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Artigo adicionado em 28/02/2004, às 03:02

OSCAR 2004: Tudo que você precisa saber!
Curiosidades para você não ficar boiando no dia do prêmio O mais combatido, polêmico e, ao mesmo tempo, o mais comentado prêmio do cinema em todo o mundo. Assim é o Oscar, cuja festa de entrega para os melhores de 2003, a 76ª da história, acontece no dia 29 de fevereiro, domingo à noite, no […]

Por
Gustavo "Bux" Klein


O mais combatido, polêmico e, ao mesmo tempo, o mais comentado prêmio do cinema em todo o mundo. Assim é o Oscar, cuja festa de entrega para os melhores de 2003, a 76ª da história, acontece no dia 29 de fevereiro, domingo à noite, no auditório do Kodak Theater, em Los Angeles, com exibição ao vivo para o Brasil, em rede aberta pelo SBT e também pelo canal pago TNT (que este ano substitui o Telecine como canal oficial do Oscar), a partir das 22h30. O apresentador da cerimônia será, pela sexta vez, o comediante Billy Cristal. No SBT, a festa terá os comentários sempre afiados do crítico de cinema Rubens Ewald Filho, com apresentação da jornalista Maria Cândida. O TNT exibirá a festa em seu original em Inglês.

O desfile de celebridades no tapete vermelho terá uma verdadeira constelação. Além dos indicados, farão parte da festa, como apresentadores de categorias, os astros Tom Cruise, Nicole Kidman, Angelina Jolie, Pierce Brosnan, Ian McKellen, Liv Tyler, John Travolta, Sandra Bullock, Julia Roberts, Susan Sarandon, Robin Williams, Jim Carrey, Will Smith, Tom Hanks e até Steven Spielberg.

Se a expectativa for confirmada, O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei, a conclusão da trilogia de Peter Jackson, sairá como grande vencedor da noite. Ao menos é isso o que apontam todos os prêmios que funcionam como prévia do Oscar, como o Globo de Ouro e as premiações dos sindicatos dos atores, diretores, produtores e roteiristas. Apesar de serem prêmios difentes, há uma certa lógica em dar o crédito de prévia a esses prêmios menores: na prática, à exceção do Globo de Ouro, no qual os votantes são os jornalistas estrangeiros em Hollywood, quem vota nesses prêmios são as mesmas pessoas que votam no Oscar. Por exemplo: no Sindicato dos Atores, quem vota são os atores. No Oscar também é assim: ator vota em ator, roteirista em roteirista, diretor em diretor. A exceção é o prêmio de Melhor Filme, no qual todos os membros da Academia votam.

Seguindo essa lógica, os favoritos aos principais prêmios são: ‘O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei’ (Melhor Filme), Peter Jackson (Melhor Diretor por O Retorno do Rei), Johnny Depp (Melhor Ator por Os Piratas do Caribe. Ele ganhou o prêmio do Sindicato dos Atores, mas nesse caso os favoitos são Bill Murray, por Encontros e Desencontros, e Sean Penn, por Sobre Meninos e Lobos), Charlize Theron (Melhor Atriz), Renée Zelwegger (Atriz Coadjuvante) e Tim Robbins (Ator Coadjuvante).

Por falar em Sean Penn, o talentoso ator tem suas chances diminuídas no prêmio apesar de sua atuação elogiadíssima no longa de Clint Eastwood: Penn sempre esnobou a Academia de Hollywood e nunca compareceu a uma cerimônia. Disse que este ano, em homenagem ao filme, apareceria pela primeira vez na festa, mas ainda não confirmou presença.

Cidade de Deus só concorre a quatro prêmios (diretor, edição, fotografia e roteiro adaptado) por uma brecha nas regras da Academia. Como foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro no ano passado (mesmo não tendo ficado entre os finalistas), não poderia concorrer novamente este ano. Mas a Miramax, que distribui o filme nos Estados Unidos, resolveu inscrevê-lo a filme principal, que tem outras regras. A tática deu certo: embora não tenha sido indicado a Melhor Filme, o filme de Fernando Meirelles é a maior esperança do estúdio este ano.

Não será só por ‘Cidade de Deus’ que o Brasil estará representado na festa: o simpático curta-metragem Gone Nutty, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha para a Dreamworks (o estúdio de Steven Spielberg), concorre ao prêmio na categoria Melhor Curta Metragem de Animação. O desenho faz parte do DVD do longa A Era do Gelo, co-dirigido por Saldanha e que tem o mesmo protagonista, um esquilinho muito azarado chamado Scratch.

