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Artigo adicionado em 09/10/2003, às 02:58

JIBAN: as aventuras inesquecíveis do Policial de Aço!
Afinal, ele jura praticar o bem e te defender do mal! ^_^ Tenho certeza que a grande parte dos fãs aqui d´A ARCA ainda deliram ao falar de Jaspion, o percursor da fase de super-heróis japoneses nas telas de TV brasileiras, que a extinta Rede Manchete transmitiu com um senhor sucesso no início dos anos […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Tenho certeza que a grande parte dos fãs aqui d´A ARCA ainda deliram ao falar de Jaspion, o percursor da fase de super-heróis japoneses nas telas de TV brasileiras, que a extinta Rede Manchete transmitiu com um senhor sucesso no início dos anos 90. Mas não foi apenas esse herói japonês, com cabelo black power e calça de licra com estampa de tigrinho, que tomou conta das tardes da emissora carioca: por lá passaram também Changeman, Flashman, Jiraya e muitos outros. Alguém lembra? E de Jiban, O Policial de Aço, você também lembra?

:: JIBAN, VAI TE DEFENDER DO MAL

Jiban, que faz parte das séries live-action japonesas conhecidas como Metal Heroes – onde ‘Jaspion’, Spielvan e Kamen Rider também fazem parte – estreou no Japão em 9 de Janeiro de 1989, sendo transmitida pela TV Asashi. Aqui no Brasil, o policial do futuro foi exibido alguns anos depois, pela extinta Rede Manchete.

Chamado no Japão de Kidou Keiji Jiban (‘Detetive Móvel Jiban’), a série contava a história do policial Naoto Tamura (interpretado pelo ator Shouhei Hinoshita) que, ao retornar para casa depois de um dia de trabalho, quase é atropelado por um caminhão em alta velocidade. Naoto acaba seguindo o caminhão, a fim de lhe aplicar uma multa, e chega a uma fábrica abandonada. Ao entrar, procurando pelo possível motorista, ele encontra o velho cientista Kenzo Igarashi e sua neta, Ayumi Igarashi (Konomi Aidashimo), sendo ameaçados por um ser mutante. Vendo que a criatura está prestes a matar o cientista e sua neta, já que não conseguia obter informações de Igarashi, Naoto tenta impedir e, mesmo conseguindo destruir o mutante com um choque violento, o policial acaba atingido pela eletricidade.

Mesmo ferido, Igarashi leva Naoto de volta à seu laboratório. Mal sabia o ferido policial que havia lutado contra a organização criminosa conhecida como Biolon. Essa organização – chefiada pelo sinistro Dr. Jean-Marrie (Leo Meneghetti, que também participou do filme Godzilla Vs. Mechagodzilla, de 1993) – pretendia arrancar de Igarashi um projeto no qual o cientista estava preparando justamente para impedir o avanço dessa organização, que tinha idéias de dominar o mundo começando pelo Japão. Esse projeto, conhecido como “Projeto Jiban”, consistia em transformar uma pessoa em um ciborgue invencível, que pudesse deter as aberrações mutantes – conhecidas como Bionoids – que estavam sendo criadas por Jean-Marrie.

Ferido, o Dr. Igarashi trabalhava sem parar para transformar o ainda desacordado Naoto no Policial de Aço Jiban, coisa que só aconteceu depois de sua morte. O projeto continuou, agora nas mãos da pequena Ayumi e do Chefe Yanaguida (Akira Ishihama), e Jean-Marrie viu a única arma capaz de derrotá-lo sendo trazida à vida.

Tamura poderia deixar sua forma “Jiban” quando quisesse. Para manter sua identidade secreta dos inimigos da Biolon – e de seus amigos na delegacia de polícia – Naoto continuou seu trabalho como policial. Até mesmo sua amiga Ryu Hayakawa (Ryohei Kobayashi), que acaba ajudando Tamura em diversas aventuras, consegue notar que seu parceiro é o herói.

:: POR QUÊ É TÃO LEGAL?

