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Vamos colocar as coisas desta forma: quando você vai ao cinema para assistir à segunda adaptação cinematográfica das aventuras de Lara Croft, musa do mundo dos videogames, o que você espera ver? Muita ação, tiros, pura adrenalina, saltos espetaculares, perseguições, mais tiros, cenários desbundantes, acrobacias e um pouco mais de tiros só pra completar? Bom… então eu acho que não falta absolutamente nada para fazer de Lara Croft Tomb Raider: A Origem da Vida um filme tão divertido quanto foi o primeiro.
Embora o diretor seja outro (sai Simon West e entra Jan de Bont, de Twister e Velocidade Máxima), o espírito da película é rigorosamente o mesmo – se você curtiu o original, com certeza vai se apaixonar pela sequência. Caso contrário… melhor nem perder o seu tempo indo ao cinema. A trama é básica, repetindo os clichês do game: temos a heroína Lara Croft – novamente vivida pela bela Angelina Jolie, uma exploradora e arqueóloga que mistura Indiana Jones e Triplo X (com a fortuna inesgotável de Bruce Wayne, alter-ego do Batman). Temos o objetivo: o antigo artefato mítico conhecido como a Caixa de Pandora, saído direto das lendas gregas e que, se for aberto, promete liberar uma praga incontrolável sobre a Terra. Temos o vilão: Jonathan Reiss (Ciarán Hinds), ex-ganhador do prêmio Nobel e atual bioterrorista mais procurado do planeta, responsável por quase todas as doenças e pestes que afligem a humanidade na última década. Precisa mais alguma coisa? 🙂
Brincadeiras à parte, diferente do que acontece com o pretensioso Exterminador do Futuro 3, este novo ‘Tomb Raider’ está plenamente de acordo com aquilo a que se propõe desde os primeiros trailers: pura ação e diversão para dar e vender, sem maiores pretensões intelectuais. E por isso o filme funciona. No mundo dos blockbusters, é um verdadeiro achado deparar-se com uma produção que entrega justamente aquilo que promete.
A aventura parece ter sido formatada novamente como um game, dividida em fases, cada uma se passando em um cenário diferente e que terminam exatamente quando o objetivo da fase é atingida. Por pouco não dá para ver os créditos dos pontos conseguidos rolando na tela…
Um dos maiores acertos do diretor foi, sem dúvida, dar à Lara um parceiro a altura. Afinal, desta vez ela contracena com um bad boy tão apimentado quanto ela: Terry Sheridan, vivido pelo bonitão Gerard Butler, de Dracula 2000 e futura estrela da versão de O Fantasma da Ópera do diretor Joel Schumacher. Sheridan é ex-namorado de Croft e atual prisioneiro do governo inglês, considerado traidor de seu país. A química da dupla na telona é ótima e o clima de tensão sexual dá vazão a uma das cenas quentes do filme, com direito a Angelina só de toalha.
Por falar na atriz, ela está notadamente muito mais bonita e sensual do que na primeira versão, tornando-se o principal motivo para que os marmanjos resolvam sair de casa para dar uma passadinha no cinema. Se você não gosta de videogames ou não está nem um pouco interessado em generosas doses de adrenalina na veia… ‘Tomb Raider 2’ vale especialmente pela exuberância de Angelina Jolie. Sim, ela está ainda mais provocante do que as três Panteras juntas. Cada movimento, cada olhar, cada gesto, por mais delicado que seja… tudo é recheado da mais pura sensualidade. Ela está totalmente natural, sem enchimentos, mais enxuta e com uma silhueta de cair o queixo. Palmas para o diretor, que resolveu abandonar os ‘efeitos especiais’ para mostrar Angelina como ela realmente é. E, é claro, palmas para Angelina. Além de excelente atriz (como ela já provou em ‘Garota Interrompida’), ela é simplesmente… Angelina Jolie.
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