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Artigo adicionado em 02/02/2004, às 02:51

Crítica: UM SHOW DE VERÃO
Confusão e empurra-empurra no lançamento do novo filme de Angélica foi mais emocionante que o filme Foi uma noite, no mínimo, interessante, para não dizer outra coisa. E olha que eu imaginava que seria mais uma exibição chata e enjoada. Saí até meio atrasado para assistir ao novo filme da Angélica, ‘Um Show de Verão’, […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Foi uma noite, no mínimo, interessante, para não dizer outra coisa. E olha que eu imaginava que seria mais uma exibição chata e enjoada. Saí até meio atrasado para assistir ao novo filme da Angélica, ‘Um Show de Verão’, onde a eterna loirinha do táxi iria contracenar com Luciano Huck e Thiago Fragoso. Também pudera: quem conhece o currículo de filmes da atual apresentadora do Vídeo Show sabe que não se deve esperar nada mais do que um filminho riponga para crianças. Eu deveria sonhar com algo diferente?

Ao chegar e ver os primeiros cartazes, além de ler a sinopse da película, vi que não seria nada do que eu esperava. Atores da moda, historinha previsível e participações musicais que só estão ali pela auto-promoção (ou seria porque os produtores tiveram folga de produzir uma trilha sonora decente? Não, eu fico com a primeira opção). Mas antes mesmo que eu pudesse conferir se minhas expectativas estavam certas, a confusão já estava armada do lado de fora da sala de exibição.

Em uma mistura inusitada, o lançamento oficial do filme – que contou com a presença da grande maioria do elenco – colocou na mesma arena fãs e jornalistas, que se estapeavam para conseguir uma foto ou uma declaração dos astros. Esse tipo de medida causou diversos problemas para os jornalistas e seguranças, além de muito empurra-empurra.

Mas eis que o filme começa… depois de mais de uma hora de atraso! A história previsível e cheia de clichés de Andréa (Angélica), garota suburbana que namora o ricaço e metido Fred (Thiago Fragoso), já é conhecida de todos. Ele adora a namorada, mas tem vergonha do jeito simples da garota. E é aí que entra Marcelo (Luciano Huck), amigo de Fred que quer se tornar um famoso produtor musical, mas amarga num empreguinho em uma agência de publicidade pequena do Rio. Fred acha que, ao ajudar o amigo a se tornar o tal produtor musical, ele transformaria Andréa em “alguém”, uma celebridade famosa… uma cantora (Ah, você não esperava por essa, né?). Preciso continuar e dizer como essa história vai terminar?

O engraçado é que o filme trouxe, pelo menos para mim, um “mix de emoções” (eita! Mix de emoções? Essa eu exagerei). Pelo lado bom, foi interessante notar que as atuações, principalmente dos personagens principais, estão boas. Nada de exageros, nada de caretas. O roteiro, mesmo previsível, apresenta diálogos verossímeis. A edição do filme também está muito interessante, mantendo um ritmo bacana durante toda a trama. Além disso, os coadjuvantes, como Tonico Pereira, Eliana Fonseca, Márcia Cabrita, Ingrid Guimarães e até mesmo Marcos Mion, como o cabelereiro Welmer, estão muito competentes e engraçados.

Mas há sempre algo ruim, não é? É claro que há! Além das aparições totalmente sem sentido de bandas e cantores (como CPM 22, Cidade Negra, Jota Quest, Lulu Santos, Felipe Dylon e muitos outros que pululam no decorrer do filme), há os famosos “product placements”, o merchandising que financia boa parte do filme. Tudo bem mostrar algum produto de uso comum, mas filmar o aparelho celular enquanto os atores ficam falando o quanto ele é legal é o fim da picada!

Mas o pior ainda estava por vir: nos cartazes e releases não havia uma informação sequer sobre a censura do filme. Qual foi a surpresa geral de todos a verem diversos pares de seios passeando gratuitamente pela tela em certos momentos? E os palavrões? Vários, perdidos no meio da história e, também, gratuitos. Luciano Huck, ao ser questionado, não sabia a censura do filme. Chamou o diretor, Moacyr Goés, que disse com as mãos: “12 anos”. Às vezes tenho que dar razão para alguns pais que acham que os astros da TV dão mal exemplo…

Terminada a exibição, o quebra-pau entre jornalistas e seguranças retornou à pauta. O pequeno espaço da sala de cinema, unido ao fato de que haveria um cordão de isolamento entre os astros e a imprensa voltou a causar mal estar. A saída de diversos repórteres e fotógrafos, indignados com o tratamento dado, marcou o tom da falta de organização do evento. Isso sem falar que, no final, não houve coletiva, mas um “corpo-a-corpo” desorganizado com os atores e o diretor.

Depois de tudo isso, o que todos ali esperavam é que Angélica finalmente abrisse o jogo e dissesse que estava namorando Luciano Huck, e acabasse logo com essa ronda de rumores. Mas, segundo ela e o próprio Huck, são apenas bons amigos. Nem o André Marques, que faz uma pequena ponta no filme e nem apareceu para a coletiva, ela confirmou. “Estou solteira”, disse a loira. Bom, a boataria continua.

Como eu disse no começo, foi uma noite muito, mas muito interessante…


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