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Artigo adicionado em 21/03/2004, às 10:49

SUPERMAN: Mudança nos títulos e na origem
É, recomeçando do zero. De novo. Em abril, mais um marco zero na história do Superman. Os títulos do herói estão com novos times criativos, e a minissérie Birthright é confirmada como a nova origem oficial do Homem de Aço. Mas… por que tantas mudanças? O que diachos está acontecendo com o Super? :: ERA […]

Por
Rodrigo "Machine Boy" Parreira


Em abril, mais um marco zero na história do Superman. Os títulos do herói estão com novos times criativos, e a minissérie Birthright é confirmada como a nova origem oficial do Homem de Aço. Mas… por que tantas mudanças? O que diachos está acontecendo com o Super?

:: ERA UMA VEZ JOHN BYRNE…

Com a mega saga Crise nas Infinitas Terras, os principais heróis DC voltaram ao ponto zero. Suas origens, composição de personagens, cenário, pensamentos… houve uma grande atualização para os anos 80. Foi aí que entrou John Byrne, o cara fez a famosa minissérie Superman: Homem de Aço, que remodelou os primeiros anos do herói. Tudo que muitos achavam uma grande pataquada foi direto para o limbo: Superboy, Supermoça, Krypto, Super Cavalo, Super Macaco… isso, e sua adolescência com Lex Luthor como amigo de infância. Nesta nova vida, Clark Kent só conheceu Lex Luthor quando era adulto e quando já estava em Metrópolis.

Krypton foi remodelada, ganhou uma visão hiperfuturista, com manipulações de DNA, clones e trajes movidos pela força do pensamento. Mesmo assim, ainda fadada ao fim. E assim nosso pequeno herói foi mandado ainda em estado fetal em sua matriz para a Terra, e foi criado pelo casal Kent. Quando adolescente, ele desenvolveu seus poderes, mas sempre foi discreto, apenas Lana Lang sabia sobre eles e Clark nunca usou um uniforme quando adolescente.

Ao chegar em Metrópolis, o herói ganha seu lugar no Planeta Diário quando faz uma entrevista exclusiva com o novo herói da cidade (hehehe… ^_^) que, como todos sabem, era ele mesmo fora da identidade secreta. Começa aí a disputa de amor e ódio com Lois Lane e mais tarde, suas matérias e papel de bom moço acabam irritando o empresário Lex Luthor, que tinha um grande affair por Lois.

:: ERA UMA VEZ JEPH LOEB…

Jeph Loeb tentou revolucionar as historias do herói, e acabou dando um tom patriótico um tanto quanto patético. Durante as suas histórias, Lex Luthor conquista a presidência dos Estados Unidos e descobre a identidade secreta de Superman. Numa saga um tanto quanto irritante, Superman descobre que tudo sobre Krypton que imaginava conhecer era mentira. Traduzindo: tudo aquilo que John Byrne havia feito foi desfeito. E ainda tivemos que agüentar a volta de Krypto e uma viagem a Krypton do passado onde Clark “Kal-El” Kent luta ao lado do seu pai biológico…

Metropolis virou a cidade do futuro devido ao vírus Brainiac: tudo na cidade torna-se eletrônico e hiper-avançado, e toda essa tecnologia, claro, sob o controle de Lex Luthor, que mais tarde acaba danificada pela saga Mundos em Guerra.

Com a saída de Loeb, o passado de Krypton volta ao que John Byrne havia escrito: aquele passado que Superman visitou (sim, esse mesmo que eu disse aí em cima) era apenas uma ilusão produzida pelo Erradicador, que havia sido contaminado pelo vírus Brainiac. Mas, mesmo assim, o super cão Krypto continuou a existir… POR QUÊ, MEU DEUS???? Sem contar que, no título Superman/Batman, Loeb está tentando trazer Supergirl (Kara) de volta. Ninguém merece…

:: ERA UMA VEZ MARK WAID…

Após a grande reformulação de John Byrne, nada de muito bom foi feito com o Super, apenas alguns ataques de bom senso de Jeph Loeb, mas nenhuma saga extraordinária apareceu e tudo que havia sido abominado, como as aventuras do Superman adolescente, seus relacionamento com Lana Lang e sua amizade com Lex Luthor, acabou virando sucesso nas telinhas, com o seriado Smallville.

