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Artigo adicionado em 14/07/2004, às 12:09

ANIME FRIENDS 2004: Os shows de sábado e domingo!
Deus… meu… coração… 😀 O momento era mágico: era sábado, dia 10 de julho. Pela primeira vez fora do Japão, Hironobu Kageyama e Masaaki Endoh iriam tocar suas músicas em versão acústica. Ultimamente, os dois fizeram uma turnê pelo Japão fazendo esse show e como é muito extenso, eles iriam mostrar apenas um pouco, com […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


O momento era mágico: era sábado, dia 10 de julho. Pela primeira vez fora do Japão, Hironobu Kageyama e Masaaki Endoh iriam tocar suas músicas em versão acústica. Ultimamente, os dois fizeram uma turnê pelo Japão fazendo esse show e como é muito extenso, eles iriam mostrar apenas um pouco, com músicas escolhidas a dedo, para o público brasileiro.

Com quase duas horas de duração e tocando músicas de desenhos e séries como Dragon Ball, Street Fighter, e Gaogaigar, os dois demonstraram muito carisma e uma bela performance juntos, apesar do clima mais calmo e, de certa forma, íntimo que um show acústico proporciona. E uma coisa muito legal também: eles estavam vestidos à carater, com roupas tradicionais japonesas, assim como eles fazem no Japão.

O mais interessante, é que eles conversaram bastante com o público ao contarem com uma tradutora no palco e era mais do que evidente a alegria deles de tocar pela primeira vez fora do Japão.

O show teve dois pontos altos: o primeiro ocorreu quando tocaram “Sha-la, Head Sha-la”, tema de Dragon Ball. O público cantou e pulou a música inteira, mas a alegria era mais evidente nos refrões, que faziam o público gritar mais alto e fazer coreografia com os braços no ar.

O segundo ponto alto ocorreu devido a um fato inesperado: no meio de uma música, uma das cordas do violão de Kageyama quebrou. Mas isso não atrapalhou a música, pois Endoh continou tocando a música e Kageyama apenas acompanhou cantando enquanto os roadies trocavam a corda do violão. Porém, quando a música acabou e ainda não tinham terminado a troca da corda, o público começou a pedir o grande momento, pois gritavam “Changeman” em uníssono. Endoh, numa brincadeira para distrair o público, cantou o primeiro verso da música. Mas foi lindo e muito engraçado ver a cara de surpresa dele quando percebeu que o público continuou o que ele tinha começado. Quando viram o que estava acontecendo, Kageyama e Endoh também cantaram com o público, sem violão, fazendo uma lindíssima versão desse tema em estilo “capela”.

Esse momento está até agora na minha cabeça, pois enquanto todos, artistas e público cantavam Changeman, era visível o amor de todos pela música e pelo momento causado por um simples rompimento de corda. Ás vezes, até parece que Deus dá uma ajuda para tudo parecer melhor…

Achou pouco? Isso é porquê domingo ainda estava por vir. Imagine juntar, no mesmo show, Hironobu Kageyama, Masaaki Endoh, Eizo Sakamoto e Masami Okui. Sem palavras. É assim que fiquei depois do show e por dois motivos: um por ter ficado sem voz de tanto ao acompanhar os artistas na cantoria quanto por gritar sem parar. E o outro é porquê o show realmente detona!!!

Sem o público nem sequer se dar conta, Hironobu Kageyama já pulou no palco, entoando o canto de guerra (pois realmente é um) Changeman. Não havia música melhor pra começar o show. O público pulou, extasiado e ainda nem um pouco acreditando no que estava acontecendo. Com o carisma e a energia de sempre, Kageyama surpreendeu o público de forma magistral. A banda brasileira Neptune, a mesma do ano passado, brilhou novamente, pois após a experiência do ano passado em que tocaram de forma perfeita todos os temas para Kageyama e Akira Kushida; este ano estavam simplesmente além da compreensão humana, pois mostraram uma evolução absurda. Muito mais entrosados nas músicas e familiarizados com os cantores, o Neptune conseguiu, sem dúvida nenhuma, deixar sua marca. Riffs poderosos, solos absurdamente delirantes e ritmo surpreendente ditaram todo o show.

