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Artigo adicionado em 12/03/2004, às 12:36

Crítica: ALGUÉM TEM QUE CEDER
Diane Keaton e Jack Nicholson em atuações primorosas Que Jack Nicholson é uma verdadeira instituição hollywoodiana, isso todo mundo já sabe. Festejado como ícone pop graças a papéis do porte do Jack Torrance de O Iluminado, o ator não ficou preso aos sucessos do passado e, recentemente, fez participações memoráveis em dramas densos como A […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Que Jack Nicholson é uma verdadeira instituição hollywoodiana, isso todo mundo já sabe. Festejado como ícone pop graças a papéis do porte do Jack Torrance de O Iluminado, o ator não ficou preso aos sucessos do passado e, recentemente, fez participações memoráveis em dramas densos como A Promessa (de Sean Penn) e As Confissões de Schmidt. No meio do caminho, Nicholson resolve se divertir e acaba se aventurando por filmes mais leves e divertidos. Tá certo, ele pode acabar fazendo uma burrada como em Tratamento de Choque (no qual faz um dueto vergonhoso com Adam Sandler), mas este Alguém Tem Que Ceder é um dos seus maiores acertos.

No papel de Harry Sanborn, um dono de gravadora sessentão que só sai com mulheres abaixo dos 30 anos, Nicholson está especialmente divertido. Chauvinista, um tanto calhorda, com o charutão no canto da boca, alguns críticos mais mordazes dizem que o personagem se confunde com os próprios hábitos sexuais do ator.

Fofocas à parte, o fato é que a química entre Nicholson e a excelente Diane Keaton (cuja indicação ao Oscar 2004 foi justíssima, diga-se de passagem) funciona muito bem. Keaton é Erica Barry, uma dramaturga que passou dos 50 e que, depois do divórcio, viu sua vida sentimental reduzir-se ao zero absoluto. Viciada em trabalho, ela acaba entrando em parafuso quando descobre que Sanborn está namorando sua filha Zoe (Amanda Peet). O envolvimento entre os dois é questão de tempo – e Sanborn acaba descobrindo que as mulheres de sua idade podem ser muitíssimo interessantes.

Sim, “Alguém Tem Que Ceder” é uma comédia romântica – mas é um erro pensar nisso como um rótulo que possa levantar comparações com aquelas bobagens que os teenagers adoram (e que costumam ser estreladas pela Meg Ryan). Se era neste tipo de programa que você estava pensando, pegue a sua pipoca e vá ver Todo Mundo em Pânico 3. A direção sensível e ao mesmo tempo firme de Nancy Meyers não deixa que a trama perca a mão e dá ao filme um tom muito mais maduro – mas sem parecer envelhecido.

Se, depois de assistir ao trailer, você começar a achar que já viu tudo e começar até a fazer previsões sobre a conclusão da película, cuidado: você pode ter uma bela surpresa. Depois que Erica se envolve com Julian Mercer (Keanu Reeves), o jovem médico bonitão que cuida dos problemas de coração de Sanborn, a história vai e volta de tal forma que o espectador passa a não ter muita certeza a respeito do desfecho dos dois personagens principais. “Alguém Tem Que Ceder” é daqueles filmes para fazer rir, mas que consegue fazer chorar.

Apesar de tratar do envolvimento de um casal mais velho, a história de Harry e Erica é tão delicada que pode espelhar o relacionamento de qualquer casal com seus 20, 30, 40 anos. Se você vive numa cidade grande e sua vida se transformou num verdadeiro turbilhão no qual sua vida pessoal se transformou numa farsa deixada sempre em segundo plano, então esta história foi escrita para você. É hora de rir de si mesmo…ou, quem sabe, derramar aquela lágrima escondida no canto do rosto.


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