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Artigo adicionado em 14/07/2004, às 12:06

ANIME FRIENDS 2004
Melhor e maior do que no ano passado, mas com alguns probleminhas… Tive o prazer de comparacer no sábado e no domingo, os dois últimos dias do maior evento do Brasil (senão, da América do Sul) voltado para os fãs de mangá, anime e séries japonesas, o Anime Friends. Com a vinda de mais atrações […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


Tive o prazer de comparacer no sábado e no domingo, os dois últimos dias do maior evento do Brasil (senão, da América do Sul) voltado para os fãs de mangá, anime e séries japonesas, o Anime Friends. Com a vinda de mais atrações internacionais do que no ano passado, o Anime Friends 2004 simplesmente lotou. Apesar das inúmeras atrações nos estandes, como video-games de última geração, bugigangas das mais diversas e palestras e oficinas para todos os gostos, todos é claro, queriam ver os cantores Hironobu Kageyama, Masaaki Endoh, Eizo Sakamoto e Masami Okui. Mas isso já é outra história. A crítica do show você lê clicando aqui.

No sábado, tamanha a lotação do lugar, os ingressos já tinham acabado às 14h, sendo impossível entrar. Muita gente, infelizmente, ficou de fora. Isso ocorreu também na quinta e na sexta. Porém, o pior aconteceu no domingo.

Com uma fila maior que o Godzilla, que simplesmente dava a volta no quarteirão inteiro (levando em consideração que o quarteirão onde fica o Espaço das Américas é enorme, a fila ganhou sim proporções titânicas), muitas pessoas mal tinham esperanças de entrar. E eram apenas 11h da manhã! Quem não chegou bem cedo, teve que amargar uma grande angústia pra ter esperanças de entrar. Alguns um pouco desanimados, outros já faziam piada sobre o assunto, mal escondendo a falta de esperança. Ainda assim, a fila andava aos poucos. Os membros do staff do Anime Friends faziam de tudo para organizar a fila e tentar assegurar o direito de entrar para todos entrassem.

Porém, entre 15h e 16h, nem metade da fila tinha entrado. Takashi Tikasawa, o principal organizador do evento, veio para falar com os fãs que tanto aguardavam do lado de fora, para explicar o motivo da demora:

“Pessoal, estamos tentando resolver um problema que aconteceu. Lá dentro já há por volta de sete mil pessoas e o lugar está bem lotado. O que está acontecendo é que nós da Yamato alugamos o Espaço das Américas para catorze mil pessoas. Eles nos garantiram que caberia esse número tranquilamente. Só que não está tendo condições de mais ninguém entrar no evento no momento e não somos nós que estamos fazendo isso. Os seguranças do local não são seguranças do Anime Friends e sim do Espaço das Américas. Eles é que estão proibindo a entrada de vocês, alegando a superlotação. E não foi isso o combinado. Eu tentei brigar para que colocassem mais mil pessoas lá dentro e não deixaram. Só que, aqui, não fazemos o Anime Friends nunca mais. Eles alegaram uma coisa e estão fazendo outra e isso é muito chato. Se isso está sendo chato pra vocês, imaginem pra mim, que estou aqui tendo que dar essa notícia. Pra se ter noção do tamanho do problema que eles estão criando, quando realizamos o Anime Friends no ano passado, no Colégio Madre Cabrini, lotamos o lugar sem confusão alguma com oito mil pessoas. Aqui não tem nem isso e o lugar é bem maior.”

Tive uma palavrinha rápida com Takashi, sobre as medidas que seriam tomadas, perguntando até sobre o contrato de locação do lugar. Eis a resposta dele:

“Vou tentar continuar brigando para colocar o maior número de pessoas lá dentro de forma que fique transitável e confortável pra todos, para que não haja nenhum transtorno. Agora, sobre o contrato, apesar de termos alugado o espaço para catorze mil, não há muito o que fazer agora. Não adianta mostrar o contrato constando isso, pois eles estão quase irredutíveis quanto a deixar mais pessoas entrarem, mas ainda vou tentar ver se coloco mais pessoa lá como já disse. O que dá pra fazer, infelizmente, é brigar judicialmente, o que obviamente só ocorrerá depois. No ano passado, foi muito chato ver algumas pessoas desanimadas, tendo que ir embora devido à lotação do colégio Madre Cabrini. E foi por isso, pensando nessas pessoas que não entraram no ano passado que procuramos um lugar que fosse muito maior. Porém, infelizmente, o Espaço das Américas causou esse problema todo”.

