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Artigo adicionado em 02/12/2003, às 10:56

Review: PRINCE OF PERSIA – THE SANDS OF TIME
Diversão pura! E por acaso algum ‘Prince of Persia’ não o é? ^_^ Praticamente todos os jogos de videogames que conhecemos devem algo a Prince of Persia. Na época de seu lançamento, lá me meados dos anos 80, foi inovador, cativante, e absurdamente desafiador. Influenciou diretamente todos os jogos de plataforma, ação, puzzle, e muitos […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Praticamente todos os jogos de videogames que conhecemos devem algo a Prince of Persia. Na época de seu lançamento, lá me meados dos anos 80, foi inovador, cativante, e absurdamente desafiador. Influenciou diretamente todos os jogos de plataforma, ação, puzzle, e muitos outros; um jogo que permanecerá para sempre na memória de qualquer gamer. Então um dia, alguém decidiu fazer um Prince of Persia 3D (“O que pode dar errado? Temos a tecnologia, vamos fazer um remake que vai ficar da horinha!”), que acabou se mostrando um grande erro. Mas então, alguém iluminado e determinado a reviver um daqueles que pode ser chamado de “clássico dos clássicos”, reúne-se ao pessoal do estúdio de Montreal da Ubisoft e faz Prince of Persia: The Sands of Time. Abençoado seja…

:: OPA, ENTÃO O NEGÓCIO É BOM?

Pode apostar o seu memory card que é, caro gamer! Um jogo veloz, divertido e bonito de se ver. Uma história bem contada, gráficos limpos, jogabilidade ótima, entre outras coisas, fazem desse jogo um dos melhores do ano, certamente. Bem, vamos por partes.

:: O TEMPO É UMA RODA QUE GIRA PARA VÁRIOS LADOS…

Você joga com Prince (pelas barbas de Gandalf, NÃO O MÚSICO)! Digo, o príncipe da Pérsia (dããã), que acabou de chegar à maturidade e quer provar a seu pai, o rei, seu valor como guerreiro. E é durante uma invasão ao castelo de um inimigo que ele tenta provar isso, recuperando um dos tesouros do sultão inimigo. E o nosso herói descobre então que o tesouro que roubou, a Adaga do Tempo, pode reverter o tempo! Depois de ser enganado pelo conselheiro de seu pai, (o conselheiro é sempre o culpado! Eita profissão difícil…), ele destranca outro dos tesouros, uma enorme ampulheta, o que acaba libertando as “Areias do Tempo”, que transformam todos no palácio onde estavam em… Zumbis de Areia! Agora o príncipe tem que percorrer o palácio, escapar de seus perigos e armadilhas, em busca do conselheiro, e sendo ajudado por Farah, uma misteriosa prisioneira.

:: ELE PERCORRE… NAS PAREDES?!

Diferente do antigo Prince of Persia, o príncipe desse jogo teve umas aulinhas com a Trinity, do Matrix. Logo no início você perceberá que esse príncipe pode andar nas paredes! Sim, e também pular de parede para parede, como o Mário de Mario 64, além de várias outras façanhas físicas, como subir em postes, cordas, girar em bastões, se pendurar… um verdadeiro acrobata de nível olímpico.

A grande inovação desse jogo é a Adaga. Ela faz com que você controle o tempo a seu bel-prazer. Quando você errar, pular e sem querer cair num buraco, levar aquele golpe que “Putz, não era pra eu ter levado esse golpe”, aperte o botão e zóóóóóóóóóóóóiiim, você retrocede no tempo até o momento que desejar. É um poder limitado, podendo ser usado até quatro vezes no começo do jogo (número que aumenta com upgrades) mas, ainda assim, torna o jogador virtualmente imortal. Entre outras coisas, você pode também deixar tudo em câmera lenta por um período de tempo, deixando você com mais tempo pra raciocinar durante uma luta, por exemplo.

A luta, um dos pontos fortes do jogo, é fabulosa. Você se sente, literalmente, dentro de um dos filmes de kung-fu. Lutando cercado, contra vários inimigos ao mesmo tempo, podendo atacá-los quase que simultaneamente, todos num combo só, e ainda tendo o fator “acrobata olímpico”: pode pular na parede por cima do inimigo e atacá-lo pelas costas, pode pular por cima dele usando-o como trampolim e muito mais (chego a pensar se esse jogo não deveria se chamar “Spider-Man of Persia”)!

:: E ELE FAZ TODAS ESSAS PIRUETAS EM GRÁFICOS DECENTES?