Todo o atraso (cerca de duas horas) valeu à pena. Kageyama pulou e brincou com o público a todo momento, realizando uma performance tão boa quanto a do ano passado. E ficou evidente também o entrosamento dele com Masaaki Endoh no pedaço que os dois cantavam, juntos.

Foi belíssimo também ver com que energia o público interagia com Masami Okui. A lindíssima (eu estava tendo espasmos…) cantora pulou muito, sempre incentivando o público nas coreografias com as mãos no ar. Cantando temas de Slayers, Saber Marionette J e Utena, Okui realmente mostrou sua poderosa e ao mesmo tempo delicada voz, presenteando a todos presentes com um prazer imenso. Não me lembro de ter visto ao vivo uma cantora ter uma voz tão perfeita e linda.

Porém, delirei muito mesmo foi com a performance de Eizo Sakamoto. Claramente com visual e influências do mais puro heavy metal, Sakamoto fez o lugar ir abaixo: fez versões pesadíssimas (mesmo!!!) dos temas de Goggle 5, Samurai X e Black Kamen Rider (nessa última então, eu já estava tendo orgasmos…), entre outros temas. E no palco, é impressionante, pois conseguiu a proeza de ser mais ativo e pulante que Kageyama. Além disso, seus agudos fariam qualquer Bruce Dickinson, André Matos e Geoff Tate terem inveja. Simplesmente ducaralho!!!!

Em um certo pedaço do show, Endoh voltou com Kageyama e os dois fizeram um especial dos Cavaleiros do Zodíaco, cantando os principais temas da série. Lógico, que o momento avassalador foi quando o primeiro tema de abertura de Cavaleiros foi cantado unicamente por Endoh. Ele conseguira, sem muito esforço, fazer o público vibrar tanto (ou mais) quanto nas performances de Sakamoto. O pública agradecia esse momento mágico pulando e cantando de forma como nunca vi.

Depois disso, todos os quatro artistas subiram ao palco para fazerem uma performance acústica. Com canções mais voltadas para a música romântica, o público ficou mais calmo, acompanhando com os clássicos isqueiros acessos e os balanços de braços no ar. Porém, o show já tinha passado um pouco das 22:00hs e algumas pessoas no fundo estavam deixando o local, pois dependiam dos últimos horários dos metrôs e de ônibus das rodoviárias. Mesmo assim, a grande massa permaneceu incólume no local, maravilhada pelo show.

Após a belíssima parte acústica, a banda Neptune voltou para a última parte do show e para fazer o público pular novamente com o peso das músicas. Inspirado nos mesmos moldes da parte dos Cavaleiros do Zodíaco, todos os artistas realizaram um especial Metal Heroes, em homenagem aos heróis japoneses de armadura brilhante. Só que desta vez fizeram algo diferente: através de um medley (sequência de músicas sem interrupção de uma pra outra) maravilhoso, cantaram temas de Gaban, Sharivan, Spielvan, Jaspion e Jiban, entre outros. E foi realmente de chorar. A essa altura do campeonato, após ouvir essa sequência de músicas, eu já estava em órbita faz tempo…

Entretanto, eu era uma das pessoas que dependia do metrô e tentei permanecer no lugar o máximo que pude. Saí no finalzinho do show, quando faltavam apenas alguma músicas. Mas até ali, eu já tinha ficado muito feliz com as mais de vinte músicas que tinha escutado.

Olha, vai ser difícil superar o show deste ano e mesmo assim, Takashi Tikasawa, o principal organizador do evento, promete coisas também muito legais para o ano que vem. Tomara que venham, sejam elas quais for!


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