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Artigo adicionado em 16/07/2004, às 04:41

Crítica: GARFIELD
As sacanagens do protagonista salvam o filme Quando surgiu na internet o primeiro trailer de Garfield, adaptação das tiras em quadrinhos do americano Jim Davis, as crianças adoraram. Mas os fãs de longa data torceram o nariz. Afinal, segundo eles, em sua versão de ‘carne-e-osso’, o felino guloso tinha ficado ‘ativo’ demais – como diabos […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Quando surgiu na internet o primeiro trailer de Garfield, adaptação das tiras em quadrinhos do americano Jim Davis, as crianças adoraram. Mas os fãs de longa data torceram o nariz. Afinal, segundo eles, em sua versão de ‘carne-e-osso’, o felino guloso tinha ficado ‘ativo’ demais – como diabos um animal preguiçoso como Garfield poderia ser capaz de tantos saltos mirabolantes? Se esta era a sua preocupação, é bom pensar duas vezes antes de ir ao cinema nesta sexta. Sim, este Garfield digital faz muito mais do que ficar todo o tempo deitado praguejando contra as segundas-feiras. Mas não quer dizer que isso estrague o filme.

Aliás, por sinal, é o próprio Garfield quem salva a película. Apesar de uma ou outra adaptaçãozinha de personalidade para torná-lo mais acessível ao público infantil, o gato continua gordo, mal-humorado, sarcástico, egocêntrico, cínico e não deixa, em nenhum momento, de maltratar o pobre cachorrinho Odie ou o seu dono, o perdedor Jon Arbuckle. São justamente as sacanagens do gato politicamente incorreto que dão tempero ao filme – cuja história é fraquinha e completamente água com açúcar.

Depois de passar a vida toda sendo o rei de sua casa, Garfield (dublado por Bill Murray) acaba vendo seu reino ameaçado quando Jon (Breckin Meyer), tentando impressionar a veterinária Liz (Jennifer Love Hewitt), aceita ficar com o cãozinho Odie (por sinal, o único bicho do filme que não fala, exatamente como nos gibis). Adorável e extremamente carinhoso, o animal babão conquista o coração de Jon…e a ira de Garfield. O felino, então, faz de tudo para tirar Odie da jogada. Quando finalmente consegue, o cachorro acaba sendo sequestrado pelo inescrupuloso Happy Chapman (Stephen Tobolowsky). Sentindo-se culpado, Garfield resolve resgatá-lo. O final você já imagina, não?

Para os interessados nos detalhes técnicos da computação gráfica: a animação de Garfield até que funciona. Mas sozinha. Porque dá para perceber alguns erros gritantes de contraste quando o felino está em contato com os seres humanos do filme.

Além de Bill Murray, outraz vozes famosas podem ser ouvidas no filme. Nick Cannon (de Drumline) dubla o ratinho Louis, Brad Garrett (o irmão mais velho de Everybody Loves Raymond) faz a voz do doberman Luca e Debra Messing (a Grace de Will & Grace) é quem fala na pele de Arlene, namoradinha de Garfield. Destaque especial para o pentelhíssimo gatinho Nermal – que mantém sua posição como maior mala-sem-alça do universo de Jim Davis.

No geral, o filme vale o ingresso pelas boas risadas. Podem não ser muitas, é verdade. Mas estão lá as lasanhas, o ursinho Pooky, o leiteiro, a televisão e todos aqueles pequenos elementos que fazem de Garfield este ser humano vestido em pele de gato, conforme já definiu Jim Davis certa vez.

:: VERSÃO DUBLADA

Para desespero dos detratores dos filmes dublados, só resta dizer que a versão dublada de “Garfield” está impecável. Até o multifacetado Guilherme Briggs (conhecida voz do Freakazoid, do Babão e do Samurai Jack, entre outros) dá uma palhinha divertidíssima como um gatinho todo pomposo e fleumático.

O excelente Antonio Calloni dá um verdadeiro show no papel principal. Apesar de ser um ator global, dá para perceber que o sujeito não foi convidado para dar voz ao personagem meramente para atrair a atenção do público, sem qualquer preocupação com o resultado final (como foi o caso de Bussunda em Shrek 2).

A voz de Calloni é versátil e divertida, dando ao bichano o mesma personalidade que Bill Murray conseguiu no original americano – e, em alguns momentos do filme, até superando o ator ianque. Ponto mais do que positivo para a dublagem brazuca.


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