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Artigo adicionado em 12/08/2004, às 07:32

Crítica: MULHER-GATO
Como adaptação? Ruim. Como filme? Beeeeeem ruim Não adianta querer se enganar. O próprio trailer do filme já dizia que Mulher-Gato seria uma bomba. E isso foi confirmado na última terça-feira, quando assisti à pré-estréia do novo filme da gostosona Halle Berry. Ô filminho ruim. Se você não viu os trailers, ótimo. Não perdeu nada. […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Não adianta querer se enganar. O próprio trailer do filme já dizia que Mulher-Gato seria uma bomba. E isso foi confirmado na última terça-feira, quando assisti à pré-estréia do novo filme da gostosona Halle Berry. Ô filminho ruim.

Se você não viu os trailers, ótimo. Não perdeu nada. Insosso, com um roteiro entupido de clichés, totalmente exagerado e previsível, não consegue prender muito a atenção ou ser levado a sério. Usar aquele “uniforme” sadomasoquista para lutar contra o crime? Por favor.

Peraí: lutar contra o crime? Desde quando a Mulher-Gato, eterna vilã do Batman, luta contra os meliantes? Pois é. Um dos pré-requisitos desse filme é simplesmente ignorar toda e qualquer relação com a Mulher-Gato dos quadrinhos do Homem-Morcego. Esqueça também qualquer referência à maravilhosa interpretação de Michelle Pfeiffer em Batman: O Retorno. Apague Selina Kyle da sua cabeça e agora conheça Patience Phillips. Gotham City? Nada disso, apenas uma metrópole sem nome. Batman? Totalmente fora de cogitação, o que deixará muitos fãs ainda mais incomodados.

O único evento que é mantido pelo diretor francês Pitof é a “morte” da mulher tímida e perdedora, que “renasce” com uma nova feminilidade, livre, sem amarras morais. A diferença é que, no filme, a personagem realmente morre, mas é trazida de volta à vida por um gato com poderes ancestrais, que vê Patience como merecedora de dons sobre-humanos (por quê todos os perdedores merecem se transformar em super-humanos?). Entra aí um blá-blá-blá sobre a deusa egípcia Bastet, que tinha a cabeça em formato de gato e que manteve sua influência nos bichanos, principalmente os da raça Mau.

Bom, a partir daí, Patience começa a usar seus novos poderes para descobrir quem a matou – ou tentou matar, dependendo do ponto de vista – e esbarra justamente em seus antigos empregadores, os empresários George Hedare (Lambert Wilson, o Merovingian de Matrix Reloaded, mal aproveitado) e Laurel Hedare (Sharon Stone, de Instinto Selvagem), donos da indústria de cosméticos Hedare.

Aqui é que a porca torce o rabo – para arranjar um desafio aos pés dos novos dons de Patience, os roteiristas inventaram um artifício: o novo cosmético a ser lançado pela empresa, Beau-Line, destrói a pele de quem usá-lo, caso seja interrompido o uso diário. Mas quem o usa freqüentemente fica com a pele impossível de ser machucada; “pele como mármore”, como disse a própria Stone.

Mas o filme é uma perda total? Quase. As poucas coisas boas são logo em seguida detonadas por momentos patéticos como, por exemplo, a sequência da quadra de basquete. Além de não adicionar nada ao filme, parecia que alguém da sua família havia chegado e mudado o canal da sua televisão para a MTV. E isso justamente quando se nota uma interação bacana entre Philips e Tom Lone, o policial e caso amoroso da heroína, interpretado por Benjamin Bratt (de Traffic). Não entendeu? Só vendo mesmo. Coisa que eu não aconselho.

Outro destaque é a interpretação marcante da amiga de Patience, Sally, interpretada pela comediante
Alex Borstein. O jeito simples de Borstein deixa o filme muito mais perto da realidade, e acredite: você vai gostar dela. Caso assista esse filme, claro.

Bom, falar mais sobre Mulher-Gato é chover no molhado: uma produção fraquinha, que saiu dos trilhos e ninguém percebeu, a não ser quando já era tarde demais. E para os nerds de plantão, dois fatos interessantes. Um é a participação de Frances Conroy, da série de tv A Sete Palmos, como a grande conhecedora dos segredos ancestrais dos gatos. Outro é a presença de Byron Mann, o Ryu do filme Street Fighter. Duas curiosidades que passam despercebidas, mas que podem ser alguns dos poucos momentos de diversão durante a sessão.


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