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Artigo adicionado em 20/07/2004, às 02:02

Review: SPIDERMAN 2
Se você quiser passar o tempo todo só se balançando nas teias… LEGAL! ^_^ É meio inevitável. Aparece um blockbuster, cheio de efeitos especiais, ação, aventura, que aparece o representante no mundo dos games. Obviamente, com o maior e mais esperado filme do ano, Homem-Aranha 2, não foi diferente. Mas aqui, não é só fazer […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


É meio inevitável. Aparece um blockbuster, cheio de efeitos especiais, ação, aventura, que aparece o representante no mundo dos games. Obviamente, com o maior e mais esperado filme do ano, Homem-Aranha 2, não foi diferente. Mas aqui, não é só fazer um jogo baseado num filme. É mais do que isso. Ele traz uma legião de fãs dos quadrinhos famintos pelo jogo perfeito, já iludidos por tantos outros, e até já agraciados com algumas maravilhas (viram a matéria do R. Pichuebas, que conta os melhores e piores jogos do Aranha? Não? Então cliquem aqui!). E consegue realizar, em parte, os sonhos dos fãs. Spiderman 2, por um lado, chega até onde nenhum jogo de ação, super-herói ou filme chegou antes em questão de ambientação e similaridade. Já, por outro lado, é capaz de deixar o jogador mais exigente (e até o que não é tanto assim) entediado.

Assim que você começa a jogar, vai cair de joelhos, maravilhado e agradecido, quando perceber o que realmente é o jogo: basicamente, um jogo de ação/aventura, mas também pode ser interpretado como um simulador de Homem-Aranha. Literalmente. Você É o cabeça-de-teia, e pode ir para onde você quiser, a qualquer momento. (“Uau! Um GTA com o Aranha!” pode passar pela sua cabeça) É claro, o jogo se limita à ilha de Manhattam, e você não pode nadar. Mas ter essa liberdade total, e ainda viver o dia a dia, 24 horas por dia, num sistema de tempo semelhante ao de The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Gran Theft Auto: Vice City, entre outros. Ou seja, você é o Aranha, pode ir onde quiser, de dia ou de noite. Muito legal!

As coisas boas não param por aí. Finalmente, um avanço impressionante na mecânica de “balançar com a teia”. O lugar onde o Aranha prende a teia realmente influencia o seu movimento. Sem mais balanços impossíveis. Se prendeu a teia no canto do topo de um prédio, por exemplo, você vai fazer uma curva, de acordo com sua velocidade, etc. Prendeu num poste? Não, não vai voar pra longe, como se a teia estivesse num helicóptero invisível. O poste vai puxar o Aranha de volta quando a teia esticar inteiramente. Muito legal de novo! E isso realmente não afeta em nada o prazer de balançar em Nova York, sendo que você o faz com uma velocidade bem elevada. Melhora muito, aliás. Sem falar que, pela primeira vez num jogo do Aranha, se você está no topo de um prédio e decide visitar o chão, você chega lá. Sem mais morrer se cair, como, por exemplo, na adaptação do primeiro filme para os games. O chão de Nova York está aos seus pés agora (piada horrível)! Não só o chão, mas as pessoas, carros, helicópteros. Claro, só não com a intensidade da verdadeira Manhattan (Também não existem aviões… Ahhh, que chato…). E se você quiser visitar os pontos turísticos, muito bem, porque não? O apartamento de Peter? O Empire State? A Estátua da Liberdade? O Clarim Diário? Ora, está tudo ao alcance de sua teia…

Mas atenção à versão para PC do jogo, que é um lixo completo. Você NÃO tem essa liberdade de balançar na teia, só em lugares específicos, o que sinceramente destroça a graça do jogo.

b>Spiderman 2 é baseado em capítulos, nos quais você tem que completar missões, e assim progredir ao próximo. Normalmente, missões como “Adquira tantos Hero Points” (pontos com os quais você pode comprar novos combos, acrobacias, aumentar a velocidade do seu “balanço”, entre outros), e outras missões, que ajudam a história a progredir, como “Vá visitar o Dr. Octavius”, aonde após conversar com o próprio o Aranha lembra que tem um encontro com Mary Jane, e tem que chegar no outro lado da cidade em alguns minutos, e assim vai, ligando alguns eventos.

Esse é outro ponto forte do jogo, a maneira como a história é contada. Foram adicionados personagens dos quadrinhos, como Black Cat, Shocker, Mysterio (simplesmente cômico em todas as aparições) e Rhino (além do Dr. Octopus, naturalmente) mas ainda assim a história do filme é contada de maneira correta. Todas as divergências da história original são bem feitas e não deturpam a história central. É até muito legal, por exemplo, a Black Cat conversando com Peter sobre as desventuras com Mary Jane. Você pode também vivenciar aspectos da vida de Peter como em nenhum outro jogo. Correr para encontrar MJ, o escritório do Clarim Diário (com J.J. te despedindo toda hora), missões em que você tem que tirar fotos de lugares, ao invés de só chutar alguns traseiros. Infelizmente, não há um sistema de câmera-fotografia, como em Dark Cloud 2, Pokémon Snap, e até o Spider-man vs The Kingpin, jogo da velha guarda. Aqui, é só pegar o ícone de fotografia que automaticamente ela é tirada.

