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Artigo adicionado em 20/03/2004, às 02:57

Crítica: A PAIXÃO DE CRISTO
O polêmico filme de Mel Gibson… Chocante. Se alguém me perguntasse, na saída da pré-estréia de A Paixão de Cristo, que palavra definiria melhor o filme, seria esta. A tão polêmica produção do diretor Mel Gibson faz chocar do começo ao fim. A sinceridade e a clareza nos detalhes das 12 horas de torturas que […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Chocante. Se alguém me perguntasse, na saída da pré-estréia de A Paixão de Cristo, que palavra definiria melhor o filme, seria esta. A tão polêmica produção do diretor Mel Gibson faz chocar do começo ao fim. A sinceridade e a clareza nos detalhes das 12 horas de torturas que Jesus Cristo (interpretado por Jim Caviezel) sofreu na Paixão são retratadas com toda minuciosidade possível.

Quem conhece essa passagem da Bíblia sabe que a adaptação foi bem fiel. Neuróticos de plantão que me desculpem, mas o filme não puxa sardinha para o lado de ninguém: nem para o catolicismo, nem para o protestantismo e, também, muito menos é preconceituoso com o povo judeu. Tudo o que acontece no filme está lá, no livro sagrado. Se você é judeu e não acredita no Novo Testamento, ignore a parte religiosa e trate-o como obra de ficção. Se você é cristão, entenda que a culpa não é de ninguém, a não ser do comportamento de nós mesmos, seres humanos. Cristãos e judeus. Acho o seguinte: quem não deve não teme.

Não sou católica, nem evangélica, nem judia, e não puxo para o lado de religião alguma. Talvez isso tenha me proporcionado uma posição mais neutra para analisar o filme. O que está causando toda essa polêmica não é a violência, e sim a própria religião. Ou religiões.

Alguns críticos estão dizendo que o filme é violento demais, fruto da personalidade violenta do diretor Gibson. Eu penso o seguinte: nós aplaudimos Cidade de Deus, Carandiru, Ben-Hur, Laranja Mecânica e outras pérolas do tipo, que banalizam a violência e fazem com que nós a aceitemos como rotineira em nossas vidas. Foi o que eu disse: o problema não é essa carnificina que o filme mostra, ou a ver na tela a que ponto nossa crueldade pode chegar. A religião é o foco principal, e apenas isso.

A fotografia do filme é ótima e a maquiagem faz realmente os atores parecerem que não tomam banho, comum naquela época. Com poucos diálogos (sendo que, quando há, você só escuta aramaico antigo e latim), o sentimento na interpretação, principalmente com o olhar, é sensibilizante.

Traduzindo: se alguém me perguntasse de novo se eu gostei do filme, eu diria que não é uma película para se gostar ou odiar, mas para se refletir. Hoje em dia, barbáries piores acontecem em nossas próprias ruas e pelo mundo afora, nos ataques terroristas, no desrespeito à opinião religiosa, nas brigas de gangues e outras até piores.

Às vezes eu tenho medo de pensar que ele tenha morrido à toa.


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