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Artigo adicionado em 02/12/2003, às 10:43

VISIONÁRIOS: Os Guerreiros da Luz Mágica
Mais um clássico dos anos 80 Em 1986, a fabricante de brinquedos Hasbro (criadora dos G.I. Joe e dos Transformers) lançou uma linha de figuras de ação conhecida como Visionaries – Knights of the Magical Light (Visionários – Cavaleiros da Luz Mágica). O sucesso dos brinquedos foi tamanho que acabou gerando uma série de animação […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Em 1986, a fabricante de brinquedos Hasbro (criadora dos G.I. Joe e dos Transformers) lançou uma linha de figuras de ação conhecida como Visionaries – Knights of the Magical Light (Visionários – Cavaleiros da Luz Mágica). O sucesso dos brinquedos foi tamanho que acabou gerando uma série de animação e histórias em quadrinhos (de curta duração, pela Marvel Comics).

:: A SÉRIE ANIMADA

A série contava a história do planeta Prysmos, que vivia o apogeu da Era da Ciência, no qual seus habitantes haviam alcançado um grau de desenvolvimento científico e tecnológico inimaginável até então. Porém, como tudo que é bom dura pouco, um cataclismo mágico devastou o planeta, lançando a sociedade em uma nova Idade das Trevas, na qual praticamente toda a ciência foi esquecida. Como conseqüência, a magia retornou ao mundo, trazendo consigo magos, dragões e toda sorte de seres fantásticos.

Alguns anos após o cataclismo, o povo de Prysmos havia formado diversas sociedades feudais, sendo as principais delas as cidades-estado de Nova Valarak e os domínios de Darkstorm. Ambas as facções lutavam pela supremacia sobre o que restou de civilização no planeta, porém, nenhum dos lados conseguia sobrepujar o inimigo.

Nessa atmosfera de guerra e hostilidade, o grande mago Merklyn surge diante de cavaleiros de todos os reinos do planeta, propondo-lhes um desafio: eles deveriam ir até a Montanha de Ferro, lar do mago, a fim de participar de um desafio. Os vencedores receberiam grandes poderes mágicos.

Assim começa uma das melhores séries animadas dos anos 80, produzida pela Marvel/Sunbow (também produtora de ‘G.I.Joe’ – e ‘Transformers’ também, Fanboy. Eu sei ^_^). A qualidade da animação é superior a muitos trabalhos feitos hoje em dia. Os roteiros eram inteligentes, criativos e conseguiram livrar a série do estigma de “animação baseada em brinquedos”, com personagens bem desenvolvidos – mesmo os coadjuvantes -, um cenário rico e definido, continuidade entre episódios e tramas que, definitivamente, não tinham nada de infantis.

Infelizmente a série teve apenas 13 episódios – a Hasbro aparentemente não teve interesse em encomendar mais uma temporada. De qualquer modo, é importante frisar que nenhuma das tramas principais ficou em aberto – todos os ganchos foram resolvidos até o final.

Hoje em dia é quase impossível conseguir assistir a esse desenho, já que nenhum canal de TV – até onde eu sei – o exibe atualmente. O canal a cabo Locomotion exibiu todos os episódios em 1998, mas num total desrespeito a nós, brasileiros, redublou (porcamente, por sinal) a série em Miami. Se você conhece alguém que possui episódios gravados, corra atrás e faça o possível para assistir a esta que foi, sem dúvida, uma das melhores séries de animação de fantasia de todos os tempos.

:: PERSONAGENS

Todos os personagens foram muito bem desenvolvidos durante a curta duração da série. Suas personalidades eram definidas e claras. Muitos vilões da série tinham traços que os tornavam simpáticos ao público, e os heróis também tinham seus defeitos – Ectar, por exemplo, era arrogante. Além disso, cada um dos catorze cavaleiros podia se transformar em um animal (seu “totem”), que nada mais era que o reflexo da sua personalidade e habilidades.

Alguns cavaleiros possuíam os Cetros de Poder (oito, no total), que lhes permitiam invocar, através de uma trova mágica, um dado poder, como Sabedoria, Velocidade, Medo ou Destruição. Já outros tinham o poder de pilotar veículos tecno-mágicos.

