Os jogos de primeira pessoa têm sempre tentado botar o jogador na pele do herói. Desde Doom, os jogadores têm enfrentado soldados, demônios, nazistas, mais demônios, comunistas, mais nazistas, alienígenas e seres extra-dimensionais. Mas o herói sempre foi o velho e bom ser humano de sempre, com as mesmas pistolas, metralhadoras, lança-mísseis e raios-lasers. Até que saiu Aliens Vs. Predator, um jogo que te colocava na pele… do inimigo! A continuação, Aliens Vs. Predator 2, melhorou muitos aspectos do jogo anterior e, no geral, é diversão pura!

:: VOCÊ É O ALIEN! TRUCIDE, MASSACRE O PREDADOR E O HUMANO!

Você pode escolher entre jogar com um Alien, um Predador ou um Humano, cada um com suas diferenças, vantagens e desvantagens, obviamente. O Alien é rápido, resistente, sobe nas paredes e no teto (o que pode deixar o jogador com vertigem. Vá com calma!) e ataca com garras, a cauda e os dentes. Aliás, uma coisa bem interessante é que a visão de primeira pessoa do Alien é de dentro da boca, daquela cabecinha que sai. Muito legal! 🙂

Como o Predador você tem todas aquelas armas batutíssimas à disposição: o arpão, as garras, o canhão de ombro e o favorito de todos: O DISCO! Além disso, pode usar modos de visão diversos, mira automática com o disco, ter uma presença que impõe “respeito” e ainda a habilidade de ficar invisível! Muito Legal novamente! 🙂

Mas você também pode jogar com o humano. Com um controle mais simples e mais habitual do que os outros dois, jogar com o humano é, talvez, o mais divertido. Você sente o mesmo que a tenente Ripley sentiu! Iluminação fraca, sustos, correria, tiros, milhões de aliens querendo que você seja amiguinho deles… É apavorante quando você vê o radar sensível a movimentos apitar sem saber porque apareceram tantos pontinhos nele. Aí começa a chover criaturas…

:: O QUE O ALIEN VÊ E O QUE ELE ESCUTA!

Você vai precisar de um PC um tanto sofisticado para obter uma “viagem total”. Os gráficos estão na média, poderiam ter sido mais bem trabalhados. O rosto dos humanos faz com que eles pareçam o Pinóquio em algumas situações, o que é muito mais aparente nas cut-scenes (também conhecidas por aqui como “historinhas”). Mas não afeta (muito) a credibilidade do jogo. O efeito das cores nos variados modos de visão chamam a atenção, por tornar um breu completo num psicodélico colorido-vivo.

O som é outra característica marcante. O chiado dos aliens, as vozes humanas e os grunhidos dos predadores estão bárbaros (com destaque prá risada do Predador, simplesmente SINISTRA!), assim como sons de armas, tiros, coisas desmembrando outras coisas… A música age como um “fator climático”: completa o clima. Nas horas de perigo, ou nas de suspense, você ouve aqueles tons que deixam você com o temperamento certo pra ocasião (ir mais devagar, começar a estourar uns miolos, se mijar nas calças…).

:: MAS COMO FIZERAM PARA JUNTAR TANTOS ASTROS?

A história rola num planeta onde os humanos estão fazendo testes com Aliens (novamente, nós estamos sempre mexendo onde não devíamos). Tudo ia muito bem, até que um acidente liberta alguns aliens. Se você escolhe jogar com um dos alines, começa bem nesse acidente e também tem que fugir. Bom, por causa desse acidente, humanos chegam para resgatar os sobreviventes, e você é um desses que são doidos o suficiente para ir enfrentar esses bichos. E onde o Predador entra nessa história? Ah, ele está no planeta coletando cabeças! Até que se envolve com um sobrevivente de uma caçada anterior, querendo vingança.

O que chama a atenção na história são os pontos em que os três personagens centrais se encontram. Por exemplo, quando você jogar como Alien, haverá uma parte em que você precisará libertar um predador. Quando joga como predador, é você quem está preso, vendo o alien te libertar.

:: RESUMINDO…

Uma ambientação fantástica do universo Alien/Predador, cenas assustadoras e uma jogabilidade animal devem ser razões suficientes para você querer esse jogo. Um ótimo jogo de primeira pessoa, que peca um pouquinho nos gráficos, mas proporciona uma experiência de imersão no universo de dois dos filmes mais amados do cinema de ficção científica. Vale a pena. Ah, e fique sempre de olho no radar…