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Artigo adicionado em 31/10/2003, às 12:43

Crítica: ERA UMA VEZ NO MÉXICO
E viva o Johnny Deep! Não seria injusto dar ao polivalente ator Johnny Deep o nobre título de ‘Rei dos Blockbusters de 2003’. Afinal, mesmo num ano dominado por Keanu Reeves e sua luta contra as máquinas na ‘Matrix’, o astro conseguiu dar vida ao divertidíssimo Capitão Jack Sparrow em Piratas do Caribe, roubando a […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Não seria injusto dar ao polivalente ator Johnny Deep o nobre título de ‘Rei dos Blockbusters de 2003’. Afinal, mesmo num ano dominado por Keanu Reeves e sua luta contra as máquinas na ‘Matrix’, o astro conseguiu dar vida ao divertidíssimo Capitão Jack Sparrow em Piratas do Caribe, roubando a cena na aventura da Disney. O mesmo acontece em Era Uma Vez no México, terceiro filme do diretor Robert Rodriguez sobre o implacável pistoleiro conhecido como El Mariachi. Mesmo sendo estrelada pelo latin lover Antonio Banderas, a película logo se rende ao Sands vivido por Deep, um neurótico e politicamente incorreto agente da CIA que está envolvido em um golpe militar contra o presidente mexicano.

Cheio de maneirismos e canastrices típicas de um americano perdido em meio a aridez mexicana, Deep dá mais carisma e tridimensionalidade a uma trama muito bem editada, recheada de tiroteios, explosões e mortes mirabolantes, do jeito que só Rodriguez sabe fazer. Tudo bem, a história sofre alguns problemas de ‘timing’, se alongando demais em sequências que pediriam uma ação mais ágil e menos melodramática (vide as sequências de flashback de Banderas ao lado da personagem de Salma Hayek). Mas não é nada que estrague o filme, uma ação divertida que mistura elementos de faroeste, Almodóvar, John Woo e até um pouco da cinematografia das animações japonesas.

Em meio à volta do traficante Armando Barillo (Willem Dafoe, caricatural e bisonho como um chicano de bigode), a CIA envia Sands para evitar que o poderoso chefão do crime coloque o General Marquez (Gerardo Vigil) no poder. Eis que o agente federal viciado em leitão e tequila acaba procurando o lendário El Mariachi (Banderas, com uma expressão absolutamente impassível), um assassino que tem uma rixa pessoal com Marquez, matador de sua amada Carolina (Hayek) e de sua filha. Sensualíssima em trajes sumários, Salma acabou desperdiçando seu talento em cena, já que ela troca apenas meia dúzia de frases com Banderas nas lembranças do herói. E só.

Além de Danny Trejo e Cheech Marin, atores obrigatórios do diretor, também estão no filme um quase irreconhecível Mickey Rourke e o risível cantor Enrique Iglesias (ainda com a pinta arrancada recentemente) no papel de um cupincha de Banderas.

:: Só para esclarecer…

O primeiro filme que traz o violonista-pistoleiro-conquistador como personagem principal foi, na verdade, El Mariachi, de 1992. Produção independente de Robert Rodriguez, a aventura conta a história de como o músico se tornou um matador profissional. Em 95, Banderas assume o papel na continuação intitulada A Balada do Pistoleiro (‘Desperado’), já com requintes hollywoodianos e a participação dos amigos Quentin Tarantino e Steve Buscemi. Embora não tenha metade do charme do primeiro filme, ‘Era Uma Vez no México’ é uma continuação à altura do segundo, descompromissado e com pitadas de um humor negro que pode incomodar os mais puritanos. Diversão ideal para quem quer rir e, ao mesmo tempo, perder o fôlego com as acrobacias de Banderas e sua trupe. E cuidado com as balas perdidas, muchacho.


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