– Os Cavaleiros do Espectro (Spectral Knights)
Cavaleiros oriundos das cidades-estado de Nova Valarak e seus reinos aliados, quando foram capturados por Darkstorm e seus comparsas após o teste na Montanha de Ferro, decidiram unir-se para combater a tirania dos Lordes Sombrios sob a liderança de Leoric, proclamando seu grito de guerra “Que a Luz brilhe para sempre!” São eles:

Leoric – É o governante eleito de Nova Valarak e líder dos Cavaleiros do Espectro. Durante a Era da Ciência, ele era prefeito da cidade. É um governante de coração nobre, justo, sábio e corajoso, que sabe ouvir seus conselheiros e amigos. Por sua coragem, sabedoria ao agir e capacidade de liderança, recebeu o totem do leão e o Cetro da Sabedoria na Montanha de Ferro.

Feryl – o mais jovem dentre os Cavaleiros, Feryl é rápido de raciocínio e extremamente criativo, além de ser dotado de um grande senso de justiça. É grande amigo de Leoric. Por suas habilidades, recebeu o totem do lobo. Ele não possui Cetro, mas tem poder de pilotar a Carruagem de Captura.

Ectar – durante a Era da Ciência, Ectar era investigador na polícia de Nova Valarak. Após o cataclismo, tornou-se chefe da guarda da cidade. Ele tem uma grande rixa com Reekon (ver abaixo), a quem prendeu durante a época em que era policial. Por sua astúcia e habilidades investigativas, recebeu o totem da raposa. Assim como Feryl, ele pilota um dos veículos tecno-mágicos, o Lanceiro.

Cryotek – natural do gélido reino de Northalia, Cryotek é um homem de poucas palavras e pavio curto, mas de bom coração. É, sem dúvida, o mais forte e valente dos Cavaleiros do Espectro, e apesar de às vezes ser excessivamente tradicionalista, é bastante respeitado por seus amigos e oponentes. Por sua força e bravura, Merklyn lhe deu o totem do urso e o Cetro da Força.

Galádria – antes de se tornar uma Cavaleira, Galádria era diplomata do reino de Androsia em Nova Valarak e decidiu se juntar aos outros cavaleiros ao ouvir o desafio de Merklyn. Corajosa, inteligente e excelente nadadora – habilidade que lhe permitiu vencer um polvo gigante durante o teste na Montanha de Ferro – recebeu o totem do Golfinho.

Witterquick – um dos maiores atletas de Prysmos, Witterquick aceitou o desafio do mago com determinação ímpar, recusando-se a desistir mesmo em face dos piores obstáculos. É impulsivo, diligente e pragmático. Por suas habilidades atléticas, ganhou o totem do guepardo (o animal mais rápido do mundo, que pode correr a até 110 km/h) e o Cetro da Velocidade, que lhe permitia quebrar a barreira do som.

Arzon – otimista, gentil, sábio, educado e dotado de grande amor pela natureza e suas criaturas, Arzon era um guarda-florestal nas áreas selvagens próximas à Nova Valarak. Ele aceitou o desafio de Merklyn principalmente por sua sede de conhecimento e porquê pretendia utilizar a recompensa mágica para ajudar os animais que protegia. Sua perícia em terras selvagens o ajudou durante o desafio, quando construiu para si um par de asas de folhas para sobrevoar um abismo. Por suas qualidades, o mago lhe deu o totem da águia e o Cetro do Conhecimento.

– Os Lordes Sombrios (Darklin’ Lords)
Asseclas e aliados de Lorde Darkstorm, uniram-se durante o teste na Montanha de Ferro por compartilharem objetivos em comum, sendo a conquista de Nova Valarak o principal deles. Os Lordes sombrios formam um grupo bastante eclético em suas personalidades e motivações pessoais, e diferente dos vilões de muitas séries, são organizados e competentes.

