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O sucesso comercial de Terry Pratchett é avassalador. Na última década, raras foram as semanas em que o autor não esteve na lista dos mais vendidos do jornal Sunday Times. É o escritor com o maior número de títulos na lista de best sellers da Inglaterra nos últimos cinco anos. Um em cada cinco livros vendidos na WH Smith, a maior rede de livrarias britânica, foi escrito por Pratchett.
Este sucesso ultrapassa as fronteiras da Grã-Bretanha: a série ‘Discworld’ já foi publicada em 27 línguas, e sua popularidade é tamanha que, em sua homenagem, uma espécie de tartaruga gigante de 42 milhões de anos descoberta na Nova Zelândia foi batizada de Psephophorus terrypratchetti.
Assim, é natural que seu desempenho comercial quase ofusque o entusiasmo da crítica e da comunidade literária. Mas esse entusiasmo também se impõe: “Simplesmente o melhor escritor de humor do século XX”, diz o Oxford Times.
A escritora A.S. Byatt afirma: “Verdadeiramente original… O Discworld é mais complexo e saboroso que o Mágico de Oz… Tem a energia do Mochileiro das Galáxias e a inventividade de Alice no País das Maravilhas… Brilhante!”
Pratchett percorre esse caminho, sempre comparado com as fontes mais variadas, como J.R.R. Tolkien (que escreveu O Senhor dos Anéis), Evelyn Waugh, G.K. Chesterton e Monty Python. É um caso mágico, sucesso de público e crítica. Nesse universo o mundo é plano, repousa sobre as costas de quatro elefantes, que por sua vez se equilibram sobre o casco de uma gigantesca tartaruga.
:: UM MITO
Pratchett começou a trabalhar como jornalista um dia em 1965 e viu seu primeiro cadáver três horas depois, nos dias em que experiência no trabalho significava alguma coisa. Depois de fazer todo tipo de trabalho possível no jornalismo provinciano, ele se juntou à Central Electricity Generating Board e se tornou assessor de imprensa para quatro estações nucleares. Ele escreveria um livro sobre suas experiências se achasse que alguém iria acreditar. Tudo isso acabou em 1987 quando se tornou óbvio que a série Discworld era muito mais divertida que o trabalho de verdade. Desde então os livros atingiram dois dígitos e têm um lugar cativo na lista dos best-sellers. Ele também escreve livros para jovens. Ocasionalmente é acusado de produzir literatura. Terry Pratchett vive em Wiltshire com sua esposa Lyn e sua filha Rhianna. Ele diz que escrever é a coisa mais divertida que alguém pode fazer sozinho (do site da Conrad Editora).
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– A Cor da Magia
‘A Cor da Magia’ é o primeiro livro da cultuada série Discworld. A história relata as aventuras do mago Rincewind e do estranho turista Duasflor, tudo com muito bom humor. Nessa aventura, os personagens praticamente fazem um tour pelo disco, o que os leva a encontrar um grande herói, um terrível demônio e dragões, além de se aproximarem perigosamente da borda do mundo.
– A Luz Fantástica
Em ‘A Luz Fantástica’, Pratchett continua a mostrar as andanças de Rincewind, um mago picareta que tem um dos oito grandes feitiços alojado na sua mente, e Duasflor, um rapaz de quatro olhos (literalmente) que veio fazer turismo. Depois de caírem pela borda do Disco, os dois colegas serão perseguidos por magos insanos que querem o feitiço de Rincewind porque, segundo a lenda, se os oito grandes feitiços não forem pronunciados no ano-novo dos porcos, o mundo será destruído.
– Direitos Iguais, Rituais Iguais
À procura do oitavo filho de um oitavo filho para sucedê-lo, o mago Drum Billet encontra, momentos antes de morrer, um recém-nascido na casa de um aldeão. A sina parece estar certa – só que o bebê é uma menina. Assim a garota Esk começa sua complicada aventura de juntar a magia da natureza – a força da Terra que mulheres trazem em si – com as forças cósmicas que os grandes magos invocam… Para ajudá-la, entra em cena a Vovó Cera do Tempo, uma bruxa cheia de feitiços e de poderes “animais”, que tenta driblar os preconceitos e levar a menina à Universidade Invisível – onde, por tradição, só estudam rapazes.
– Aprendiz de Morte
‘O Aprendiz de Morte’ é escrito com o melhor do humor – Pratchett é especialista em fazer trocadilhos com nomes – e garante ótimas risadas. No quarto volume de Discworld, Morte, um esqueleto com brilhantes luzes azuis em suas órbitas oculares e dono de uma voz semelhante a “lajes de chumbo caindo sobre granito”, oferece a Mortimer, um desajeitado rapaz do interior, uma proposta irrecusável: tornar-se seu aprendiz. Após receber a garantia de que não é preciso estar morto para conseguir esse trabalho, Mort aceita o cargo. Mas os conflitos surgem quando a descoberta do amor passa a interferir nas responsabilidades do garoto. Apaixonado pela princesa Keli e incumbido de matá-la, o rapaz não consegue cumprir sua tarefa. Ao invés de atingir a garota com a foice da morte, Mortimer desfere o golpe mortal contra o assassino, criando assim uma realidade paralela, que entra em conflito com o destino.
– O Oitavo Mago
O quinto livro da série trata de uma disputa de poder. Segundo uma lei natural do Discworld, o oitavo filho de um mago seria um fonticeiro. O fonticeiro é um mago tão poderoso que faz com que qualquer outro feiticeiro pareça apenas um maluco usando um chapéu pontudo. Por precaução, todos os feiticeiros preocupam-se em evitar o nascimento de um ser com tanto poder. Por isso, os magos eram proibidos de se casar e procriar. Mas Ipslore se apaixona, é expulso da Universidade Invisível e tem oito filhos. Como vingança, ele guia seu oitavo filho para juntos dominarem o mundo. Coin, o fonticeiro, aos dez anos, desafia o Reitor da Universidade Invisível. O garoto vence a disputa e exige ser proclamado o novo Reitor, já que é o feiticeiro mais poderoso de todo o Disco. Enquanto isso, Rincewind, o bibliotecário-assistente, foi levado por um misterioso ladrão que roubou o chapéu do Reitor. O roubo pode ter sido armado para que o chapéu não caia nas mãos de Coin. Eles viajam para terras misteriosas em um tapete voador a procura de alguém que possa usar o chapéu do Reitor e lutar contra o fonticeiro. Assim começa a grande guerra da Magia.
– Estranhas Irmãs
O sexto livro da série Discworld conta a história de três bruxas um tanto peculiares: as bruxas Vovó Cera do Tempo, Tia Ogg e Margrete. Elas vão encontrar um rei fantasma, um duque covarde, uma duquesa malévola, um bobo apaixonado e um ator mambembe. Através das três irmãs, Terry Pratchett evoca demônios, faz feitiços, altera o tempo, conclama uma assembléia de animais revoltados e promove um amor inusitado.
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