Pô, fala sério… ‘Jiban’ e ‘Jiraya’ eram praticamente as únicas séries que realmente me impressionaram naquele começo dos anos 90. Eu mesmo nunca fui muito fã de Jaspion (dance, Namagederas, dance! ^_^).

Jiban me lembrava muito o Robocop, com todos aqueles passos duros e movimentos travados. E não podia deixar de me divertir quando um robô, que mal conseguia se mover, puxava uma espada e dava uma de ninja. ^_^

Bom, na verdade, o que me chamou a atenção em ‘Jiban’ pela primeira vez era o fato de que o personagem não era apenas um cara vestido numa roupa brilhante, como os outros metal heroes que proliferou no Brasil. Quando Naoto estava transformado em Jiban, ele realmente virava um robô. E vocês sabem da minha tara por robôs (“Transformers, More Than Meets the Eye…” ^_^).

Além disso, Jiban era… como posso dizer… mais “pé no chão”. Diria até “científico”. Sem robôs gigantes ou seres de outros planetas, Jiban conseguiu deixar sua trama um pouco mais crível – mesmo com seres mutantes fabricados à toque de caixa, uma navezinha muito bunda chamada Spyran e uma arma que vira espada. Também não podemos esquecer que a série seguia o esquema das já famosas séries Tokusatsu: vilão novo a cada episódio, morto no final com uma super-arma usada pelo herói. E pose de bam-bam-bam. ^_^

As armas de Jiban era um espetáculo à parte. Tirando o fato de que a arma (conhecida como Max Million Gun) ficava presa em sua perna – referência descarada à la Robocop – e que ela se transformava em uma espada, não posso deixar de citar a bazuca Auto Canhão; Poder Braquial, gancho que Jiban usava para levantar objetos ou segurar pesos elevados (além de dar aquela enforcada nos inimigos); o Canhão Daidallos, uma arma poderosíssima que disparava dois tiros de energia; e a Agulha Giratória, uma broca usada para varar paredes e outros obstáculos. E também usada para detonar os vilões.

Não posso deixar de citar, também, os veículos: o carro Leson (um espetáculo à parte) e a moto Bikan (nomesinho bunda…).

A música de apresentação, “Kidou Keiji Jiban”, cantada por Akira Kushida, é outra maravilha. Kushida é mais conhecido dos fãs por cantas as músicas de Jaspion, Jiraya e Sharivan, entre muitas outras. Kushida também canta a música de encerramento, “Ashita Yohou wa Itsu mo Hare”.

Na boa: depois do lançamento dos DVDs com a série do National Kid (já esgotado) no Brasil, esse era outra série sensacional para ser lançada por aqui. Claro, assim como Jaspion, Jiraya e Cybercop. Ah, e Spectreman, para a alegria do El Cid. E quem quiser rever Lionman merece tomar umas piabas, na boa… ^_^

:: CURIOSIDADES

– A série foi criada por Saburo Hatte… mas ele não existe! Na verdade, esse nome é um pseudônimo usado pelos escritores Shozo Uehara, Susumu Takaku e Kazue Abe, da produtora Toei. Eles praticamente foram os responsáveis pelo surgimento dos “metal heroes”, com a criação da série Uchuu Keiji Gyaban, em 1983.

– ‘Jiban’ teve um total de 52 episódios… mas o último nunca foi transmitido aqui no Brasil!

– A série também inaugurou um sub-gênero, conhecido como Police Hero, que terminou com a exibição da última série do gênero, Blue Swat, em 1994.

– Sabia que foi lançado um LP no Brasil, com a trilha sonora da série, pela Top Tape? E que a atriz Michiko Inokida, que interpretou a Chefe Yoko – outra personagem da série – participou de uma das faixas na versão japonesa? Pois é…

– A Glasslite lançou uma série de brinquedos no Brasil baseados no policial de aço.

:: COISAS PARA BAIXAR

:: Baixe a música de apresentação de Jiban, em japonês
:: Aproveite e baixe também a letra das músicas de abertura e encerramento da série


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