Darkstorm – governante da Fortaleza de Blackdak, Lorde das Estepes e Barão do Pântano Negro, Darkstorm é um tirano, que governa pela intimidação e adora cobrar impostos altíssimos de seus pobres vassalos e servos. A princípio cético em relação a existência da magia, decidiu aceitar o desafio de Merklyn ao saber que seu odiado inimigo Leoric iria participar. Através de sua inteligência, ardis e sagacidade, Darkstorm uniu diversos cavaleiros sob sua bandeira, formando os Lordes Sombrios. Ao final do teste, recebeu o totem do molusco gigante – que lhe causou indignação, diga-se de passagem – e o Cetro da Podridão.

Mortred – cegamente devotado a seu mestre Darkstorm, Mortred é um verdadeiro puxa-saco. Ele é secretário, tesoureiro e contador do líder dos Lordes Sombrios, além de espião nas horas vagas. Apesar de ser um fraco, ele é leal e confiável, e um hábil piloto. Após o teste da Montanha de Ferro, recebeu o totem do besouro e o poder de pilotar a Garra Celeste.

Reekon – possivelmente o maior ladrão de Prysmos durante a Era da Ciência, Reekon desenvolveu um sistema de segurança que fora instalado em diversos bancos e museus e era praticamente impenetrável – exceto por ele mesmo. Sua carreira chegou ao fim quando Ectar desbaratou seu esquema e o pôs atrás das grades. Na Era da Magia, Reekon trabalhou como mercenário, até ser contratado por Darkstorm durante o teste de Merklyn. Perito em espionagem, tática e arrombamento, é ganancioso, furtivo e astuto. Seu totem é o lagarto. Como não possui um Cetro de Poder, tem poder de pilotar a Adaga de Assalto.

Virulina – Uma cavaleira bela porém implacável, especialista em disfarces e extorsão. Após demonstrar seu instinto assassino em uma batalha aquática contra Galádria – que tornou-se sua arquiinimiga – recebeu o totem do tubarão.

Cindar – extremamente forte – quase tanto quando Cryotek – e extremamente simplório, o que lhe sobra em força lhe falta em inteligência. Diferente dos outros Lordes Sombrios, ele não é maligno, mas é facilmente manipulado por outras pessoas, principalmente Lexor e Darkstorm, e trabalha com os Lordes apenas pela comida e os confortos de Blackdak. Apesar ser um bronco, ele adora animais, e uma vez parou uma luta para ajudar um gatinho que estava preso debaixo de escombros. Ele foi um operário da construção civil durante a Era da Ciência. Por sua força bruta e agilidade, ele recebeu o totem do gorila e o Cetro da Destruição.

Lexor – um covarde, mentiroso, manipulador e dissimulado, Lexor só pensa em conseguir dinheiro e poder para si mesmo, desde que não precise se arriscar para isso. Se puder manipular outras pessoas para fazerem seu trabalho sujo, melhor ainda. Ele detesta entrar em combate, e costuma fugir das batalhas sempre que possível. Por esse motivo, ele recebeu o totem do tatu e o Cetro da Invulnerabilidade.

Cravex – este é, sem dúvida, o homem mais estourado e estressado de todo Prysmos. O que para os outros é um simples aborrecimento, para ele é motivo para um ataque de fúria descontrolada. Um verdadeiro psicótico, Cravex é violento, adora intimidar os outros e freqüentemente costuma recorrer a truques sujos. Por esses motivos, ganhou como totem o phylot, um lagarto carniceiro alado, natural de Prysmos, e recebeu o Cetro do Medo.

– Os coadjuvantes
Além dos Cavaleiros do Espectros e dos Lordes Sombrios, a série tinha um elenco de coadjuvantes que era tão cativante quanto seus personagens principais. Entre eles, os mais importante eram:

Merklyn – o arquétipo do mago de fantasia, é o feiticeiro mais poderoso de Prysmos. Extremamente inteligente, sábio e poderoso, foi ele quem concedeu os poderes mágicos aos cavaleiros. Embora ele aja de modo neutro, e até sinistro, na maioria das vezes, sem tomar partido de nenhuma facção, ele tem um lado bondoso que dificilmente é mostrado, embora não seja nem um pouco altruísta. Em um dos episódios, ele diz aos personagens: “Vocês crêem que concedo minha mágica sem exigir nada em troca? Claro que não. Faço isso porque desejo que sejam meus instrumentos”. E, de certa forma os cavaleiros sempre dependem dele, pois a magia de seus cetros é limitada, e eles precisam ser recarregados na Montanha de Ferro sempre que são utilizados.