Certamente! Os gráficos limpos e realistas (se você pensar que zumbis de areia são uma coisa real…) são um dos atrativos do jogo. O príncipe percorre cenários monstruosamente grandes, majestosos e luxuosos, cada um sendo uma parte do palácio gigante do sultão. A animação rápida e suave dos personagens torna quase toda ação no jogo uma coisa divertida nem que seja para ficar apenas assistindo. O visual do príncipe é um visual bem mais bacana do que aquele “pijama e turbante” do antigo POP.

Enquanto você percorre os infinitos corredores do castelo, não há como não ficar impressionado com o nível de detalhes artísticos na decoração do palácio, além dos efeitos de névoa… Putz, a névoa desse jogo assombra! Graficamente, um dos melhores já lançados.

:: HMMM… E ESSES GRÁFICOS MARAVILHOSOS VÊM COM MÚSICA?

Vem, sim, claro! Uma trilha sonora inspiradora e cativante, que mistura música puramente “árabe” com alguns riffs de guitarra pesada bem colocados, dando a sensação perfeita de aventura. Infelizmente, ela não está presente sempre, um problema também visto em Xenosaga. A música simplesmente não existe fora das batalhas e de momentos críticos do jogo. Talvez em algumas partes do game o silêncio dê o clima certo, mas dava pra encaixar músicas de ambiente em alguns momentos.

Os efeitos sonoros cumprem bem o seu papel: sons de batalha, de passos, tudo muito bem feito, com destaque especial para as vozes dos personagens, bem atuadas e caracterizadas. Um dos pontos mais interessantes do jogo também é justamente o diálogo. Por exemplo, quando o príncipe morre, ele fala algo como “Não, não foi assim que aconteceu, deixe-me contar novamente”, e então você reaparece vivo, pronto pra “viver os fatos da maneira certa”. Outro ponto notável são os diálogos do príncipe com Farah, que o acompanha, ajudando em certos puzzles e também a matar certos inimigos com seu arco. Eles vão dialogando naturalmente, de maneira nunca vista antes em um jogo. E enquanto isso, os pensamentos que o príncipe estava tendo durante a aventura vão sendo revelados pelo narrador.

:: UAU! SERÁ QUE ESSE JOGO NÃO TEM DEFEITO NENHUM?

Prá falar a verdade, tem sim. Um defeito que alguns jogadores podem até ignorar, mas que certamente vai, no mínimo, incomodar os gamers veteranos. O jogo é muito fácil. Extremamente fácil. É razoavelmente longo, mas por ser um longo caminho a percorrer. Os puzzles, as batalhas, nada vai fazer a menor força para impedir o príncipe. Claro, está lotado de puzzles criativos (como o dos Pilares de luz, perto do começo do jogo) mas, no geral, são puzzles simples, que não devem levar mais do que 5 minutos para resolver. E escapar das armadilhas é facílimo, nada comparado ao que eram aqueles malditos “mastigadores” do POP clássico.

As batalhas geralmente não dificultam muito, e mesmo quando você está quase morrendo, o botão mágico de volta no tempo pode ser acionado para que você possa consertar alguns erros. Além disso, mais pra frente no jogo você vai adquirindo novas espadas, o que vai facilitando ainda mais o combate.

O jogo também é muito linear. Os cenários enormes podem fazer você pensar que vai acabar se perdendo, mas não há como. Sempre só há um único caminho a percorrer, uma só maneira de chegar no objetivo. Isso dificilmente se tornará frustrante, mas incomoda quem procura um pouco mais de “variedade”.

E também há mais uma coisa: em todos os save points que você encontra, o príncipe tem uma premonição, uma visão do futuro, que mostra flashes de coisas que ele precisará fazer, às vezes mostrando também o segredo de como passar daquela parte em que você empacou. Então, se prestar atenção nas visões, você nunca irá “travar”.

:: MAS ENTÃO? VALE A PENA?

Com certeza. O jogo pode não apresentar nenhum desafio real, mas é uma diversão certa. Quem não iria se divertir vendo esses cenários majestosos, lutar contra inimigos e escapando de armadilhas , se sentido o próprio Jackie Chan, e ainda controlando o tempo? Esse jogo entrará para o seu TOP 10 do ano mesmo depois de meia hora de jogo. Vale mesmo a pena. Pegue sua espada, a adaga mágica e se prepare: um palácio cheio de mistérios, perigos e números circences o aguarda, e que as Areias do Tempo estejam do seu lado!


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