A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 22/09/2003, às 01:16

Review: MARVEL MAX
A linha Vertigo da Marvel Depois do sucesso da linha Vertigo, há muito tempo se falava sobre a linha adulta da Marvel Comics. Com a chegada de Joe Quesada e a perda da inocência que os atentados de 11 de setembro pediram aos quadrinhos de super-heróis, eis que surge o selo MAX Comics. Se você […]

Por
Rodrigo "Machine Boy" Parreira


Depois do sucesso da linha Vertigo, há muito tempo se falava sobre a linha adulta da Marvel Comics. Com a chegada de Joe Quesada e a perda da inocência que os atentados de 11 de setembro pediram aos quadrinhos de super-heróis, eis que surge o selo MAX Comics. Se você não compra material gringo, só deve ter lido alguma coisa por aí, nos confins da internet (ou aqui n’A ARCA). Os prêmios dados à série mensal ‘Alias’, assim como a recusa de uma gráfica no Alabama de imprimi-la por achar o material obsceno, só ajudavam a deixar o público brazuca com água na boca.

Uma amostra deste material já passou por aqui com a minissérie Fury, de Garth Ennis e Darick Robertson, dupla que esmigalha o mito do todo-poderoso diretor da S.H.I.E.L.D. Mas a gente queria mais! Graças a Deus, já está nas bancas Marvel MAX #1, um mix do que de melhor sai dentro deste selo pelos states, encabeçado pela série mensal ‘Alias’. E quem comprar, não vai se arrepender. Veja quem está neste mês na revista:

Alias: Conexão Mistério mostra o ângulo meio marginal dos heróis. Esquecida pelos companheiros e desiludida com a glamourosa vida dos justiceiros mascarados, Jessica Jones preferiu pendurar o uniforme e seguiu sua vida como detetive particular. Quem não curte palavrão, nem abra a revista; quem não curte cenas fortes, idem. Pois a cena da garota na cama com Luke Cage é foda – no entanto, não é nada gratuita, já que ajuda a mostrar a tristeza e o vazio que ficou na vida de uma mulher que encara o mundo com muito cinismo e sem frescuras. Se você sempre quis saber como diabos os detetives particulares descobrem tanta coisa, pode deixar que ela explica tudinho… (hehehehehe). Argumento cinematográfico de Brian Michael Bendis (Demolidor) e arte de Michael Gaydos;

Falando em Luke Cage, ele estrela uma minissérie nesta edição. Criado na década de 70 como um reflexo dos filmes da era ‘blackexploitation’ como Shaft, Cage era um ex-presidiário que se submeteu a uma experiência na cadeia e acabou ganhando superforça e uma pele indestrutível. Brian Azzarello, a mente por trás de 100 Balas, traz o personagem para a década de 90, trocando as calças boca-de-sino pelas roupas de rapper e substituindo o visual disco pela típica marginália das gangues do Harlem e do Bronx. No entanto, Cage continua o mesmo FDP de sempre: um mercenário sangue-frio que só dá uma de super-herói se pagarem o preço certo. Quando um mãe desesperada pede ajuda para vingar sua filha, vítima de uma bala perdida, pedaços do passado começam a mexer com a cabeça do grandalhão, que acaba se envolvendo numa trama maior do que ele poderia imaginar. A arte do premiado Richard Corben (Hulk: Banner) é carregada dos elementos da cultura urbanóide do hip-hop – lembrando, em alguns momentos, um grafite nas paredes da periferia.

A primeira história desta edição é estrelada pela Viúva Negra. Mas não se trata da ruivissíma Natasha, mas sim de sua versão loira, a tenente russa Yelena Belova, que não cansa de querer ser melhor que a original. Oficial da inteligência, ela acaba sendo levada a se tornar a Viúva para investigar o estranho assassinato de um outro oficial de alta patente que ela considerava um verdadeiro pai. Mas a moça acaba caindo num estranho clube de sadomasoquismo, de frente para uma dominatrix que começa a envolvê-la mais do que ela gostaria… Embora seja a trama mais fraca da edição, dá perceber que o competente Greg Rucka (Batman) nos reserva algumas surpresas. A arte é do controvertido Igor Kordey (Novos X-Men): apesar de forte, seu traço dá umas escorregadelas meio estranhas, especialmente nas expressões faciais mais exageradas. Mas, no geral, não compromete.

Conclusão: a revista é muito boa, mas deve incomodar muita gente. Se tá a fim de experimentar, leia, mas o ministério da saúde adverte: não deixar ao alcance das crianças. No entanto, é extremamente recomendável para quem acha que gibi são só os anabolizados e multicoloridos ‘Extreme X-Men’ de Chris Claremont

:: Gostou? Então compre a edição nº 1 de MARVEL MAX aqui mesmo! É só clicar!


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2024