Falcama – esse mago pilantra e traficante de ervas mágicas (sim, você não leu errado. Ele é um traficante de ervas mágicas proibidas), é cruel e traiçoeiro, e sempre está em busca de itens mágicos poderosos a fim de tomar o lugar de Merklyn como mestre da Montanha de Ferro. Ele já trabalhou com os Lordes Sombrios em inúmeras ocasiões, mas sempre acabou preso na Prisão dos Magos.

Weeza-Sweeza – salafrário, trapaceiro e charlatão, Weeza-Sweeza foi vítima de uma maldição que lhe impede de dizer a verdade, seja qual for a situação, lançada muito provavelmente por algum cliente que ficou insatisfeito com uma de suas “poções milagrosas”. Após tentar obter uma jóia mística que se encontrava no interior do Santuário Perdido, foi capturado pelos Cavaleiros do Espectro e preso na Prisão dos Magos.

:: OS CETROS DO PODER

Alguns cavaleiros carregavam cetros que representavam certos conceitos que, de certo modo, eram ligados a algum traço de sua personalidade. Esses cetros eram ativados por trovas mágicas, e após serem utilizados, tinham de ser recarregados na Montanha de Ferro – quase sempre por um preço.

– Cetro da Sabedoria
Carregado por Leoric, ao ser ativado invocava o Guardião da Sabedoria, que tinha a forma de uma coruja e sempre respondia suas perguntas através de enigmas. Sua trova era:

Antigos segredos de um tempo incerto;
Eu vos evoco, informem vosso servo.

– Cetro do Conhecimento
Arzon utilizava os poderes de seu Cetro invocando o Mestre da Sabedoria, uma entidade que parecia um gênio da lâmpada com a cabeça envolta em uma aura de luz, extremamente inteligente e conhecedor de todos os segredos de Prysmos. Sua trova:

A vontade, o pensamento, isso é poder;
Acorde minha mente para o grande saber.

– Cetro da Força
Esse era o Cetro de Cryotek. Ao ser ativado, invocava um gigantesco arqueiro, que disparava uma flecha certeira, com grande poder de destruição. Sua trova:

Três sóis poderosos, tão primitivos;
Concedam a este arco, o poder infinito.

– Cetro da Velocidade
Quando Witterquick invocava o poder de seu Cetro, ele ganhava o poder do Guardião do Vento, que lhe permitia voar e percorrer grandes distância em velocidade maior que a do som. Sua trova:

Mergulho meus pés nos ventos do morro;
Com pernas velozes, sobre a terra eu corro.

– Cetro da Podridão
O Cetro de Darkstorm, quando ativado, invocava uma criatura semelhante a uma ratazana com asas de morcego. Qualquer coisa que fosse “abraçada” pela criatura apodrecia e se esfacelava, ou no caso de seres vivos, envelhecia.

Pelo que arrepia, e pelo que rasteja;
Que tudo que respira, também apodreça.

– Cetro do Medo
A arma favorita do ensandecido Cravex, seu Cetro do medo conjurava uma criatura semelhante a uma aranha, cuja picada fazia com que sua vítima visualizasse aquilo que mais temia. As ilusões eram tão reais que a pessoa ficava praticamente fora de ação durante o encanto.

Ó poços de névoa, sombras do desconhecido;
Faça-os sentir o terror infinito.

– Cetro da Destruição
Esse Cetro, capaz de conjurar uma gigantesca criatura humanóide cujo propósito era devastar tudo em seu caminho, era utilizado por Cindar contra seus inimigos. O cavaleiro tinha controle limitado sobre as ações do monstro que, não raro, muitas vezes se descontrolava e se voltava contra os próprios Lordes Sombrios.

Pela mão da natureza, a arte que prepara;
O que antes era um, agora se separa.

– Cetro da Invulnerabilidade
Como diz o nome, o poder desse Cetro protegia seu portador, Lexor, contra todo e qualquer tipo de dano físico. Nada mais apropriado para um personagem tão preocupado com seu bem-estar (leia-se: covarde).

