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Artigo adicionado em 05/10/2003, às 01:22

LIGA DA JUSTIÇA ou AUTHORITY: Qual o melhor?
Quem dá mais, quem dá mais… O jeito certo ou o jeito rápido? O caminho seguro ou o atalho incerto? Essa foi a questão mostrada na edição número 8 da revista Superman, da editora Panini. Na estória intitulada Olho por olho, Superman combate a equipe Elite (aos moldes de Authority), que não vê nada na […]

Por
Rodrigo "Machine Boy" Parreira


O jeito certo ou o jeito rápido? O caminho seguro ou o atalho incerto? Essa foi a questão mostrada na edição número 8 da revista Superman, da editora Panini. Na estória intitulada Olho por olho, Superman combate a equipe Elite (aos moldes de Authority), que não vê nada na sua frente do que a completa eliminação do problema, mesmo que uma cidade esteja no caminho. Para impedir um megavilão, a equipe pode detonar metade de um estado, para que este vilão não ameace o mundo.

Agora coloco na roda Liga da Justiça e Authority. A primeira é frequentada por personagens que há mais de 50 anos estão por aí; a segunda não chega a ter 5 anos de idade. Enquanto uma é sucesso de mídia, a outra se tornou um sucesso de público e crítica. Mas qual lado devemos tomar?

:: LIGA DA JUSTIÇA DA AMÉRICA

Formada pelos mais conhecidos heróis do mundo, segundo a cronologia pós-Crise, foi fundada aos moldes da veterana Sociedade da Justiça, teve várias formações, sempre com os maiores heróis da DC. Bem, nem sempre… Já foi internacional, tendo a formação da América, Europa e uma fatídica Antártida. Atualmente (nos States) é formada por Superman, Mulher Maravilha, Batman, Flash, Homem Borracha, Ajax e Lanterna Verde (atualmente John Stewart).

Liga da Justiça é um grande desafio para os autores, pois é muito difícil desenvolver algo com personagens que tenham suas próprias revistas mensais. Não se pode nem dar uma cicatriz no Batman sem ter aprovação dos autores de seus títulos mensais. Sem contar que há uma GRANDE história por trás da revista e seus personagens. Mas, às vezes, bate a dúvida: o vilão aparece, eles vão e combatem, prendem o vilão, mas daqui a alguns anos o vilão estará de volta mais feroz e forte. Será que isso não cria um ciclo vicioso?

:: THE AUTHORITY

Tudo começou, quando a Wildstorm contratou Warren Ellis (Transmetropolitan) para reformular a Stormwatch. Ele colocou o grupo de pernas pro ar, e jogou o título para a lista dos 100 mais vendidos. Mas não foi suficiente: a equipe, que ficava ao comando da ONU, tinha sua base num satélite. Em um belo dia, durante o crossover ‘WildCATS e Aliens’ (sim, os mesmos dos filmes), a Stormwatch foi completamente chacinada. O que restou foi a equipe de apoio, a Stormwatch Black, que era uma facção mais violenta e só era chamada em grandes problemas. Com o fim da equipe, foi formada a Authority, com base numa nave (A Balsa) que viaja entre dimensões. Sempre que o mundo corre grande perigo, a ONU os comunica e eles entram em ação. A equipe é formada por Apollo, Meia-noite, Doutor, Jack Hawksmoor, Rapina e liderados por Jenny Sparks.

A Authority é totalmente descompromissada, não há limites, seus personagens podem até manter relações homossexuais e aparecerem vestindo cuequinhas na capa. Os personagens são reais, o vocabulário não é nada coloquial, e sempre nos momentos mais fodas, aparece um bom e velho palavreado. E megavilão bom é megavilão morto.

:: OS OUTROS

Os dois grupos são apenas um exemplo do que acontece no mundo dos quadrinhos hoje em dia: a modernidade e o alto risco de vida está invadindo cada vez mais as revistas. Os Vingadores perderam o ar bandeiroso, quando ganharam a sua versão Ultimate, Os Supremos, e se tornaram um grande sucesso. Ao mesmo tempo, a ingenuidade dos anos 60 e o heroísmo como, por exemplo, o da Sociedade da Justiça, que já tem heróis geriátricos, também se tornaram grandes sucesso de vendas.

Mas, o que está havendo? Às vezes, em um mundo tão violento, precisamos ter um pouco da vitalidade e heroísmo dos ‘tempos seguros’ mas, ao mesmo tempo, queremos realidade, pois o mundo lá fora não são flores e já estamos cansados de saber disso. Qual será a definição de uma verdadeira HQ? Um divertimento ingênuo ou algo para reflexão? Fuga da realidade ou espelho dos acontecimentos reais?

O que acontece é que os quadrinhos estão cada vez mais deixando claro que aquela velha imagem do ‘isto é coisa para criança’ está indo por terra. Para que isso seja feito, às vezes os quadrinhos têm que chocar. Espantar. Mas isto se torna perigoso quando o chocar se torna mais necessário do que mostrar uma boa história. A dosagem é o problema.

O público que lê HQs é bem diversificado – afinal, tem gente que lê até Rob Liefeld, e o maldito sempre ressurge das cinzas – Desculpe… voltando ao assunto, o que tenho notado é que, enquanto o quadrinho forte está ficando mais presente, editoras como Image Comics estão cada vez mais diminuindo o percentual de leitores. E a fórmula da DC de fazer ‘quadrinhos adultos’ foi muito bem usada pela Marvel, e ela está conseguindo uma boa fatia do mercado que era dela antigamente, mas já estava perdendo credibilidade.

Talvez, um dia, até a Liga da Justiça se submeta a versão ‘realidade’, mas sempre vai haver uma Sociedade da Justiça pra dar um gostinho da ‘Era Ouro’ dos quadrinhos. E sempre vai haver público para os dois tipos de histórias. E você? Qual faz a sua cabeça?

:: EIS A QUESTÃO?

Mas vamos pensar um pouco no mundo real: o que você preferiria? Sua casa está sendo invadida por assassinos; segundo o pessoal do Authority, o melhor é acabar com o assassino, mesmo que você morra no decorrer do caminho. O que importa é que as outras casas estão livres deles. Segundo a Liga da Justiça, a sua vida é o que mais importa, nem que para salvá-lo eles tenham que deixar os meliantes fugirem.

Mas o liberdade dos quadrinhos é esta. Às vezes você procura algo heróico, até um pouco ingênuo, e às vezes algo real e que seja uma pancada. Nos dois lados da moeda estão Liga da Justiça e Authority. Para um fã de quadrinhos como eu, está valendo tudo. Quando são bem escritos, eu curto os dois títulos e você? O que prefere?

Viva a liberdade de pensamento…


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