Fãs de jogos de corrida e crime, fãs de séries dos anos 70, preparem-se! Este jogo traz basicamente tudo o que vocês podem querer. Embora, na verdade, vá satisfazer bem mais os fãs da série do que os fãs de jogos como Gran Theft Auto: Vice City ou Driver. É um jogo razoavelmente simples de carro-tiro, com um charme especial para quem conhece as aventuras de dois dos mais queridos tiras dos seriados da década de 70.
:: “CAUSANDO” NOS ANOS 70!
É um jogo de corrida e tiro sem muitas complicações. O jogador controla o famoso Ford Gran Torino 1974 vermelho com aquela marca que parece a da Nike, enquanto atira nos alvos, determinados quando você recebe a missão. Parar aquele carro com um traficante, ou proteger aquele carro com a testemunha, tudo bem básico.
Há o modo de um jogador e de dois jogadores, como era de se esperar. No modo one player, você controla o carro e atira nos alvos, que automaticamente entram em lock, num sistema dinâmico que provavelmente não apresentará muitos problemas de “oh, droga, deu lock no cara errado”. O grande trunfo do jogo, na minha opinião, é o modo de dois jogadores, em que um jogador controla o carro e o outro controla os tiros. Tentar sincronizar os disparos e a direção do carro pode se tornar uma grande diversão, rendendo alguns momentos bem engraçados (principalmente quando não há sincronia), e uma missão cumprida, quando há alguma. E se você ainda tiver o controle especial em forma de volante e a pistola Light Gun, fica melhor ainda.
A cidade onde rola toda a ação também é o básico cenário de perseguição de carros: coisas que explodem, pedestres correndo… ora, o que você esperaria de uma cidade num game desses? Nada grandioso, que chame a atenção, como as zilhões de falas (normalmente reclamações) dos pedestres em ‘Gran Theft Auto: Vice City’.
Durante as missões você tem uma contagem regressiva, que funciona como se fosse a audiência da televisão, IBOPE (chamado de VR). Se a contagem acaba, a missão falha. Você pode ganhar mais tempo acertando tiros no alvo, ou atirando em itens de audiência. E você pode optar por dirigir como o policial comportado ou descambar para o Carmaggedon, perdendo VR se for “irresponsável” e ganhando VR se consegue fazer manobras bacanas.
:: VISUAL RETRÔ
Os gráficos fazem você pensar “cartoon”, embora não estejam tão estilizados. A qualidade está um tanto acima da média. São gráficos limpos, coloridos e bacanas. As cenas de história entre as missões são feitas com um desenho animado, ainda que um tanto “sem movimento”, o que não é exatamente ruim, pois dá aquele clima retrô.
:: SONORIDADE DOS EMBALOS
A trilha sonora apresenta músicas características da época. Poderia trazer músicas famosas dos mágicos anos 70 (novamente, como ‘GTA Vice City’), mas não o faz. Traz umas melodias bem características, que ajudam bastante na ambientação.
Os sons estão ótimos. Das vozes (que por acaso NÃO são dubladas pelos atores originais – somente o personagem Huggy Bear é dublado pelo mesmo ator da série, Antonio Fargas, que também é o narrador do jogo) até o som de tiros, todos muito bem colocados. Com destaque para a dublagem, que está muito legal.
:: CONCLUINDO
Se você é um fã incondicional da série, ou dos anos 70 (e, muito provavelmente, se é fã de um com certeza é fã do outro), consiga este jogo. Você vai se deleitar. Se estiver procurando um jogo que possa jogar com um amigo, que seja bem divertido e rápido de jogar, esse também é o jogo pra você, embora ele acabe cansando com certa facilidade. Agora, se você está procurando aquele jogo de carro, aquele jogo de perseguição e tiros, mas não dá a mínima pros anos 70, e acha que aqueles cabelos são um traste, então é melhor você subir uma década, indo direto pros anos 80 e comprar ‘Gran Theft Auto: Vice City’. Starsky & Hutch foi feito para os fãs da série, embora eu tenha conseguido me divertir com ele por algum tempo, mesmo não tendo assistido nenhum episódio. E nada contra os cabelos anos 70.
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