Era visível a frustação no rosto de Takashi devido ao problema. Ele foi muito atencioso com as pessoas da fila, que conversaram numa boa com ele, sem confusão alguma. Realmente, para transitar lá no domingo, era preciso fôlego e paciência, pois todos andavam espremidos, com os rostos quase colados. Conseguir um lugar para sentar então, era uma missão impossível. Mas acho que no final tudo ficou dessa forma porquê Takashi parece ter conseguido colocar mais gente lá dentro, pois a sensação que tive é que cerca de uma hora depois do ocorrido, parecia ter mais de oito mil pessoas lá dentro. E equipe d´A ARCA, é lógico, torce para que esse tipo de coisa não aconteça mais e para que Takashi consiga resolver a situação toda.

Fora esse probleminha causado pelo Espaço das Américas, o evento foi muito mais grandioso, muito mais diversificado do que o do ano passado. Os estandes eram mais diversos no que tinham para oferecer. Desde campeonatos de card game (Magic e Pokémon) e video-games (Naruto), passando pelo espaço para as bandas de j-pop e mesmo as lojas com as bugigangas eram motivo para se ficar olhando e apreciando durante um bom tempo, tamanha a qualidade dos participantes deste ano. Eu mesmo lembrei do Fanboy quando, em um estande, vi a coleção completa (todos à venda) de todas as séries dos Transformers (sim, com direito até mesmo aos bonecos raros). E, lógico, o que chamou a minha atenção foi justamente o Unicron, enorme e majestoso entre todos os outros brinquedos. E nem estava tão caro assim: US$ 50,00. Na boa, valia muito à pena, tamanho eram os detalhes do brinquedo. E sim, antes que me perguntem, ele era dobrável e virava mesmo o planeta cibernético que conhecemos. E as atrações, bem melhor posicionadas. Os cosplays também deram um show à parte, pois a grande maioria estava muito bem feita. Palmas para o rapaz vestido de Saturno, dos Cybercops (com direito até a luzinhas piscando na armadura, igualzinho como na série) e para a oriental (muuuuuuito linda por sinal) vestida de Herbaira, personagem do seriado Spielvan.

Ah, uma coisa muito legal que ocorreu no sábado, foi o Oscar de Dublagem. Premiando os melhores dubladores de desenhos animados do ano, houve também uma bonita homenagem aos dubladores falecidos no telão, passando momentos marcantes de tais dubladores. Lógico que os mais conhecidos, assim que aparecia no nome no telão, eram ovacionados pela galera presente. E isso ocorreu durante todo o momento de entrega dos prêmios também, porquê cada um que pegava no microfone, como demonstração de carinho, fazia uma pequena performance ao vivo de seu personagem. Tive um arrepio muito forte quando escutei o dublador de Hyoga, dos Cavaleiros do Zodíaco, soltar um “Pó de Diamante!” e um “Trovão Aurora, ataque!” – e pirei também ao escutar quase todo o elenco de dubladores de Chaves interagir entre eles ou mesmo quando a dubladora da Vaca, de A Vaca e o Frango brincou com o público (nossa, foi a primeira vez que vi uma mulher feliz com pessoas gritando em coro “vaca, vaca, vaca…”). E esse mesmo público retornava o carinho dos dubladores ao soltar gritos e aplausos de felicidade.

Quem esteva lá, pode atestar tudo o que estou dizendo: apesar dos probleminhas já citados, o evento foi melhor, maior, mais diversificado e mais bem organizado do que no ano passado. Palmas para o público, que não causou grandes transtornos e curtiu numa boa, palmas para toda a equipe da Yamato e principalmente para Takashi, o principal organizador do evento, que humildemente fez de tudo para garantir diversão para todos.

Que venham mais momentos mágicos e alegres como este todo ano, pois um evento como o Anime Friends era uma das coisas que realmente faltava para os fãs de desenhos e séries japonesas.


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