Flecha pontuda, espada letal;
Que nada penetre esta carcaça mortal.

:: GUIA DE EPISÓDIOS

‘Cavaleiros da Luz Mágica’ teve uma única temporada, de treze episódios, produzida em 1986 pela Marvel/Sunbow, e tinha em sua equipe grandes nomes da animação dos anos 80, como Flint Dille, Buzz Dixon e Doug Booth, responsáveis pela qualidade da animação e dos roteiros.

No Brasil a série foi exibida pela Rede Globo no ano de 1988, como parte dos desenhos do extinto Xôu da Xuxa. Embora não existam em VHS ou DVD, é possível encontrar episódios da série na internet através de programas como WinMX ou Kazaa. Abaixo segue a lista de episódios com uma sinopse de cada um:

1. The Age of Magic Begins (Era da Magia) – O mago Merklyn convoca cavaleiros de todo o planeta Prysmos propondo-lhes um desafio na Montanha de Ferro. Aqueles que triunfarem, receberão como recompensa grandes poderes mágicos.

2. The black hand of treachery (A mão sombria da traição) – Os Lordes Sombrios começam a atacar e capturar seus rivais, um por um, visando roubar seus Cetros e Totens mágicos. Sob a liderança de Leoric, eles formam os Cavaleiros do Espectro.

3. Quest for the dragon’s eye (Em busca do olho do dragão) – Merklyn envia os dois grupos de Cavaleiros atrás do perigoso mago Falcama, que está de posse de uma jóia mística conhecida como Olho do Dragão.

4. The price of freedom (O preço da liberdade) – Darkstorm e os Darklin’ Lords capturam os Cavaleiros do Espectro para vende-los como escravos a uma comunidade isolada de Prymos, que regrediu quase à idade da pedra após perder seus servos robôs durante a Era da Magia.

5. The power of the wise (O poder do sábio) – Darkstorm, utilizando o poder de seu Cetro, transforma Leoric em um idoso, e os Cavaleiros do Espectro devem encontrar a Fonte da Eternidade para reverter a maldição e restaurar seu vigor.

6. Feryl Steps out (A desistência de Feryl) – acreditando que sua pouca experiência é um fardo para Leoric e os demais Cavaleiros, Feryl decide deixar o grupo.

7. Lion Hunt (Caça ao leão) – Darkstorm prende Leoric em sua forma animal com uma poção mágica. Sem poder se comunicar, o líder dos Cavaleiros do Espectro passa a ser caçado como uma fera selvagem que ameaça aos pequenos vilarejos de Nova Valarak.

8. The overthrow of Merklyn (A queda de Merklyn) – Cansado de depender de Merklyn para recarregar seus Cetros, Darkstorm e os Lordes pedem auxílio ao mago Falcama, a fim de roubar a orbe mágica do grande mago e usurpar seu poder.

9. Trail of Three Wizards (A trilha dos 3 magos) – Merklyn encarrega os Cavaleiros do Espectro de capturar três magos foragidos, Falcama, Weeza-Sweeza e Bogawas, que escaparam da Prisão dos Magos no episódio anterior.

10. Horn of Unicorn, Claw of Dragon (Chifre de Unicórnio, Garra de Dragão) – uma terrível doença que afeta apenas usuários de magia se espalha por Prysmos. Com quase todos os Cavaleiros do Espectro e Lordes Sombrios doentes, Merklyn envia Arzon, Witterquick, Cindar e Lexor em busca de dois ingredientes para realizar uma magia de cura.

11. Sorcery Squared (Feitiçaria ao Quadrado) – após um acidente mágico, Cryotek adquire o totem de Cravex e passa a apresentar um comportamento cada vez mais destrutivo e anti-social.

12. Honor Among Thives (Honra entre ladrões) – Reekon e Ectar invertem seus papéis. Após o mercenário roubar um item mágico do castelo de Nova Valarak, o ex-policial resolve invadir a Fortaleza de Darkstorm para roubar o item de volta.

13. Dawn of the sun imps (Alvorecer dos duendes do sol) – último episódio da série. Após um terremoto desenterrar uma tumba antiga, pequenas criaturas malignas, conhecidas como Duendes do Sol, se espalham por Prysmos, semeando o caos e destruição por onde passam.

