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Artigo adicionado em 17/03/2004, às 01:33

BILL MURRAY
O homem por trás do cinismo Muitos gostam do seu estilo, outros nem tanto e nós d’A ARCA ADORARAMOS ele (er… pelo menos a maioria do pessoal, creio eu). E não é só porque ele já foi um caça-fantasma, mas sim pelo jeito cínico e irônico que William James Murray, ou siplesmente Bill Murray, molda […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes


Muitos gostam do seu estilo, outros nem tanto e nós d’A ARCA ADORARAMOS ele (er… pelo menos a maioria do pessoal, creio eu). E não é só porque ele já foi um caça-fantasma, mas sim pelo jeito cínico e irônico que William James Murray, ou siplesmente Bill Murray, molda a maioria de seus personagens, sempre os mais diferentes e inusitados possíveis.

:: A INFÂNCIA DO PEQUENO BILL

Bill Murray nasceu em 21 de setembro de 1950 em Wilmette, subúrbio de Chicago, Illinois. É o quinto de nove filhos do casal Lucille e Edward “Ed” Murray e não é o único artista da família. Seu irmão mais velho, Brian Doyle-Murray, e seus irmãos mais novos, John Murray e Joel Murray, também são atores, diretores e produtores de cinema e TV.

Bill e seus irmãos trabalharam como carregadores de golfe para pagarem seus estudos na Loyola Academy, uma escola jesuíta para garotos, só que o pequeno William nunca foi um bom exemplo de aluno. Era preguiçoso e só gostava de esportes e teatro.

A escola não era o único lugar que Bill era incorrigível. Ele também fez parte dos escoteiros, mas acabou expulso. Com 20 anos, se inscreveu na Regis College, em Denver, e adivinhem: também foi expulso, ao ser preso por tentar contrabandear uma quantidade mínima de maconha no Aeroporto Internacional de O’Hare (que figura!).

::SATURDAY NIGHT LIIIIIIIIIIIIIIIIIIVE!

Depois de tantas tentativas para se tornar alguém na vida, Bill e seu irmão Brian Doyle foram tentar a carreira artística na trupe Second City, um respeitada turma de improvisação de Chicago, onde conheceu os comediantes Harold Ramis e o falecido John Belushi, com quem teve várias afinidades.

Em 1974 os irmãos Murray se mudaram para Nova York, pois foram convidados por Belushi (o John) para integrarem o programa de rádio The National Lampoon Hour, junto com os ótimos Dan Aykroyd, Chevy Chase e a falecida Gilda Radner.

A “The National Lampoon” começou como revista (concorrente direta da famosa Mad), passou para o rádio, teatro, TV e cinema (um exemplo são os vários filmes da série Férias Frustradas, com Chevy Chase).

Mas os talento dessa turma não durou muito tempo no rádio pois, em outubro de 1975, estreava na TV americana um dos programas mais duradouros da comédia televisiva: Saturday Night Live.

Projeto do produtor de TV Lorne Michaels, o SNL (como é chamado nos EUA) foi composto, em seu começo, pelo pessoal do National Lampoon, mas não por todos. Eles tiveram que se dividir em dois grupos por motivos financeiros. E Murray acabou ficando no segundo grupo, onde faziam o programa Saturday Night Live com Howard Cosell, pela rede ABC. Só que para ele durou apenas um ano.

Em 1976 Murray ingressa no grupo principal do SNL e com a grande responsabilidade de substituir Chevy Chase, que foi tentar a sorte grande no cinema. Ele não só substituiu Chase como foi um dos responsáveis pelo prestígio que o humorístico tem hoje e que acabou beneficiando a ambos, com seus personagens e quadros antológicos. O programa ganhou o Emmy, o Oscar da TV americana, durante os quatro anos de Bill no programa.

:: NOVOS RUMOS

Assim como seus colegas de SNL, Murray viu que já era hora de também tentar a sorte na telona. Suas únicas experiências foram na dublagem da animação Shame of the Jungle (1975) e na sátira dos Beatles The Rutles, All You Need is Cash (1978).

