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Artigo adicionado em 25/08/2004, às 08:15

MÚMIA: A RESSURREIÇÃO
Esqueça os estereótipos de ataduras… Pois é: nada das clássicas e estereotipadas múmias de ataduras, que andam a um décimo de quarto de quilômetro por hora e resmungam coisas sem sentido o tempo todo. Neste lançamento da Devir, que preenche mais uma lacuna aqui no Brasil sobre o Mundo das Trevas da White-Wolf, não há […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


Pois é: nada das clássicas e estereotipadas múmias de ataduras, que andam a um décimo de quarto de quilômetro por hora e resmungam coisas sem sentido o tempo todo. Neste lançamento da Devir, que preenche mais uma lacuna aqui no Brasil sobre o Mundo das Trevas da White-Wolf, não há nada do que você está acostumado a ler sobre múmias em qualquer livro de lendas ou mitologia… ou quase!

Tratando o assunto de forma original e envolvente, Múmia: A Ressurreição é um prato cheio para dois tipos de público: aqueles que estão ávidos por novidades ao que se refere a ambientes de RPG e os fãs de história e mitologia egípcia. E sinceramente, como eu me encaixo mais no primeiro tipo de público, parabenizo a Devir pela iniciativa dessa versão em português (mas mando vocês ao inferno por não terem traduzido ainda Wraith: The Oblivion…).

Graficamente, o livro está muito bem cuidado e elaborado; os erros de tradução, que faziam parte do passado, estão cada vez mais longe do retrato do que é a Devir hoje (ou seja, inexistem). Primorosos nesses dois aspectos, tenho que admitir. E vai por mim, eu conheço a versão gringa do livro e tá pau-a-pau!

A história, como eu já disse, é um dos pontos mais originais, principalmente por não usar quase nada dos mitos antigos sobre múmias (na verdade, até usa alguns, mas de forma bem sacada). Neste jogo, não, elas não usam ataduras no corpo inteiro e nem andam de forma mais lerda do que a minha tartaruga, muito pelo contrário, mais parecem as múmias (apenas em alguns aspectos) dos filmes “A Múmia” e O Retorno da Múmia. E quando digo isso, estou afirmando que é difícil distinguir uma múmia de uma pessoa normal. Na verdade, a existência das múmias deve-se ao antigo deus egípcio Osíris, que despertou no mundo espiritual e deseja que o mundo volte a ter um equilíbrio, pois cada vez mais está mergulhado em trevas (e tudo por culpa de quem? Vampiros, magos, lobisomens…). As múmias seriam os agentes de Osíris na Terra, cuidando para que o mundo volte a ter o tão desejado equilíbrio, já que tantas criaturas sobrenaturais tendem a desequilibrar cada vez mais o já tão desequilibrado planeta Terra. Analisando friamente, este conceito coloca as múmias como inimigas dos outros seres sobrenaturais do Mundo das Trevas e até mais: seriam eles algo como super-heróis (mas nada convencionais) no universo da White-Wolf? Não, antes que sua mente crie uma imagem errada do jogo. Não, as múmias não vestem a cueca por cima da calça (na verdade, será que múmia usa cueca?).

A purificação do mundo tem que ocorrer e seres como vampiros, por exemplo, não podem sair fazendo o que bem entendem, sem consequência nenhuma. É aí que entram as múmias. Mas como alguém se torna uma múmia? Os deuses egípcios selecionam indivíduos prestes a falecer e infundem sua energia espiritual neles, prendendo a alma condenada e lhe concedendo uma segunda chance (seria algo como… o Corvo?). Essa combinação de energia espiritual e matéria cria os imortais conhecidos como Amenti, homens e mulheres dotados de poderes advindos de um império que desapareceu há eras.

O mais legal nessa jogada toda é que as múmias são, de fato, os únicos seres realmente imortais entre as criações da White-Wolf. Diferente de um vampiro, que pode ser morto definitivamente por várias formas, uma múmia sempre ressuscita. Sempre, não importa quanto tempo demore. Enquanto os deuses egípcios quiserem que as múmias existam, elas voltam (ou seja, se reconstroem) e como combater a vontade de um deus já é embaçado, imagina combater a vontade de um panteão. É mais fácil explodir a múmia mesmo, fugir pra bem longe e rezar pra que ela nunca mais te encontre, hehehehehe…

Outra coisa legal é o reforço que esse livro dá a alguns outros seres da editora. Como estamos falando de coisas do Egito nesse livro, é muito fácil ver coisas relacionadas aos vampiros Seguidores de Set (como eu odeio eles!) e em alguns momentos, os Assamitas (afinal, a Arábia Saudita é do lado…) ou aos garou Peregrinos Silenciosos (estilosíssimos!), dando ainda mais força para que histórias envolvendo esses serem sejam criadas.

Bom, não vou fornecer mais detalhes aqui para não estragar a surpresa de quem nunca teve a oportunidade de ter em mãos este jogo. Para aqueles que já conhecem a peça, saibam então que a Devir tomou todos os cuidados para que fosse publicado de forma excelente. De qualquer forma, o jogo vale à pena, sim senhor! Eu já estou correndo atrás do meu exemplar. E você?


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