:: A DUBLAGEM

A dublagem de ‘Cavaleiros da Luz Mágica’ merece um capítulo à parte devido ao cuidado e ao carinho de todos os envolvidos, que produziram uma das melhores dublagens de desenho animado de todos os tempos.

Dublado em 1988 nos estúdios da Herbert Richers (RJ), a direção ficou a cargo do veteraníssimo Francisco Turrelli (dublador do Rick na série Magnum e do Lanterna Verde em Superamigos, já falecido), que também era narrador da série. Os personagens principais foram dublador por um elenco estelar de dubladores talentosos, alguns deles já falecidos, infelizmente.

Entre os dubladores dos Cavaleiros do Espectro, temos:

Sérgio Galvão (Leoric) – hoje em dia está em São Paulo, dublando e dirigindo. Sérgio é um veterano da dublagem brasileira, e entre alguns de seus principais papéis estão os atores John Ward (de Remo – Desarmado e Perigoso, entre outros), Paul Hogan (Crocodilo Dundee) e Jeffrey Jones (Curtindo a Vida Adoidado).

Marco Antonio Costa (Feryl) – responsável pela voz de atores como Brad Pitt, Collin Farrell e George Clooney, Marco Antonio foi um dos dubladores mais atuantes nos desenhos animados da década de 80, incluindo Denver, o Dinossauro, Dinosaucers, Thundercats, Galaxy Rangers, Tiny Toons (Plucky Ducky, um de seus personagens preferidos) e muito mais. Dono de uma voz jovial e versátil, soube destacar a ingenuidade e pureza do jovem Cavaleiro Feryl.

Marcelo Meireles (Ectar) – embora esteja afastado da dublagem há muitos anos, Marcelo Meireles se destacou também nos desenhos animados, principalmente dublando o personagem Michelangelo (1ª voz) no desenho Tartarugas Ninjas.

Eduardo Borgerth (Cryotek) – Eduardo hoje trabalha como diretor na Herbert Richers, dublando apenas eventualmente. Ele é a primeira voz do ator Tom Berenger (que dublou em filmes como Atraiçoados e O Anjo Vingador), dublou o ator Ted Danson em 3 Solteirões e um Bebê e 3 Solteirões e uma Pequena Dama, e recentemente o personagem Undertow em Transformers: A Nova Geração, série que também dirigiu.

Marisa Leal (Galádria) – Marisa ficou conhecida no Brasil inteiro em meados dos anos 90 com a série Família Dinossauro, na qual dublava o pestinha Baby Sauro. Hoje ela empresta sua voz a atrizes como Renée Zellweger e Halle Berry, e é diretora de dublagem do animê Hamtaro.

Márcio Simões (Witterquick) – um dos dubladores mais talentosos e polivalentes do Brasil, Márcio conseguiu imprimir perfeitamente a bravura e o jeito “pé-no-chão” do cavaleiro atleta. Entre seus inúmeros trabalhos estão o Gênio da Lâmpada (do desenho Alladin, da Disney), os atores Alec Baldwin, Bruce Campbell (já entrevistado pela A ARCA), Danny Glover (em todos os filmes da série Máquina Mortífera, Silverado, O Vôo do Intruder), David Caruso (na série Nova York Contra o Crime), o gato Frajola e o Patolino (nos clássicos desenhos dos Looney Tunes), Robin Williams (em Uma Babá Quase Perfeita) e Wesley Snipes, os personagens Donatello e Rocksteady em ‘Tartarugas Ninja’, além de ser a voz de um dos policiais do quadro Fucker & Sucker no programa Casseta & Planeta.

Mário Jorge Andrade (Arzon) – outro veterano da dublagem, Mário Jorge dublou inúmeros desenhos animados, incluindo o cavaleiro Eric (do desenho Caverna do Dragão) e o Gorpo (He-man, tanto no desenho antigo quanto no novo, que hoje passa na Cartoon Network). Também dublou Steve Guttemberg em Loucademia de Polícia (I ao IV) e em ‘3 Solteirões e um Bebê’ e ‘3 Solteirões e uma Pequena Dama’, John Travolta (em quase todos os seus filmes) e, recentemente, o Neelix, de Jornada nas Estrelas: Voyager.

