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Artigo adicionado em 16/07/2004, às 04:31

Crítica: A BATALHA DE RIDDICK
Poderia ser um filme razoável…se não tivesse Vin Diesel É fato: Vin Diesel é um sujeito que nasceu com o traseiro virado para a lua. De um papel secundário em O Resgate do Soldado Ryan (98), o sujeito ganhou o destaque principal da pretensiosa ficção Eclipse Mortal (2000). A partir de então, Diesel tornou-se uma […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


É fato: Vin Diesel é um sujeito que nasceu com o traseiro virado para a lua. De um papel secundário em O Resgate do Soldado Ryan (98), o sujeito ganhou o destaque principal da pretensiosa ficção Eclipse Mortal (2000). A partir de então, Diesel tornou-se uma espécie de queridinho de Hollywood. Os estúdios apostam firmemente no sujeito como o “herói de ação da nova geração”. Mesmo não tendo metade do carisma de um Arnold Schwarzenegger, Diesel segue em frente ganhando mais e mais prestígio. Sabe-se lá por quê. Afinal, como diabos justificar todo o investimento na superprodução A Batalha de Riddick, continuação de “Eclipse Mortal” que consegue ser ainda mais pretensiosa? Simples: Vin Diesel é a estrela do filme. Para certos endinheirados da terra do cinema, esta é explicação mais do que suficiente.

Tudo bem, não dá pra dizer que Schwarzenegger ou mesmo Sylvester Stallone sejam dois primores na arte da interpretação – mas, pelo menos, ambos conseguem ser cativantes e divertidos. Isso já deveria bastar num bom e velho filme pipoca recheado de tiros, explosões e perseguições mirabolantes. No caso de Vin Diesel, no entanto, chega a ser detestável vê-lo em cena. Sempre com aquela cara de pit bull raivoso, o “ator” é duro, seco, sem graça, sem brilho e muuuuuuuuuuito canastrão. Daquele tipo irritante. Quando tem que convencer como “sujeito durão”, o máximo que Diesel consegue é arrancar gargalhadas nervosas. Quem ele acha que engana, afinal?

No fim das contas, dá até para dizer que o próprio Vin Diesel é o responsável por “A Batalha de Riddick” ser um filme tão ruim. Afinal, os efeitos especiais são excelentes, os cenários e naves são de cair o queixo, a fotografia está impecável, a edição tem momentos excelentes… Mas a interpretação de Diesel joga tudo por terra. Daria até para relevar o roteiro cheio de furos e clichês (muitos, dezenas, centenas, milhares deles). Se pelo menos o The Rock, que sabe rir de si mesmo, fosse o ator principal. Mas ver Vin Diesel, tão expressivo quanto um abajur, se levando tão a sério é de doer.

Em “A Batalha de Riddick”, Diesel retoma o papel do misterioso Richard B. Riddick, humano de uma raça com estranhos olhos acostumados à escuridão. Depois dos eventos de “Eclipse Mortal”, Riddick começa a ser caçado por uma série de mercenários. De volta ao planeta Helion II, ele vai ao encontro de Iman, um antigo amigo. E acaba se deparando com uma espécie de culto sombrio intergaláctico (e militarizado, é claro), liderado pelo terrível Lord Marhall (Colm Feore). Graças a Aereon (Judi Dench), membro da raça pacifista dos Elementais, descobrimos que Riddick é muito mais do que aparenta. E que, de acordo com uma certa profecia, ele pode ser a última esperança do universo. Vamos ver: o anti-herói típico, que só se importa consigo mesmo, e que se torna o salvador da galáxia. Diabos, onde foi que eu já vi isso? 🙂

Ah, sim: é claro que um grande herói não poderia deixar de ganhar uma mocinha. Tudo bem que, à primeira vista, a bela Kyla interpretada por Alexa Davalos parece ser uma mulher forte, independente, decidida. Mas quando, num determinado momento, a garota começa a gritar “Riddick, socorro, me salve!”, dá pra perceber quem é que manda. Infelizmente, é o Vin Diesel mesmo.

Quando surgiram os créditos finais da película, tudo que passou pela minha cabeça foi “Meu Deus, como gastaram tanto dinheiro para que o Vin Diesel estrelasse este filme?”. Os executivos de Hollywood devem ter a resposta. Talvez.


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