Seja O Que Deus Quiser (Brasil, 2003), a nova cartada do cinema nacional que estreou essa sexta-feira, 26 de setembro, tenta ser muitas coisas… mas acaba não sendo nenhuma.
O novo filme do diretor Murillo Salles – o 4º de sua carreira – mistura muitos elementos e estilos, mas não o faz de maneira interessante. O filme não sabe se é comédia, drama, drama cômico ou comédia trágica. Cada sequência tem um clima diferente, o que o faz parecer diversos filmes costurados em um só.
A história do rapper PQD (Rocco Pitanga), músico da favela do Alemão, no Rio de Janeiro, que vai para São Paulo para acertar alguns detalhes de uma confusão ocorrida durante uma entrevista com a VJ da MTV Cacá (Ludmila Rosa), alterna momentos cômicos (principalmente a parte central do filme, que são os melhores e mais bem resolvidos momentos) com momentos mais fortes e violentos (o início, em que Cacá é assaltada, é extremamente violento; além do final, que quebra o ritmo do filme, e acaba sendo cruel demais).
De qualquer maneira, a interpretação dos atores está realmente muito boa, com destaque para Caio Junqueira, que interpreta o moderninho Nando, irmão da VJ. Tirando isso, o filme vale pelas situações absurdas que ocorrem na parte central da película. De resto, é só mais um emaranhado de cenas.
|