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Artigo adicionado em 22/10/2004, às 03:43

Crítica: COM A BOLA TODA
É um filme simpático e… é isso! Momentos antes de assistir a este filme, eu tinha a sensação de estar diante de uma bomba monumental, ainda mais pelo fato de Ben Stiller ser um dos atores principais. Particularmente, acho um comediante muito fraco e com um azar (ou não sabe escolher mesmo) tremendo para conseguir […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


Momentos antes de assistir a este filme, eu tinha a sensação de estar diante de uma bomba monumental, ainda mais pelo fato de Ben Stiller ser um dos atores principais. Particularmente, acho um comediante muito fraco e com um azar (ou não sabe escolher mesmo) tremendo para conseguir bons roteiros, embora um ou outro filme dele seja bom. Entretanto, não é o que acontece no caso de Com A Bola Toda (Dodgeball: A True Underdog Story, dirigido pelo estreante Rawson Marshal Thurber), embora não seja um primor de filme. É uma comédia simpática, bacaninha, daquelas que são dignas da Sessão da Tarde. Caso você não tenha nada melhor pra fazer e esteja a fim de dar umas risadas, é até recomendável.

A história gira em torno de Peter La Fleur (Vince Vaughn, de Starky & Hutch – Justiça em Dobro e A Cela), um homem simpático e de bom coração, mas que nunca teve muita sorte na vida. Seu negócio, uma academia chamada “Average Joe”, que está caindo aos pedaços, é seu único e derradeiro sustento. Pra piorar as coisas, bem pertinho da academia, há uma outra, muito mais moderna, com melhores aparelhos, parecendo algo saído de um filme de ficção científica. “Globo”, o tal nome da academia, é dirigida por White Goodman (Stiller), um homem falso e totalmente sem escrúpulos que se esconde atrás de um máscara psicológica e física ao mostrar-se forte, com cabelo bem penteado o tempo todo, determinado, com os dentes mais brancos possíveis; ou seja, uma sensualidade totalmente artificial. Como se não bastasse a concorrência, o próprio Peter consegue piorar a situação ao acumular dívidas e não resgistrar os ganhos e despesas que entram e saem, facilitando o trabalho de Kate Veatch (Christine Taylor, de Zoolander), uma bonita e simpática advogada que trabalha para um banco de credores (personagem que também será disputa amorosa entre Peter e White). Goodman quer a academia de Peter demolida para fazer um estacionamento para a sua brilhante academia. Desse modo, a situação fica assim: ou Peter consegue U$$50.000 para pagar a hipoteca até o final do mês, ou perde a academia para Goodman.

Conversando com alguns amigos que frequentam a academia, Peter encontra uma única saída: participar do campeonato nacional de queimada, que premia a equipe campeã com (adivinhem!) U$$50.000.

Claro que os próprios amigos de Peter oferecem-se para formar a tal equipe. Só que é uma equipe nada ortodoxa, pois é formada por Steve, um doido que acha que é um pirata; Justin, um geek retardado que quer impressionar uma garota líder de torcida; Gordon, um homem de meia-idade obcecado por esportes obscuros (como a queimada, lógico!); Owen, um rapaz negro sabe-tudo que na verdade não sabe nada e Dwight, um verdadeiro palerma. Claro que, com uma “equipe” dessas, o sonho de conseguir a tal grana fica cada vez mais impossível.

Porém, a maré começa a virar a favor de Peter quando a equipe conhece o doente e sádico Patches O´Houlihan (Rip Torn, de MIB – Homens de Preto), um antigo e envelhecido guru da queimada, tido como um dos melhores em sua área. Servindo de treinador da equipe, começam a vislumbrar a esperança de ganhar o campeonato. Ainda assim, a situação vai a novos patamares quando, ao espionarem o pessoal da Average Joe, Goodman criar sua própria equipe de queimada para participar do campeonato e acabar com as esperanças de Peter e seus amigos.

A partir daí, o filme começa a ficar mais e mais apelativo no que concerne a porradas, dores, tombos e o que mais a queimada puder fazer para machucar alguém. Há dois defeitos básicos da película: o primeiro é que, apesar de começar bem, o filme cai no cliche equipe-de-perdedores-que-se-transformam-em-sensação. Pense consigo mesmo: em quantos filmes de esporte você já viu isso? O outro são as partidas extremamente rápidas, quase sem clímax (com excessão, óbvio, da grande final). Outra coisa que não é um defeito e sim uma particularidade, é a diferença cultural, por isso, não estranhe se as regras forem ligeiramente diferentes das que nós brasileiros jogamos aqui (pra se ter uma idéia, eles jogam com mais de uma bola ao mesmo tempo). Por falar nisso, o filme ganhou força para ser feito devido à recente febre do esporte ter ressurgido por lá. Até revistas como a Fortune e a Vanity Fair, mais o jornal New York Times deram destaque para os campeonatos que estão sendo disputados na terra do Tio Sam.

Enfim, o elenco como um todo está muito bem, a direção é competente e consegue manter o ritmo do filme sossegado. E o mais importante: uma boa (mas poderia ser melhor) dose de humor. A melhor coisa do filme nem é a história e sim ficar identificando as participações especiais, que são muitas. Algumas delas são: Hank Azaria (o dublador de diversos personagens d´Os Simpsons, como o dono da loja de conveniência Kwik-E-Mart, Apu), fazendo o papel do jovem Patches; William Shatner, o eterno Capitão Kirk de Jornadas nas Estrelas fazendo o presidente da Associação Nacional de Queimada e; Chuck Norris fazendo o papel de… Chuck Norris! Sim, ele faz o papel dele mesmo e por mais que sua participação seja curtíssima, ele é ponto chave na trama (!).


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