O tema não é original. Como os super-heróis se portariam e seriam tratados se existissem no mundo real? E como seria a nossa realidade? Quem já leu Watchmen e Reino do Amanhã, ambos da DC Comics, sabe do que se trata. Mas quando o escritor é J.M. Straczynski, principal responsável pelo sucesso de vendas e crítica da revista do Homem-Aranha, o leitor pode esperar por uma grande saga.
É o que ocorre com a série Poder Supremo, que começa a ser publicada no Brasil em fevereiro pela Panini Comics, na revista Marvel Max. Lançada pela Marvel Comics neste ano nos Estados Unidos, ‘Poder Supremo’ reapresenta aos leitores o Esquadrão Supremo, o grupo de heróis criado a partir da Liga da Justiça (da DC). Nela, o Superman chama-se Hipérion, o Lanterna Verde é o Dr. Spectrum e a Mulher Maravilha se transformou na Princesa do Poder.
Originalmente, o esquadrão foi criado em um mundo independente e chegou a enfrentar os Vingadores (Thor, Capitão América e Homem-de-Ferro) algumas vezes. Até a chegada de J.M. Straczynski, que resolveu aproveitar o conceito da equipe e brincar um pouco.
O primeiro número nos mostra o tom da série. Alguém, por um acaso, acha que o governo dos Estados Unidos não iria perceber um foguete caindo no meio do Kansas? Pois nessa história, logo após um casal de caipiras (desculpem, Sr. e Sra. Kent) descobrirem uma criança que chegou à Terra em um foguete, agentes secretos norte-americanos tiram o garoto de seus “pais” e entregam ao Exército para ser criado como um “americano ideal”. Seus novos país, o casal perfeito, serão dois agentes que passariam a viver esses papéis por toda a vida. E assim começa a história de Hipérion.
Nos números seguintes, o título mostra como o mundo encara o surgimento de seu super-homem e de outros heróis (a origem do Aquaman, por exemplo, lembra um filme do Stephen King). E começa a questionar o que aconteceria se seres com poderes supremos estivessem entre nós e como reagiríamos.
Para melhorar ainda mais, toda a arte está nas mãos do ilustrador Gary Frank, conhecido dos brasileiros pelas aventuras do Hulk.
Para os leitores que não acompanham ‘Poder Supremo’ (Supreme Power) nas bancas de títulos importados, a saída é esperar até fevereiro. Garanto que compensa.
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