O seu primeiro papel como protagonista não demorou a chegar. E isso aconteceu em 1979, com a comédia Almôndegas (Meatballs), do diretor Ivan Reitman. O filme teve uma ótima bilheteria e marcou o começo da parceria Murray/Reitman. Mas o estrelato de Bill não veio com esse filme. A subida rumo ao sucesso começou a partir de 1980, a partir do sensacional Clube dos Pilantras (Caddyshack), dirigido pelo amigo Ramis e onde Murray fazia Carl, o seqüelado zelador do clube que passava o filme inteiro caçando uma maldita marmota. Eis que veio Where the Buffalo Roam, onde Bill interpretou o jornalista sensacionalista Hunter S. Thompson. Em 81, com Recrutas da Pesada (Stripes), Bill voltaria a atuar na dirção de Ivan Reitman.

Em 1981 Murray se casou com sua primeira esposa, Margaret Mickey Kelley, com quem teve seus dois primeiros filhos: Homer (22) e Luke (19).

Em 82 participou do filme Tootsie, de Sydney Pollack, onde fazia Jeff, o melhor amigo de Dustin Hoffman.

O estrelato veio em 1984, com o sucesso de Os Caça-Fantasmas (Ghostbusters). No papel do Dr. Peter Venkman, Murray atuou ao lado dos amigos Dan Aykroyd (Dr. Ray Stantz) e Harold Ramis (Dr. Egon), contando novamente com Reitman na direção. O filme, sobre a luta de quatro cientistas contra uma legião de espectros em plena Nova York, deu a Murray a indicação ao Globo de Ouro por melhor ator de comédia. Mas o ano de 1984 não marcou a vida profissional de Murray apenas de uma maneira boa. Também o levou ao declínio absoluto com a adaptação da obra de W. Somerset Maugham, O Fio da Navalha (The Razor’s Edge), onde ele co-escreveu e estrelou. O filme foi um fiasco total e a crítica caiu como uma bomba em cima dele, fazendo-o se afastar das telonas sem data de volta.

:: DE VOLTA ÀS TELONAS

Dois anos depois, em 1986, Murray deu as caras em A Pequena Loja dos Horrores (Little Shop of Horrors), em uma das melhores sequências do filme, como Arthur Denton, um masoquista paciente de dentista. Depois, em 1988, fez Os Fantasmas Contra-Atacam (Scrooged), uma releitura mais atual da obra de Charles Dickens, Um Conto de Natal, onde ele faz Francis Cross, o presidente de um canal de TV rabujento e pão-duro. Um fato legal desse filme é que Murray atua com todos os seus irmãos.

Em 1989 Murray volta na inevitável sequência, Os Caça-Fantasmas 2, (Ghostbusters 2), novamente por Reitman, que o joga de novo ao sucesso. Em 1990, o ator estréia na direção com o ótimo Não Tenho Troco (Quick Change), onde também produziu e estrelou junto com Geena Davis e Randy Quaid.

Em 1991, Murray trabalhou com Richard Dreyfuss em Nosso Querido Bob (What About Bob?), de Frank Oz, fazendo o hipocôndriaco Bob Wiley. Mas foi 1993 o ano da virada, com Murray fazendo um sucesso estrondoso como o homem do tempo Phil Connors no maravilhoso Feitiço do Tempo (Groundhog Day), estrelado também pela bela Andie McDowell e escrito/dirigido pelo amigo Harold Ramis. O filme conta a história de um jornalista do tempo que está cobrindo o “Dia da Marmota” (Murray e a marmota novamente) em uma cidadezinha e fica preso no mesmo dia por um bom tempo. E, para marcar uma carreira cheia de altos e baixos, ao atuar com Robert De Niro e Uma Thurman em Uma Mulher para Dois (Mad Dog and Glory), de John McNaughton, Bill quase quebra, sem querer, o nariz de De Niro (é mole?).

