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Artigo adicionado em 02/02/2004, às 01:13

Crítica: O ÚLTIMO SAMURAI
Honra, Samurais, lutas e Tom Cruise: uma combinação perfeita Tom Cruise lutando com espadas ao lado de samurais pode ser algo bom? Ô, se pode! A nova empreitada do ex-Nicole Kidman o levou à mais de 100 anos no passado e praticamente ao outro lado do mundo. E garanto que essa viagem valeu a pena. […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Tom Cruise lutando com espadas ao lado de samurais pode ser algo bom? Ô, se pode! A nova empreitada do ex-Nicole Kidman o levou à mais de 100 anos no passado e praticamente ao outro lado do mundo. E garanto que essa viagem valeu a pena. O Último Samurai, filme estrelado por Cruise que já está em cartaz nas telonas brasileiras, consegue transpor com louvor a busca pela paz de espírito de um militar atormentado pelo passado, em um país diferente de sua terra natal e que está no auge de mudanças sociais, políticas e culturais: o Japão do final do século 19.

“Me sinto atraído por esse momento histórico. Há algo de comovente, até hipnótico, em se observar um personagem que atravessa uma transformação pessola numa época em que toda a cultura à sua volta está, igualmente, em desordem”. É assim que o diretor-roteirista-produtor Edward Zwick consegue resumir sua mais nova obra, um épico que consegue homenagear o clássico Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa. Zwick tem experiência: já dirigiu Tempo de Glória e Lendas da Paixão, filmes que também receberam diversas indicações ao OSCAR, entre outros prêmios.

E, mesmo a história não sendo um prodígio de criatividade, Zwick consegue extrair de seus personagens e atores uma tridimensionalidade impressionante. Em ‘O Último Samurai’, Cruise interpreta Nathan Algren, um capitão que vive tentando matar os demônios de seu passado com litros e mais litros de álcool. Ao aceitar a proposta – muito generosa – do governo japonês para treinar o primeiro exército moderno da Terra do Sol Nascente, Algren parte para o Japão e encontra um país em plena mudança de costumes.

Ao liderar um bando de soldados mal treinados para enfrentar o rebelado Katsumoto (o astro da tv japonesa Ken Watanabe) e seu grupo de samurais, Algren acaba capturado. Ao ser levado para uma distante vila, o modo de vida ocidental do americano bate de frente com o estilo oriental do samurai, o prisioneiro americano começa a aprender novas lições sobre honra, lealdade coragem e sacrifício: Bushido, o “caminho do guerreiro”.

O filme é um épico como a muito não se via. A fotografia de John Toll – que também é responsável pelas belas cenas de Coração Valente e Além da Linha Vermelha – aliada à direção firme de Zwick, tanto em momentos de drama e tensão quanto nas belíssimas cenas de batalha campal, transformam a busca pela paz interior de Algren em um filme cativante.

As referências históricas estão todas ali. Para quem conhece, estuda e gosta da cultura japonesa, é um prato cheio: o período conhecido como Restauração Meiji, os samurais, o xogunato – o regime feudal que começava a entrar em declínio – tudo é meticulosamente recriado. Além de toda a parte técnica – sem esquecer também de citar a trilha sonora excepcional de Hans Zimmer, entre outras – os atores dão show de interpretação: Cruise está ótimo como Algren, mostrando o conflito interno do personagem sem afetação; Ken Watanabe, famoso ator de tv do Japão, dá o tom de líder que Katsumoto necessita; Koyuki, que interpreta Kata, irmã de Katsumoto, não precisa de palavras para expressar o que sente e nem quem é; seus olhos e linguagem corporal dizem tudo.

Olha, esse texto ainda pode ir longe, mas acho que já foi o suficiente para mostrar que o filme é espetacular. E eu nem comentei sobre as sequências de batalha, coreografadas e editadas com maestria. E depois de trocentas referências à equipe de profissionais e seus infinitos trabalhos de pesquisa – foram quase dois anos debruçados em informações para recriar com precisão a época e o local – eu fecho dizendo: o filme é emoção pura. Imperdível.


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