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Artigo adicionado em 21/12/2003, às 04:19

Crítica: O CARA
Classificação: “Sessão Premiada” :: Trailer: baixa resolução | alta resolução :: Site oficial em inglês Quando escreveu a crítica de Super Escola de Heróis, o Fanboy descreveu a película como sendo tipicamente Sessão da Tarde. Ao comentar O Cara (The Man, 2005), produção estrelada pelo badmuthafucka Samuel L.Jackson e também por Eugene Levy (o pai […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


:: Trailer: baixa resolução | alta resolução
:: Site oficial em inglês

Quando escreveu a crítica de Super Escola de Heróis, o Fanboy descreveu a película como sendo tipicamente Sessão da Tarde. Ao comentar O Cara (The Man, 2005), produção estrelada pelo badmuthafucka Samuel L.Jackson e também por Eugene Levy (o pai do Jim na série “American Pie”), sinto que só é possível definir o filme usando mais ou menos a mesma analogia: mas, ao invés da “Sessão da Tarde”, acho que é ideal para a “Sessão Premiada”, do SBT. Sacumé, tem uns palavrões aqui e ali, alguns tiroteios, não é indicado para a faixa vespertina global. E não é um dramalhão/policial/suspense para o Supercine. Na verdade, é uma comédia B até que simpática e sem compromissos, do tipo “então tá bom”, que pode ser uma opção para um sábado chuvoso, com o Celso Portiolli sorteando muitos prêmios nos comerciais. Não sai do óbvio – mas diverte. Tipo um “Bud, o Cão Amigo”. Mas sem cachorros.

Antes de mais nada, é necessário um aviso: “O Cara” não é uma comédia de ação do tipo A Hora do Rush ou Máquina Mortífera. É apenas e tão somente uma comédia. Ponto. Aliás, é praticamente um enorme diálogo – porque 80% da produção gira ao redor de Jackson e Levy, sem tramas paralelas ou mesmo muitos coadjuvantes. Como os próprios produtores já admitiram, trata-se de um veículo cômico para mostrar o talento de Levy como protagonista. Nisso, o filme é muito bem-sucedido – porque o ator está bem divertido, usando e abusando das caras e bocas de “atrapalhado-e-tagarela-rapaz-bonzinho-metido-numa-encrenca”. Para atuar ao seu lado, no entanto, foram buscar um sujeito que pudesse encarnar o tira cool e durão. E é claro que a primeira opção foi Sam Jackson – quem não pensaria nele, afinal? Mas nisso, o filme é muito mal-sucedido – porque, cá entre nós, há pouquíssima química entre a dupla principal. E está aí o seu grande defeito. Definitivamente, eles não são Jackie Chan e Chris Tucker. E muito menos Mel Gibson e Danny Glover.

A história é um tanto óbvia: o parceiro de Derrick Vann (Jackson), um agente infiltrado numa gangue de traficantes de armas, acaba sendo assassinado justamente depois do roubo milionário de um importante carregamento. Investigado por um desconfiado agente interno (Miguel Ferrer, do remake de “Sob O Domínio do Mal”) que o acusa sutilmente de corrupção, Vann resolve solucionar o caso à sua maneira. Usando seus contatos nas ruas, consegue um encontro com o representante da gangue (Luke Goss, de Blade II, totalmente dispensável) para tentar um flagrante. Mas em seu caminho, surge Andy Fiddler. O representante de vendas de suplementos dentários está em Detoit para uma convenção da categoria. Acaba entrando num restaurante para comer algo. E se senta justamente na mesa na qual Vann se encontraria com o criminoso. Recebe uma arma por engano do bandidão. A garçonete grita. E está feita a confusão. Já vimos isso antes?

Fiddler tem uma estranha passagem na Turquia – que acabou sujando sua ficha policial. Aproveitando a trapalhada, Vann usa o bobalhão como isca para negociar com os criminosos e pegá-los no ato. Mas não vai ser assim tão fácil. O vendedor é medroso, insuportavelmente otimista, quer fazer amizades com todo mundo e, principalmente: não pára de falar um minuto. Vai caber a Vann a complicada missão de transformá-lo em alguém que convença os bandidos de que é um negociante de armas com muito dinheiro para gastar. Ele vai ter que se transformar… no cara. O cara, tá ligado? Pois é, mano.

É claro, todos os clichês estão lá: Vann é um homem desconfiado, truculento, que não acredita em ninguém, não tem amigos e vive para o trabalho. Separado da mulher por quem ainda parece apaixonado, tem uma filha com a qual sempre age com negligência, esquecendo o já básico “balé da escola”. Adivinha só o que acontece quando o boa-praça vivido por Levy, pai dedicado e marido amoroso, entra na vida de Vann, mesmo que apenas por 24 horas? Vai, você tem apenas uma chance. Menino esperto, hein? Tome um biscoito.

“O Cara” não é filme de gargalhadas histéricas. É um filme pequeno, de pequenos momentos divertidos. Um deles, no qual Levy surta e entra completamente no papel de “criminal mastermind”, assumindo Jackson como sua “bitch”, é simplesmente hilário. Sem dúvida, a seqüência mais inspirada da trama. Mas não vai muito além disso. Dá para sair com um sorriso no rosto. Mas não vai ser aqueeeeeeele sorriso, entendeu? É “haha”, mas não “hahahahahahaha”. Não? Tá, vou tentar ser mais claro. Se você conseguir um ingresso grátis e tiver uma boa companhia, acho que até vale a ida ao cinema. Senão, espere chegar em DVD. Ou então na telinha da TV aberta. Talvez… na “Sessão Premiada”? Preste atenção nos patrocinadores!

O Cara (Título original: The Man) / Ano: 2005 / Produção: EUA / Direção: Les Mayfield / Roteiro: Jim Piddock & Margaret Oberman / Elenco: Samuel L.Jackson, Eugene Levy, Luke Goss, Miguel Ferrer, Susie Essman, Anthony Mackie / Duração: 83 min.


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