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Artigo adicionado em 14/03/2004, às 03:17

PLANETARY & THE AUTHORITY: Bem-vindos ao Warren Ellis World!
O Bigbang do Ultimate Universe! É muito ruim quando um artista não tem liberdade para realizar o seu trabalho. Mas também dá muito medo quando ele tem liberdade demais: essa liberdade pode se transformar em coisas inúteis como as criadas pelo eterno ruim Rob Liefeld ou pode-se revolucionar o rumo dos quadrinhos, como no caso […]

Por
Rodrigo "Machine Boy" Parreira


É muito ruim quando um artista não tem liberdade para realizar o seu trabalho. Mas também dá muito medo quando ele tem liberdade demais: essa liberdade pode se transformar em coisas inúteis como as criadas pelo eterno ruim Rob Liefeld ou pode-se revolucionar o rumo dos quadrinhos, como no caso de Warren Ellis pela Wildstorm Comics.

:: THE AUTHORITY

Quando se pega uma revista chamada Stormwatch, onde dezenas de personagens dividem as atenções da história e você acaba não sabendo o nome nem de três deles, e a transforma em uma das 20 revistas mais vendidas dos States, é de se admirar. Warren Ellis fez isto e, não satisfeito, matou quase todos os personagens. Das cinzas dessa chacina, ele criou The Authority.

O mais estranho (e bacana) de “The Authority” é que os personagens são mal educados, bocas sujas mesmo, e sempre estão com as mãos manchadas de sangue. Por mais odiosos que sejam, aqueles que acompanham suas aventuras simplesmente os adoram. Não há estranheza quando você vê personagens agindo como casal, nem mesmo quando são dois homens. “The Authority” virou sucesso entre os leitores e encheu os bolsos de Warren Ellis já que, com a conquista, ganhou um gordo contrato de exclusividade com a DC/Wildstorm.

“The Authority” é formada pela centenária e misteriosa Jenny Sparks (com certeza ela tem um passado de fazer inveja ao Wolverine), o poderoso Apollo (que sem dúvida encara de frente o Superman), seu parceiro, o soturno Meia-Noite (sim, os dois são amantes, mas Meia-Noite não é o tipo de cara para você dizer gracinhas), a Maquinista (seu corpo é pura nano-tecnologia), Doutor (o mais novo feiticeiro da linhagem de Doutores), Jack Hawksmoor (que tem ligações com a cidades do mundo) e a fúria alada de Rapina.

“The Authority” é a equipe de emergência da ONU. Bom, pelo menos é o que a ONU acha, já que é justamente essa mentira que Sparks quer que o alto escação das Nações Unidas pense. Eles têm como base A Balsa, uma gigantesca nave que viaja pelas dimensões mais desconhecidas do homem. E, de lá, sempre quando um risco mundial acontece, a equipe é acionada pelos ex-membros da Stormwatch, Chrsitine e Jackson. Ultimamente, numa saga ainda inédita no Brasil, pra impedir um mal maior, a equipe aplica um golpe de estado no comando dos Estados Unidos.

:: O QUE AUTHORITY GEROU?

A revista teve tanta repercussão e importância que fez outras editoras, como por exemplo a Marvel Comics, a encarar que existe um público para algo mais real, não tão fantasiado. Mostrou que, para toda ação há uma reação, que a violência faz com que até heróis decidam usar força extrema. Foi assim que foi criado o Universo Ultimate, e um dos pedestais do projeto foi Mark Millar (The Ultimates, The Ultimate X-Men), que anos antes a criação do universo de releituras da Marvel, substituiu Ellis em “The Authority”.

:: PLANETARY

E, como se não bastasse, Warren Ellis criou Planetary. O novo projeto teve uma grande dedicação do roteirista, tanto que deixou “The Authority” só pra cuidar de sua nova cria. Seu projeto ambicioso que duraria apenas 12 edições se tornou logo um sucesso. Planetary é um grupo formado por quatro pessoas: o congelante Elijah Snow, a fortaleza Jakita Wagner, o temperamental Baterista e um quarto membro secreto. Isso, claro sem citar um forte time de reforço trabalhando com eles, com bases em todo o planeta. Quando algo inexplicável acontece, o grupo está lá pra investigar.

Sempre com casos cada vez mais loucos, Planetary se tornou sucesso, tornando-se uma espécie de Arquivo X dos quadrinhos. A revista foi tão boa que ganhou crossovers com a própria The Authority, Liga da Justiça e com Batman. E este ano, ganhou mais alguns números.

O inglês Warren Ellis virou um fenômeno e sabe muito bem se aproveitar disto, tanto que anunciou, após seu fim de contrato com a DC, que não iria mais trabalhar com quadrinhos americanos. O pânico foi criado, mais dinheiro lhe foi oferecido, e aí está ele escrevendo a partir do meio do ano, The Ultimate Fantastic Four.

O cara trabalhou muito em quadrinhos antes da fama, trabalhou nas revistas DV8, Hellblazer, Wildstorm Rising e adora trabalhar em seus quadrinhos independentes, com o já publicado aqui no Brasil, Estranhos Beijos. E por mais que ofereçam muita grana, ele sempre acaba fazendo alguma coisa em editoras pequenas.

:: MATERIALWARREN ELLIS NO BRASIL

Infelizmente, aqui no Brasil, ainda há muito material do “The Authority” sem publicação, Planetary só teve 3 números publicados e tem muita coisa inédita do autor que não aportou em terras brasileiras. O que é uma pena.

Se você ficou curioso, dê uma corrida em bancas ou livrarias, pois há duas encadernações de “The Authority’, que se chamam Círculo do Medo e Naves Dimensionais, e as poucas edições de “Planetary” foram unidas numa encadernação, intitulada Ao Redor do Mundo. Além de em banca, há DV8, Hellblazer, Estranhos Beijos, Freqüência Global e outras coisas que se você caçar, encontra.

Só posso dizer que vale muito a pena. Mesmo.


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