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Artigo adicionado em 28/08/2004, às 03:52

Crítica: BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS
É bizarro! No melhor sentido da palavra ^_^ Você tem guardados na memória fatos bons, certo? Com certeza deve haver aí também um punhado de lembranças ruins, correto? Imagine agora que existesse a oportunidade de submeter-se a uma espécie de cirurgia que simplesmente apagaria de sua memória o que você não quisesse mais lembrar. É […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Você tem guardados na memória fatos bons, certo? Com certeza deve haver aí também um punhado de lembranças ruins, correto? Imagine agora que existesse a oportunidade de submeter-se a uma espécie de cirurgia que simplesmente apagaria de sua memória o que você não quisesse mais lembrar. É essa idéia mirabolante escrita (e muito bem escrita) por Charlie Kaufman que conduz a trama do filme.

Primeiramente não se assuste com esse título quilométrico e meio diferente. Ele é explicado no meio do filme, pela personagem de Kirsten Dunst. E combina muito bem com a história que enfoca os protagonista Clementine (Kate Winslet) e Joel (Jim Carrey). Eles formam um casal bem contrastante (ele, um desenhista introvertido até não poder mais; e ela, extrovertida ao extremo, dona de uma coleção de batatas com roupinhas), mas que, talvez por isso mesmo, dá certo. Bem, certo até um ponto: movida por um impulso momentâneo, Clementine resolve passar por esse processo de “apagamento” da memória, para esquecer seu relacionamento com Joel.

É por isso que encontramos o rapaz, em uma cena do início do filme, chorando desesperadamente: a namorada tratara-o como se ele simplesmente não existisse. Após descobrir que ela passara por esse processo, Joel decide-se: ele também apagaria de sua memória todas as lembranças de Clementine, para que esquecesse de vez toda essa história e, portanto, parasse de sofrer com isso.

Adentra então o consultório do Dr. Howard Mierzwiak (Tom Wilkinson), cujos funcionários não são lá o melhor exemplo de profissionalismo – são eles Patrick (Elijah Wood), Stan (Mark Ruffalo) e Mary (Kirsten Dunst). Eles são os responsáveis pelo servicinho na memória de Joel Barish – feito numa madrugada, em seu apartamento, com o seu aval.

Acontece que, enquanto fica inconsciente em sua cama sofrendo o apagamento de suas lembranças, Joel arrepende-se e tenta abortar o processo, de certa forma preso em seu próprio subconsciente. Assim, ele se vê dentro de sua própria memória, encontra Clementine e juntos tentam fugir para outras partes de suas memórias, a fim de impedir que suas lembranças com Clementine sejam deletadas.

A narrativa é bem alinear, e por isso o filme é daqueles que devem ser assistidos com atenção do início ao fim para que se compreendam perfeitamente todas as tramas desenroladas nas quase duas horas de película. Como devem ter percebido pela descrição da história, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças tem uma temática meio surreal, e com isso algumas cenas engraçadas, outras maravilhosas e outras ainda desesperadoras. Em certas partes, essa atmosfera lembra muito Amor Além da Vida, com o Robin Williams; é inevitável.

Melhor do que um bom roteiro e uma história fantástica (em todos os sentidos), são as atuações do filme. Temos aqui uma Kate Winslet ótima como sempre e um Jim Carrey simplesmente perfeito. Bem, depois que ele decidiu parar de fazer tantas caras e bocas em seus filmes, o moço subiu muito no meu conceito. E vou dizer – Jim Carrey como ator dramático é uma das melhores coisas que a turma de estrelas de Hollywood descobriram para nós. Mas não são apenas os protagonistas que brilham. O roteiro já é convincente, porque mostra diálogos muito realistas, e isso caiu bem em todos do elenco, que nem parecem estar diante de câmeras.

O que mais dizer? Esse filme é um romance – comédia – ficção científica – drama, mas é bom, mesmo com essa misturança toda. E é bom se preparar, porque todo aquele ar melancólico da película certamente vai envolver você também. Ainda mais se acabou de sair de algum relacionamento amoroso – porque “Brilho Eterno…” mostra uma esperança de segunda chance, e o final dá uma belíssima lição de vida aos casais. Ah, aquela última frase dita por Joel mexe com qualquer um!


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