) Mulher-Gato – Halle Berry? De novo? Hummmmmmm, acho que temos um padrão aqui, não?
:: Na opinião do Emílio Elfo:
– 5.º) Mulher-Gato – Leia a crítica no link aí do lado. Assim não gasto meu tempo falando sobre esta grande besteira…
– 4.º) Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida – Hmmm… Ok, próximo!
– 3.º) Eliana e o Segredo dos Golfinhos – Tenho minhas teorias sobre o porquê das mulheres gostarem de golfinhos (acho que esse é o segredo), mas este é um site respeitável e é melhor parar por aí…
– 2.º) Yu-Gi-Oh! O Filme – Batalha de egos para ver quem tem a carta mais foderosa e a criatura mais bizarra. Cadê a história?
– 1.º) Didi Quer Ser Criança – Ele já deixou de ser engraçado há muuuuuuuito tempo. E o humor das crianças de hoje não é igual ao humor das crianças de ontem e parece que ele não percebeu isso. Infelizmente, o Didi está gagá e fim de papo.
:: Na opinião do Fanboy:
– 5.º) Van Helsing: O Caçador de Monstros – Será que ninguém percebeu que ‘O Retorno da Múmia’ é um filme horroroso? Ainda quiseram dar mais liberdade para o Stephen Sommers usar e abusar e abusar e ABUSAR de efeitos especiais para cobrir um roteiro ruim… ou a falta de um roteiro sequer?
– 4.º) Tróia – O filme, para mim, acabou quando eu descobri que toda a mitologia por trás do famoso episódio seria descartada. Muita pompa e pouco conteúdo.
– 3.º) Nem Que a Vaca Tussa – Uma triste despedida: estúdios fechados, fim da produção de animações tradicionais para o cinema, e o filme tem gags que parecem um desenho animado da Warner! A única coisa que continua ótima é a qualidade da animação, algo que nem mesmo os tais executivos comedores de dinheiro conseguiram destruir.
– 2.º) Mulher-Gato – Hã… precisa dizer algo?
– 1.º) Yu-Gi-Oh! O Filme – Caraca, e eu preciso dizer mais? Ainda mantenho tudo o que eu disse em minha crítica. Sem tirar nem por.
:: Na opinião do Machine Boy:
– 5.º) Van Helsing: O Caçador de Monstros – Mais um filme no nível da Sessão da Tarde do SBT. Acabou com toda a mitologia dos vampiros, com aquele visual New Age e CGI feito nas coxas. E só me fez pensar: o que o Wolverine está fazendo com aquele sobretudo?
– 4.º) A Paixão de Cristo – Mesmo chegando bem perto do real dito pela Bíblia, pra mim o filme foi feito apenas para inflar o ego do Mel Gibson, para criar discussão e manter seu nome à frente da mídia. Totalmente anti-semita, feito para fanáticos religiosos e sadomasoquistas de plantão. Aliás, só faltou o Mel Gibson no papel de Deus. Que Deus salve a América…
– 3.º) Ken Park – Só serviu para o diretor Larry Clark satisfazer seus desejos vendo uma pá de adolescentes fazendo sexo e outras bizarrices. O cara realmente devia fazer um tratamento, é um pedófilo convicto. O filme mais nojento do ano.
– 2.º) O Último Samurai – Apesar das grandiosas imagens, mais um longa para provar que os americanos são os fodões, o Tom Cruise é superior até aos samurais japoneses e aquelas babaquices gringas de ser. Só faltou substituir a bandeira do Japão e dizer que os guerreiros samurais vieram dos States! Ah, por favor, o mundo segundo os americanos? Nem…
– 1.º) Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida – Tenho mesmo que falar por quê?
:: Na opinião do R. Pichuebas:
Como não vi Mulher-Gato e até achei que Van Helsing é um filme tão ruim, mas tão ruim que é bom, não consegui fazer a lista. Ei, mas sempre há o ano que vem, né?
:: Na opinião da Srta. Ni:
– 5.º) Alfie – O Sedutor – Zzzzzzzzzzzz…
– 4.º) Eliana e o Segredo dos Golfinhos – Eu nem vi esse filme, mas já posso colocar na minha lista por duas coisas: Eliana. E golfinhos.
– 3.º) Mulher-Gato – Se os homens quiserem ver uma mulher panaca usando roupas sadomasoquistas e rosnando, podem buscar na sessão de Acompanhantes do jornal.
– 2.º) Peixe Grande – Tá, ok, o filme não é pessimamente deprimente – é que não vi tantos filmes ruins esse ano, e Peixe Grande acabou sobrando como os mais chatinhos. A idéia é legal, mas faltou algo mais… Qual é a do peixe? E tenho certeza de que se o velhinho protagonista fosse feito por outro ator mais carismático, o filme ia ser muito mais simpático.
– 1.º) Todo Mundo em Pânico 3 – Esses estadunidenses precisam aprender o que é humor. Nada que alguns anos na Inglaterra não ensinem…
:: Na opinião do Zarko:
– 5.º) Cazuza – O Tempo Não Pára – Péssimo cinema, diálogos constrangedores e nem o Reginaldo Farias salvou. Serviu pra tirar meu sono atrasado.
– 4.º) Todo Mundo em Pânico 3 – E os caras ainda têm coragem de dizer que isto é um filme de comédia?
– 3.º) Ken Park – Se é pra ver sacanagem, alugo filme pornô, que pelo menos tem histórias melhores. Larry Clark deveria ser preso!
– 2.º) Táxi – Teve um momento que eu gostei muito. Quando os créditos subiram e as luzes do cinema acenderam.
– 1.º) O Expresso Polar – Um excelente instrumento de tortura em situações de guerra. Eu quase tirei minha própria vida.
Pois é, estes são os longas mais odiados pela galerinha aqui d’A ARCA, neste ano que está dando tchau. E já que estamos entrando em 2005, e não queremos mais ver porcarias nas nossas telonas, o esquema agora é pular as sete ondinhas e pedir a Deus que nos poupe dos sofrimentos cinematográficos! O que será bem difícil… mas tudo bem! E bom ano novo pra todo mundo! 😀
|