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Artigo adicionado em 06/06/2004, às 11:55

DC 2000: Uma revista que continua uma década à frente!
É, eu sou do tempo dela… Na última semana escrevi uma matéria sobre a Legião de Super-Heróis, e me lembrei da outra L.E.G.I.Ã.O. que surgiu nas páginas da extinta revista DC 2000. Outras pessoas comentavam na matéria sobre os personagens que freqüentaram a revista e, por sugestão delas, resolvi reabrir meus arquivos e falar sobre […]

Por
Rodrigo "Machine Boy" Parreira


Na última semana escrevi uma matéria sobre a Legião de Super-Heróis, e me lembrei da outra L.E.G.I.Ã.O. que surgiu nas páginas da extinta revista DC 2000. Outras pessoas comentavam na matéria sobre os personagens que freqüentaram a revista e, por sugestão delas, resolvi reabrir meus arquivos e falar sobre DC 2000, a revista uma década à frente.

:: UMA DÉCADA À FRENTE?

Houve um tempo em que o ano 2000 estava bem longe (meu, como estou ficando velho), que muitos achavam que a revolução dos carros voadores e dos computadores pensantes estavam lá, e olha lá, já estamos em 2004. Foi com esta temática que a Editora Abril lançou a revista DC 2000, uma revista do futuro, uma revista diferente de tudo que já foi lançado na época. Numa época que nem os X-Men ainda eram grandes fenômenos, e os desenhos mangás começavam a criar fôlego nas TVs.

As primeiras edições da revista traziam Xeque-Mate, Superman e Mulher Maravilha. Superman, numa aventura que apresentava o Xeque-Mate, e Mulher Maravilha, na estonteante fase de George Pérez ou você não se lembra da história Quem Matou Mindy Mayer? Já Xeque-Mate, foi um resgate da editora em histórias de detetive e espionagem.

Mas, a grande estrela estava para chegar: Homem Animal, um herói desaparecido desde a saga Crise nas Infinitas Terras, que retornou majestosamente pelas mãos que ninguém menos que Grant Morrison (New X-Men).

:: HOMEM-ANIMAL

O que tem de tão especial neste herói? Bem, foi um dos primeiros a ter um toque de real. Um personagem que surgiu antes mesmo da revolução chamada Vertigo. O Homem-Animal ou Buddy Baker, era um herói cheio de dúvidas e uma família (mulher e filhos). Só que tudo na dose certa, sem certos exageros que às vezes acontecem com o Homem-Aranha, por exemplo.

Seu poder era um radar, que fazia seu corpo imitar qualquer habilidade de animais das redondezas. Seus vilões eram casos à parte, como Fera Bwana, entre outros. Suas histórias tinham pontos de fugas maravilhosos, que faziam a gente viajar, imaginem, naquela época eram umas das poucas coisas publicadas no Brasil que fugiam da mesmice, naquela época não existia Vertigo e nem Marvel MAX.

Tenho três histórias preferidas: Evangelho do Coiote, que é uma unanimidade, onde Buddy se encontra com um Coiote que sempre se estrepa, como o amigo Willie E. Coyote, o caçador do Papa-Léguas. em desenhos animados. A outra é quando ele descobre sobre a morte de sua família, aquela é de matar qualquer um (entenderam o trocadilho?), fantástica. E a última, publicada em DC 2000, onde ele encontra o próprio argumentista Grant Morrison, e os dois tem uma conversa mais do que estranha. Sem contar que as capas de Brian Bolland eram lindas.

Hoje em dia, me martirizo já que, por falta de espaço, não tenho mais estas revistas em meu armário e, para ter de novo o Homem-Animal, tenho que dar meus olhos para a Devir, pois a encadernação está hiper-cara.

:: L.E.G.I.Ã.O.

Como já havia dito antes, não tínhamos Vertigo, pelo menos aqui no Brasil, e as opções dadas pela DC 2000 eram sempre ótimas. L.E.G.I.Ã.O. é outro caso. Quando a revista virou um mix de mais de 150 páginas, que surgiu das cinzas do crossover Invasão, uma versão da Legião, alienígenas sobreviventes das masmorras, liderados pelo filho de Brainiac, o arrogante Vril Dox II, o grupo era totalmente estranho.

Além do manipulador Vril Dox II, havia um gigante de pedra, que mais tarde foi se descobrir que era uma giganta. Tem também a alienígena que, no ritual de acasalamento, matou Vril Dox II. Sem contar que ninguém gostava de ninguém. Todos se odiavam, e a situação ainda piorou quando, num acordo com Dox, o mercenário Lobo entrou no time.

Muitas reviravoltas depois, o Vril Dox clonado transformou a L.E.G.I.Ã.O. em franchising, e acabou lutando com seu próprio filho, que nasceu daquela alienígena que matou Vril Dox durante a cópula. O moleque cresceu rápido…

Tudo que você podia imaginar acontecia no título, onde um dos seus membros, que mudava de forma (o durlaniano), acabou trocando de lugar com uma membra da futura Legião, e acabou sendo o responsável pela fundação da Legião de Super Heróis do futuro.

Também, pode se imaginar, já que a mente por trás do título era Keith Giffen (do título Já fomos da Liga da Justiça), que se mostrou em grande forma. Infelizmente, o título chegou ao seu cancelamento nos States, e grande parte da sua fase final como L.E.G.I.Ã.O. e como R.E.B.E.L.S. não foi publicada no Brasil.

:: O QUE MAIS?

Muita coisa boa foi publicada na revista DC 2000, como as fases totalmente Vertigo de Nuclear e Sr. Destino. Nuclear acabou se descobrindo um elemental, e suas histórias tomaram um rumo totalmente diferentes, já o Sr. Destino dividia o manto com uma mulher e seu enteado, então às vezes o Sr. Destino aparecia como homem e às vezes como mulher. As histórias eram sombrias e tinham um ar bem sarcástico.

A revista, também por um curto tempo, teve os Darkstars, onde podemos ver a estréia do desenhista Travis Charest; as histórias do reformulado Gavião Negro por John Ostrander, e o Starman (alguém se lembra?), além de muitos outros personagens.

:: SAUDADES DE DC 2000?

Com certeza, muita saudade, principalmente pois sei que todos aqueles maravilhosos personagens não existem mais, e muita coisa foi deixada de fora aqui no Brasil, e poucas revistas me deixavam tão ansioso para ir até a banca como DC 2000. Sem contar que a proposta da revista, que na época não havia grande recessão, ela conseguiu manter, até que nas crises econômicas ela acabou cancelada. Infelizmente.


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