Eis que, em 1994, Murray participa em Ed Wood, um dos melhores filmes de Tim Burton, fazendo o transsexual John “Bunny” Breckinridge. Foi durante essa época que Murray se separou de sua primeira esposa. Já em 1996, Murray trabalha com os irmãos Peter e Bobby Farrelly na comédia Esses Loucos Reis do Boliche (Kingpin) com Woody Harrelson e Randy Quaid, e também no fraco Space Jam, com o astro do basquete Michael Jordan, isso sem falar em Uma Herança da Pesada (Larger Than Life), em que Bill atua com um… ELEFANTE!!!

:: O MELHOR MOMENTO

Em 1997, Murray se casa com a figurinista Jennifer Butler , mãe de seus 4 outros filhos: Jackson (11), Cal (9), Cooper (8) e Lincoln (3). É em 97 também que Bill estrela O Homem Que Sabia de Menos (The Man Who Knew Too Little), sátira do clássico de Alfred Hitchcock: O Homem Que Sabia Demais. Em 1998, ele trabalha novamente com McNaughton no falado Garotas Selvagens (Wild Things), com as lindas Neve Campbell e Denise Richards.

Um de seus melhores e mais importantes trabalhos na comédia veio com o filme Três é Demais (Rushmore), dirigido por Wes Anderson, um dos melhores diretores dessa nova safra. Bill Murray dá um banho de interpretação na pele do excêntrico milionário Herman Blume, trabalho este que lhe rendeu novamente uma indicação ao Globo de Ouro e uma tremenda esnobada da Academia (também conhecida como Oscar).

O ano de 1999 foi mais devagar mas, nem por isso, ruim para Murray, que fez o drama O Poder Vai Dançar (Cradle Will Rock), de Tim Robbins, mostrando a história real da luta entre artistas e a política dos anos 30.

2000 foi um dos anos mais movimentados para Murray, com a adaptação de Hamlet, obra de William Shakespeare para os dias atuais, onde Murray fez o papel de Polonius, e o blockbuster baseado na série dos anos 70 As Panteras (Charlie’s Angels), de McG, com as belas Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu. Murray fez o papel do famoso Bosley e o filme foi marcado pelas brigas internas entre o elenco durante as filmagens. A pior foi entre Murray e Lucy Liu, que o acusou de atropelar suas falas e estragar sua atuação.

2001 faz de Murray elenco fixo dos filmes de Wes Anderson, agora atuando no excelente Os Excêntricos Tenenbauns (The Royal Tenenbauns), no papel do psiquiatra Raleigh St. Clair e atuando com um elenco de primeira, como Gene Hackman, Anjelica Huston e Gwyneth Paltrow e entre outros. Logo depois, no mesmo ano, ele trabalhou mais uma vez com McNaughton na comédia Speaking of Sex.

:: O RECONHECIMENTO DEFINITIVO

Após um ano de descanso, Bill começa 2003 com o drama Coffee and Cigarettes de Jim Jamursch e não aceita participar de As Panteras: Detonando (Charlie’s Angels: Full Trottle).

Eis que, com Encontros e Desencontros (Lost in Translation), de Sofia Coppola, Bill Murray atinge o ápice de sua carreira. É pura poesia ver Murray interpretando o astro decadente Bob Harris. Fantástico! Tanto que ganhou o Globo de Ouro de melhor ator de Comédia ou Musical, e a Academia teve que se render ao enorme talento desse cara, indicando-o ao Oscar de melhor ator mas, injustamente, não deram o prêmio para ele. Coisas da Academia.

Fã de baseball, torcedor doente do Chicago Cubs e dono de um time pequeno de divisões abaixo: o Charleston Riverdogs, Bill Murray já tem quase tudo que uma pessoa precisa: querido por muitos diretores, enxurrada de propostas de trabalho, fãs… ^_^

Atualmente, Murray está em produção com The Squid and the Whale e já está na pós-produção de The Life Aquatic, novamente com Anderson e o live-action de Garfield, personagem do mestre Jim Davis, onde o Sr. Bill Murray dublará a voz de ninguém menos do que a do gato gordo e cínico.

Quer pessoa melhor para esse trabalho?


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