A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 17/09/2004, às 08:55

SUPER VICKY
Microchips aqui e ali (?) Tem jeito não. O Garrettimus sai d’A ARCA em busca de sombra e água fresca (sic)*, e o legado de matérias nostálgicas tem que ficar com alguém. Nesse caso, eis-me aqui! Já houve um tempo em que tv aberta era aclamada pelas massas – e não só pelas ditas massas […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Tem jeito não. O Garrettimus sai d’A ARCA em busca de sombra e água fresca (sic)*, e o legado de matérias nostálgicas tem que ficar com alguém. Nesse caso, eis-me aqui!

Já houve um tempo em que tv aberta era aclamada pelas massas – e não só pelas ditas massas populares. Quando tv a cabo ainda era um sonho distante, canais abertos como Globo, SBT e Record abrigavam os maiores divertimentos televisivos. Em fins dos anos 80 e início da década de 90, alguns sitcoms família foram parte desses divertimentos televisivos, e atenderam pelo nome de Punky – A Levada da Breca, Alf O ÉTeimoso e Super Vicky.

Não que uma série contendo um extraterrestre parecido com um tamanduá cujo focinho é amassado e com a mesma voz que o Scooby Doo não seja um tanto estranho – mas desses três mencionados, “Super Vicky” era o que tinha uma das histórias mais anormais. Uma menina de 10 anos que é um robô vivendo no seio de uma família humana está mais pra história dramática, isso sim. Ainda mais quando ela tinha alguma pane e parava, inerte… era desesperador. Mas apesar de tudo isso, “Super Vicky” estava longe de ser um drama – era sim mais uma das comédias de família que eram típicas nos fins de 80.

:: DO QUE SE TRATA?

Ted Lawson (Dick Christie) era um engenheiro que trabalhava numa empresa de robótica. Ele era casado com Joan (Marla Pennington) e tinha um filho único, o Jamie (Jerry Supiran). Um belo dia, Ted trouxe para casa um protótipo da empresa onde trabalhava: um andróide na forma de uma menina de 10 anos de idade. Esse andróide fora levado para a família do cidadão com o intuito de ajudar nas tarefas de casa, e de fazer companhia ao menino Jamie. O nome de série do robô era Voice Input Child Indenticant, e, por causa de suas iniciais “VICI”, foi batizado carinhosamente de Vicky (Tiffany Brissette).

Os Lawson escondiam das pessoas a identidade robô de Vicky (até hoje não sei como elas nunca desconfiaram da voz metálica da menininha), mas é claro que essa não era uma tarefa fácil. Ainda mais com vizinhos como os Brindle: Brandon Brindle (William Bogert ), o pai da família, era o patrão de Ted, e tinha uma esposa interesseira e uma filha hilária: Harriet (Emily Schulman). A menina da franja gigante era apaixonada por Jamie, e vivia perseguindo o pobre garotinho – “Onde está o meu homem?”, perguntava a menina mais sem noção da História dos sitcoms.

Jamie, o irmão “postiço” de Vicky, era o encarregado de ensiná-la a agir como uma humana normal, mas nem sempre isso surtia efeitos – o máximo que Vicky conseguia fazer era imitar as pessoas, e levar tudo ao pé da letra, apesar de muitas vezes ser bem mais esperta que seus professores humanos. Vicky chegou a ter um alter-ego malvado: a Vanessa, irmã gêmea da menina, uma experiência mais avançada trazida por Ted de seu laboratório. Vanessa (também interpretada por Tiffany) apareceu apenas duas vezes na série, mas, mesmo com essas curtas aparições, acabou se fixando na memória dos telespectadores.

:: DA PARTE DE QUEM?

VICKY – Tiffany Brissette: A menina trabalhou na televisão desde os 2 aninhos de idade, fazendo comerciais e pontas em alguns seriados e filmes. Apesar de ter entrado para o show business ainda pequenininha (ou talvez tenha sido justamente por causa disso), a carreira de Tiffany não foi muito longa nesse meio. Seu único papel relevante foi no seriado “Super Vicky”, mesmo. Depois de 1989, quando o seriado terminou, a garota fez apenas algumas participações em programas. Então, partiu para o campo da Psicologia, e agora trabalha com isso, tratando de crianças e adolescentes problemáticos. Seu último trabalho como atriz foi em 1990.

JAMIE – Jerry Supiran: Jerry Supiran tinha 12 anos quando foi escolhido para interpretar Jamie, e tem uma história parecida com a de Tiffany, que por sua vez lembra a história de Emily. Assim como os outros, o único papel interessante interpretado pelo menino foi em “Super Vicky”. Hoje, com 31 anos, Supiran quer apenas cantar, e dedica-se a isso como profissão.

HARRIET – Emily Schulman: A atriz que interpretava a vizinha insuportável fez sua última participação na televisão em 1994, na série Christy. Agora a moça trabalha como agente.

“Super Vicky” foi escrito por Howard Leeds e produzido pela 20th Century Fox Television. Estreou no Estêites em 1985 e terminou em 89, tendo um total de 96 episódios em quatro temporadas. Nesse meio tempo, a série veio para o Brasil, sendo exibida na Rede Globo às sextas feiras, na Sessão Comédia. E as vozes em português eram emprestadas por dubladores supimpas como Cecília Lemes (a eterna voz da Chiquinha) e Wendell Bezerra (o Goku), como a espevitada Harriet e Jamie, respectivamente.

Nos anos 90, a série da menina-robô passou às mãos da Record, e foi exibida na Tarde Maior – de lá, foi relegada ao limbo das madrugadas da emissora, até desaparecer completamente das telinhas. Os responsáveis pela série lá nos EUA ainda pensaram em criar um novo seriado chamado Too Good to Be True, no qual Vanessa seria a protagonista, mas esse projeto nem saiu do papel.

A música de abertura foi feita por Howard Leeds e Ron Alexander, e era a seguinte (notem que coisa LINDA):

She’s a small wonder, lovely and bright with soft curls
(Ela é uma pequena maravilha, amável e brilhante com suaves cachinhos)

She’s a small wonder, a child unlike other girls
(Ela é uma pequena maravilha, uma criança diferente das outras garotas)

She’s a miracle, and I grant you
(Ela é um milagre, e eu garanto)

She’ll enchant you with her sight
(Ela vai encantá-lo com seu olhar)

She’s a small wonder, and she’ll make your heart take flight
(Ela é uma pequena maravilha, e ela fará seu coração alçar vôo)

She’s fantastic, made of plastic,
(Ela é fantástica, feita de plástico,)

Microchips here and there
(Microchips aqui e ali)

She’s a small wonder, brings love and laughter everywhere
(Ela é uma pequena maravilha, e leva amor e risadas para todos os lugares)

Detalhe: Small Wonder (algo como “Pequena Maravilha”) era o nome original da série… E, só à título de curiosidade: mais alguém já tentou imitar a voz da Vicky em frente a um ventilador ligado?

*diz a lenda que hoje ele habita em uma espécie de paraíso tropical, imerso em estantes e mais estantes de livros e rodeado de seres vestidos de branco, que sonham em ser médicos e enfermeiros.


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2025