Além de Saldanha e das quatro indicações de ‘Cidade de Deus’, a festa do Oscar será marcada pelos estrangeiros: o diretor favorito é o neozelandês Peter Jackson, de ‘O Senhor dos Anéis’, mas o brasileiro Fernando Meirelles e o australiano Peter Weir também são representantes dessa legião estrangeira que invadiu a cerimônia deste ano. Entre as atrizes, apenas uma americana (Diane Keaton) no meio de uma australiana (Naomi Watts), uma neozelandesa (Keisha Castle-Hughes, de apenas 13 anos, a mais jovem concorrente ao Oscar da história do prêmio), uma sulafricana (Charlize Theron, a favorita) e pela britânica Samantha Morton. Nas coadjuvantes, a situação se inverte, com quatro americanas lutando contra a iraniana Shohreh Aghdashloo.

Entre os atores a situação não é muito diferente; são dois ingleses concorrendo a Melhor Ator (Jude Law e Ben Kingsley) e, na briga pelo prêmio de Ator Coadjuvante, estão o japonês Ken Watanabe, o porto-riquenho Benício del Toro e Djimon Hounsou, natural de Benin. Isso sem contar, claro, a categoria de filme estrangeiro, que terá representantes de Japão, Suécia, República Tcheca, Canadá e Holanda.

Apesar da baixaria nas campanhas dos estúdios ter sido menor este ano, pelo menos um barraco se armou: a Dreamworks foi obrigada a pedir desculpas depois de ser criticada pela campanha agressiva em favor da atriz iraniana Shohreh Aghdashloo. O estúdio chegou ao cúmulo de desmerecer a concorrente considerada favorita, Renée Zelwegger, dizendo que ela não merecia o prêmio.

O grande homenageado da festa deste ano será Blake Edwards, diretor de comédias de sucesso como as da série A Pantera Cor de Rosa e Um Convidado Bem Trapalhão, além de clássicos como Bonequinha de Luxo e Vitor ou Vitória. Edwards, marido da atriz Julie Andrews, receberá um Oscar especial pelo conjunto de sua carreira. Apesar de aclamado como um dos grandes diretores do mundo, Edwards nunca foi sequer indicado ao prêmio de Melhor Diretor.

Prova de que a comunidade latina é cada vez mais maior e, por isso, mais importante nos Estados Unidos: pela primeira vez, o canal aberto americano ABC, que tradicionalmente exibe a festa, transmitirá em áudio auxiliar (a famosa tecla SAP) a cerimônia dublada em espanhol. Cada vez mais aquela piadinha do “você está nos Estados Unidos, fale espanhol!” se torna realidade.

O esquema de segurança deste ano será tão forte quanto nos anos anteriores. O medo é de ataques terroristas. Todas as ruas próximas do Kodak Theather já foram isoladas, para a colocação do tradicional tapete vermelho, e as lojas da região serão obrigadas a fechar as portas um dia antes do evento. E todos os mendigos que habitam a região também foram retirados. Para quem não sabe, Hollywood, fora da época do Oscar e mesmo com todo o glamour do passado, é uma região meio que abandonada, cheia de prédios velhos, feios e infestada de cortiços e mendigos.

Tão vergonhoso quanto “limpar” os mendigos da festa é a censura prévia que a festa sofrerá este ano. Para, oficialmente, impedir acontecimentos como os da final do campeonato norte-americano de futebol, na qual a cantora Janet Jackson ficou com os seios à mostra, a festa será exibida pela tevê com um atraso de 5 segundos. Essa é a explicação oficial, mas nada impede que discursos como o de Michael Moore, anti-Bush, na festa do ano passado, sejam também cortados. A Academia também está passando à prova todos os comerciais que serão exibidos nos intervalos da festa, para evitar que algum que não esteja “à altura da importância do Oscar” seja veiculado.

A votação do Oscar é tão cheia de segredos que, para não dar chance para que informações vazem, a própria votação termina poucos dias antes da cerimônia. Neste ano, os votos derradeiros chegaram à Academia na última quarta-feira, dia 25. Os votos são contados por uma empresa de contabilidade, a Price Waterhouse. São aproximadamente 5800 membros da Academia com direito a voto.

E, como sempre, todos os nerds aqui d´A ARCA estarão colados na telinha nesse domingão. Não percam!


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