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Artigo adicionado em 21/06/2004, às 02:04

SEXO FRÁGIL
E dizem que o sexo frágil é a mulher… Que me perdoem os fãs de Os Normais, mas o programa que o substituiu é muito mais divertido e tem toneladas a mais de personalidade que seu antecessor. Era até interessante a idéia de enfocar o relacionamento de um casal, fazendo uma espécie de sitcom brasileira, […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Que me perdoem os fãs de Os Normais, mas o programa que o substituiu é muito mais divertido e tem toneladas a mais de personalidade que seu antecessor. Era até interessante a idéia de enfocar o relacionamento de um casal, fazendo uma espécie de sitcom brasileira, mas, cá entre nós, isso de mostrar o humor no relacionamento cotidiano de um casal já é mais que saturado.

Sexo Frágil nasceu com a peça Homem Objeto, baseada na obra de Luís Fernando Veríssimo, e sob direção de João Falcão. Foi adaptada para a TV em abril de 2003, como um quadro do Fantástico e, após o final de “Os Normais”, em outubro do mesmo ano, surgiu “Sexo Frágil” como um programa com horário fixo, e uma idéia diferente em vários sentidos. Tá bom, montes de gente comparam o seriado com Sex and the City, mas é fato que mesmo que tenha algumas semelhanças com a série norte-americana, “Sexo Frágil” conseguiu colocar um diferencial, ficando com um “tempero” próprio.

Primeiro, que o enredo gira em torno do universo masculino, satirizando o desespero dos homens jovens atuais ao se depararem com mulheres independentes e muitas vezes mais fortes que eles emocionalmente e financeiramente.

Segundo, que a ironia disso tudo, além do título “Sexo Frágil”, é o fato das moçoilas da série serem interpretadas por homens; não existe uma atriz sequer no elenco. Mas aqui vai uma ressalva: os moços estão atuando como mulheres, mas sem aquela afetação exagerada que geralmente se faz. Os atores receberam dicas femininas que os ensinaram detalhes como expressão corporal feminina ou como… andar de salto alto, por exemplo. E eles aprenderam direitinho! Ao assistir a série, muitas vezes esqueço de que são atores e não atrizes atuando…

Edu (Wagner Moura), Alex (Bruno Garcia), Fred (Lázaro Ramos) e Beto (Lúcio Mauro Filho) são quatro amigos, vivendo as desventuras de competir com as mulheres no século XXI. Apesar disso, o programa não é feminista, tampouco machista. Ele apenas mostra a parte engraçada da “caça aos parceiros” dos dias de hoje. Dos quatro rapazes, apenas Beto é casado, com Vilminha (interpretada por Bruno Garcia).

Outro detalhe bem legal de “Sexo Frágil” é o estilo de tomadas que eles fazem. A atuação das personagens é propositalmente bem teatral e, misturada à edição rápida das cenas e à hilária trilha sonora (com algumas músicas de um dos atores integrantes da série e cantor do tema de abertura – Zéu Britto), dão uma dinâmica bem atual ao programa – aliás, acho que o Brasil (ou o Guel Arraes) está desenvolvendo estilo de edição muito próprio. Dá pra notar isso desde a época de Caramuru – A Invenção do Brasil, e também no filme Lisbela e o Prisioneiro.

:: O RETORNO DO REI

Para meu desespero, o programa havia sido tirado do ar para dar lugar àquilo que atende pelo nome de Big Brother. Depois de Carga Pesada ter sobrevivido por algum tempo, esse mês “Sexo Frágil” voltou a reinar nas noites de sexta feira, prometendo algumas mudanças. A série agora terá uma seqüência e novos personagens fixos. Além disso, Fred e Edu irão morar no apartamento de Alex, sobrando apenas Beto, que continuará morando com Vilminha, que agora está grávida.

A equipe de roteiristas e diretores, composta por João e Adriana Falcão, André Laurentino e Flavia Lacerda realmente está trabalhando muito bem, mostrando que a telinha brasileira, apesar de (grandes) desastres, tem capacidade de produzir programas com estilo e piadas de efeito, sem cair no vulgar, ou ainda no “humor escatológico” que “Os Normais” tinha de monte.

Apesar de tratar da guerra dos sexos, “Sexo Frágil” não chega a ridicularizar nenhum dos lados. Mas é claro que piadinhas inofensivas são bem vindas também… Num capítulo, por exemplo, após mostrarem as mulheres superando os homens em várias atividades tipicamente masculinas, os protagonistas se reúnem, deprimidos (aliás, é sempre assim que termina o programa), e chegam à conclusão de que ao menos ainda servem para alguma coisa: matar baratas. E não é a mais pura verdade? Hahaha (e posso ver aqui a predominância masculina da equipe d’A ARCA balançando negativamente a cabeça, indignada). Piadas infames à parte, fica aqui a dica para assistirem “Sexo Frágil” nas sextas feiras, após o Globo Repórter. Não é propaganda não, mas a Srta.Ni agarante!


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