Já os Darklin’ Lords foram dublados por:

André Filho (Darkstorm) – infelizmente já falecido, André Filho era um dos maiores talentos da dublagem brasileira. Sua linda voz era inconfundível, e seu talento, inigualável. Marcou presença em diversas séries de TV, como Robert Wagner em Casal 20 (com o personagem Jonathan Hart), Lee Majors nas séries O Homem de 6 Milhões de Dólares e Duro na Queda, diversos filmes de Sylvester Stallone (cuja voz reproduzia com perfeição), incluindo os três Rambo, Rocky I a IV e Falcão, bem como Sean Connery em filmes como Highlander e Indiana Jones e a Última Cruzada.

Carlos Seidl (Mortred) – dono de uma voz bastante conhecida entre os fãs de Chaves, onde dublou o personagem Seu Madruga, Carlos Seidl também é conhecido por dublar o ator Jerry Orbach (Det. Lenny Briscoe) da série policial Lei & Ordem. Atualmente está com um personagem fixo na novela global “Celebridade”.

Jomery Pozzoli (Reekon) – ator e dublador veterano e extremamente talentoso, Jomery possui extensa carreira em teatro, televisão e rádio. Costuma emprestar sua voz a atores como Ben Kingsley, Gene Hackman, Henry Fonda, Robert Duvall, Cliff Robertson (o Tio Ben do filme Homem-Aranha) e, principalmente, Jack Lemmon (sua interpretação no filme Meu Pai, Lição de Vida é emocionante).

Ilka Pinheiro (Virulina) – grande dama da dublagem brasileira, Ilka Pinheiro marcou época dublando a Mulher Maravilha nos desenhos dos ‘Superamigos’ – personagem que ela voltou a dublar recentemente nas vinhetas do ‘Cartoon Network’. Hoje, além de direção de dublagem, ela também atua em séries como Tal Mãe, Tal Filha (Gilmore Girls) e Turma do Bairro.

Paulo Flores (Cindar) – dono de uma belíssima voz, Paulo Flores nos deixou esse ano. Dentre os inúmeros personagens marcantes que interpretou, estão o Diabo da Tasmânia (Taz, dos ‘Looney Tunes’), Capitão Benjamim Sisko (Jornada nas Estrelas: Deep Space 9), Aríete (‘He-Man’, nas duas versões do desenho), além dos atores Ving Rhames e Michael Clark Duncan.

Paulo Pinheiro (Lexor) – outro dublador que passou para o andar de cima, Paulo Pinheiro começou na televisão em São Paulo, ao lado de Ione Borges. Grande fã de cinema, era uma enciclopédia quando se tratava da época áurea de Hollywood. Dentre seus inúmeros trabalhos, podemos destacar Trapaleão (no desenho de mesmo nome), Tampinha (Ursuate), Enrolado (Urso do Cabelo Duro) e Bumblebee (Transformers, série clássica).

Sílvio Navas (Cravex) – Sílvio Navas era outra figurinha carimbada nos desenhos animados dos anos 80. Alguns de seus personagens mais famosos foram Munn-Ra (‘Thundercats’, 1ª voz), Destro (‘G.I. Joe’) e, mais recentemente, o andróide Bender (2ª voz) de Futurama.

Participaram ainda da dublagem Magalhães Graça (Merklyn), Garcia Neto (Falcama), Francisco José (Weeza-Sweesa), Olney Cazarré (Guardião da Sabedoria) e Carlos Marques (Bogawas e o Mestre do Conhecimento). A tradução, principalmente das trovas mágicas que ativam os Cetros de Poder (ver acima), também atesta a qualidade e o carinho com que foi feito este excelente trabalho.

O lado triste dessa história é que a Locomotion, ao exibir esse desenho, tenha ignorado a dublagem original dos anos 80 e mandado “dublar” em Miami, com 4 pessoas fazendo todas as vozes do desenho, uma tradução porca e sem nenhuma qualidade interpretativa. Lamentável.


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