Se a formula estava tão bem nas telinhas, porque não trazer aos quadrinhos? Mais uma vez, tudo que John Byrne fez é remexido: Mark Waid, premiado autor de Reino do Amanhã e de Liga da Justiça, cria a minissérie Birthright, um novo Ano Um pro azulão. Na minissérie em 12 edições, desenhada por Lenil Francis Yu (X-Men, Wolverine), é explorada sua infância, seu relacionamento com Lana, sua herança alienígena e muito mais.

Por mais que alguns joguem pedras, nesta nova origem Lex Luthor e Clark Kent eram amigos de infância. E esqueça tudo: toda a riqueza de Luthor acaba saindo da sua obsessão por vidas em outros planetas, e todo seu ódio por Clark não vem só do senso de justiça do herói ou do seu romance com Lois, vem de um lugar bem mais profundo e doloroso. E o seu primeiro ato de coragem em Metrópolis, não será salvando o ônibus espacial, sem uniforme. Nesta nova origem ele já estará com o uniforme e salvará Lois e Jimmy Olsen de uma terrível queda de um helicóptero terrorista, referência ao primeiro filme de Superman, com o eterno Christopher Reeve.

Nestas 12 edições, uma grande polêmica é colocada, como no seriado: há uma possibilidade de Jor-El ter mandado Kal não apenas para salvar o filho, e sim para que este dominasse a Terra e a transformasse em um novo planeta Krypton. Polêmicas à parte, mais uma vez o Superman foi atualizado, já que a minissérie ‘Homem de Aço’ vai completar 20 aninhos.

:: E O PRÓXIMO “ERA UMA VEZ”… ?

As três revistas do Superman em abril, ganharão três novos times criativos, apesar de uma das escolhas não me agradar nada, mas até acho que pode dar certo.

Superman – este vai ser o carro-chefe das mudanças, já que conta com dois pesos pesados do quadrinhos: Brian Azzarello (Cage) e Jim Lee (Batman: Silêncio). Na revista, Superman experimenta a impotência (hehehe… muita calma nessa hora) durante um grande cataclisma, onde milhões de pessoas desaparecem e, mesmo com todos os seus poderes, ele se sente com as mãos atadas e não consegue resolver este terrível quebra cabeça. Este é apenas o começo da saga em 12 partes, For Tomorrow.

Action Comics – infelizmente, Chuck Austen apresenta um argumento muito fraco, não tem me agradado ao comando de Uncanny X-Men e, com a “batata quente” que é o Superman, parece pouco provável ter sucesso. Felizmente, a escolha do desenhista foi muito bem feita: o brasileiro Ivan Reis se mostra em boa forma e, enfim, fica à frente de um título de respeito. As capas são abrilhantadas pelo talento de Arthur Adams. Austen investe em sagas megas colossais no primeiro arco: invasões de Apokolips e a volta de Gog. (veja preview)

Adventures of SupermanGreg Rucka à frente do título é bom sinal. Especialista em argumentos reais e palpáveis, ele levará Superman um pouco mais para o mundo real. Sentimentos, personalidade e personagens fortes são as especialidades de Rucka. A arte fica por conta do pouco conhecido Matthew Clark. O alvo do título são as ruas de Metropolis e a visão jornalística de Kent. A ação da polícia (Unidade de Crimes Especiais) é também o alvo do autor, especializado em histórias de suspense e mistério. Capas de Gene Ha. (veja preview)

:: CONCLUSÕES

Há um grande e difícil trabalho pela frente, como já falei. Os títulos do Superman são uma grande “batata quente”. É muito difícil assumir títulos que há anos estão no marasmo e com sagas auto-esquecíveis. E é mais difícil ainda mexer numa origem, que há 20 anos foi muito bem estabilizada.

Agora basta esperar, pois as novas fases ainda vão estrear em abril nos States e devem demorar a chegar por aqui, mas já Birthright, a nova origem, é prometida pela Panini Comics ainda para este primeiro semestre aqui no Brasil.

Mas, vamos aguardar, sem pensamentos negativos e mente aberta. Não custa nada…


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