O combate é bem simples. Bata nos inimigos até eles morrerem. Com exceção dos vilões, é claro, que requerem uma jogabilidade mais desenvolvida: combos, pulos, teias, e o super “Modo Sentido-Aranha”, que é mais uma maneira de chamar o “bullet time”, que é até bem útil, quando está cercado de inimigos.

Mas a maior parte do tempo você vai passar ajudando os habitantes infelizes de Nova York, para acumular Hero Points. Ah, aí está o que poderia ser o trunfo do game, mas pode muito bem ser falha. Quando você está viajando pelos ares da cidade, sempre alguém vai te chamar pra realizar alguma tarefa. Impedir que um carro forte seja roubado, salvar as pessoas de um barco, parar um carro com fugitivos, impedir que uma pessoa caia… Sempre envolvendo bater em bandidos ou carregar pessoas para a segurança. E MAIS NADA. Para algo que preenche a grande maioria do tempo de jogo, é muito repetitivo. Existem as vezes que nem pessoas pedem ajuda, você vê acontecendo e já age, como ladrões de bolsas, pegar balões de crianças (hã?). Sem falar que não há uma sincronia de eventos com o tempo, fazendo com que você possa ter que buscar e devolver o balão de uma criança que passeava alegremente pelo Central Park ás três da manhã. (HÃ?). Mas não é só isso o que você pode fazer no tempo livre. Pode também entregar pizzas, realizar corridas estilo “faça o melhor tempo” pela cidade inteira… Mas mesmo assim, para o tanto de coisa que precisa fazer para terminar o jogo 100%, é repetição demais.

Graficamente, o jogo é bonito, quando longe das pessoas. Os únicos personagens realmente bem feitos são os principais (menos a Mary Jane, que está feia). As pessoas da cidade são tosquinhas, sem falar no número incrivelmente alto de gêmeos idênticos que Nova York contém. As animações, por outro lado, são show. As acrobacias do Aranha, golpes, e tudo o que se mexe se mexe de uma maneira bacana. Os prédios e cenários também retratam com fidelidade a cidade verdadeira, só falhando quando vista de muito longe, com um aspecto meio “sem textura nenhuma”. Outro problema é que os carros são bem lerdos. Quando você está batendo no carro de um bandido para fazê-lo parar (eu não sabia que o Aranha tinha esse super poder), você não sente realmente que ele está tentando fugir da polícia…

O som do jogo também é muito legal. Embora a música seja às vezes um pouco ausente, dá o tom de ação certo, assim como os sons da cidade, carros, helicópteros, e os sons de luta, quando você encontra com o pior que a cidade pode oferecer em bondade humana. Sem falar das vozes. Tobey Maguire, Alfred Molina e Kirsten Dunst reprisam seus papéis de Homem-Aranha, Dr. Octopus e Mary Jane, dando aquele teor de “filme” ao jogo (sem falar, novamente, que o cara extremamente sarcástico que ajuda você, ensinando como jogar, é dublado por ninguém menos que Bruce Campbell!) As outras vozes, dos cidadãos (que não só pedem ajuda, mas até te xingam e te cumprimentam – e o Aranha ainda responde! – capangas e dos outros personagens principais estão muito legais também) seriam perfeitas SE NÃO FOSSEM TÃO REPETITIVAS.

Enfim. O jogo é diversão garantida pra todos os fãs do Aranha. Nunca houve um jogo que simulasse tão perfeitamente a locomoção do herói, e só por isso, só por “sentir-se na pele dele” pela primeira vez, ver que é você mesmo que leva o Aranha do Empire State até o Times Square, vale a pena uma olhada. Mas jogar até o final pode cansar. Muito. Fazer as missões de novo e de novo é bem cansativo. O jogo traz uma idéia de quão tontas as pessoas são em Nova York. Caramba, é sempre a mesma coisa, e eles não aprendem. E sem essas missões extras, o jogo ficaria curto demais para valer a pena. Talvez se houvessem beeeeeem mais tipos diferentes de missões… É só botar a cabeça pra funcionar, não é! Afinal, de quantas maneiras podemos ameaçar Nova York? Quantas delas foram realizadas pelo Roland Emmerich? Não deixa de ser um jogo legal, no entanto.

Comentem aí n´A VOZ DOS NERDS sobre suas experiências como o Homem-Aranha, salvando Nova York!


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