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Artigo adicionado em 29/07/2003, às 03:14

X-BOTS
Novos robôs da Gemini pecam no quesito mais importante E depois dizem que essa onda de Transformers é coisa do passado, que isso não dá dinheiro, blábláblá… Balela. É só dar uma olhada em lojas como Americanas e outras de brinquedos para encontrar uma cacetada de robôs que viram coisas, tudo falsificado. Mas o que […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


E depois dizem que essa onda de Transformers é coisa do passado, que isso não dá dinheiro, blábláblá… Balela. É só dar uma olhada em lojas como Americanas e outras de brinquedos para encontrar uma cacetada de robôs que viram coisas, tudo falsificado. Mas o que me impressiona é a quantidade deles nas lojas.

Brinquedos (assim como qualquer outro produto) muito barato, acaba tendo um revés: a qualidade. E praticamente todos os robôs que viram desde dinossauros a carros disponíveis hoje no mercado brasileiro são de péssima qualidade, fabricados em plásticos de quinta categoria e embalados em condições piores ainda (na boa, se você espirrar perto de alguma dessas embalagens, elas com certeza irão se desfazer).

Eis que vejo nas prateleiras uma leva de veículos que viram robôs chamados X-Bots, importados pela Gemini. Até há um tempo atrás, a Gemini colocava nas lojas apenas brinquedos eletrônicos, como Walkie-Talkies e carrinhos de controle remoto, mas nada de figuras de ação. Eis que tenho a surpresa de encontrar essa nova série nas prateleiras de praticamente tudo quanto é loja (a distribuição está realmente boa, pelo menos aqui no Sudeste), sem falar nos bonequinhos de Heróis do Poder. Mas falarei sobre eles em outro momento.

Os X-Bots me impressionaram, à primeira vista, pela qualidade dos brinquedos e, sendo a Gemini uma empresa que está aplicando bastante no mercado nacional de brinquedos, resolvi dar uma olhada com mais calma.

Essa série possui diversos tipos de veículos: são motos, caminhões, carros de bombeiro, guincho, betoneira e até um caminhão de lixo (recado prá galera da lista Planeta Cybertron, olha o Trash Convoy aí, macacada… :-D). Além disso, há também um jato, um tanque de guerra e até o Titanic que vira robô!

Acabei comprando a Super Bike para fazer a análise por um simples motivo: a moto está muito bem feita e sua transformação parecia um pouco mais complexa do que as transformações simples dos outros robôs. Vamos à crítica.

:: PRIMEIRAS IMPRESSÕES

A embalagem, o desenho, o brinquedo… cacete, até o logo do brinquedo lembra Transformers. Não dá para negar a “referência” (se é que vocês me entendem). Depois que eu digo para o pessoal aqui d´A ARCA que o tempo se divide em “antes de Transformers” e “depois de Transformers” os caras acham que eu estou de brincadeira… ^_^

Outro detalhe que me chamou a atenção nessa figura é uma etiquetinha na embalagem que diz “com partes de ferro”. Há mais de uma década as grandes empresas do ramo, como Hasbro e Toy Biz, baniram de seus brinquedos peças feitas com ferro. Muitos Transformers da primeira geração eram feitos quase em sua totalidade de ferro, um processo chamado de Die Cast. Como peças em ferro encareciam demais a fabricação dos brinquedos, o produto deixou de ser usado, e foi substituído por diversos tipos diferentes de plásticos.

Ainda assim, você tinha essa Super Bike, muito bem modelada, com partes de ferro, a uma média de R$ 28, um preço muito convidativo perto dos R$ 60 cobrados pela Estrela pelos menores robôs da série Transformers. Para compradores que não se importam com marcas, vale muito a pena.

:: E O BRINQUEDO?

Eu dou nota 10 para o brinquedo ainda em formato moto. Os detalhes, a pintura, tudo está muito bem feito e executado. Vem até com pé para apoiar a moto em duas rodas, e o guidão mexe um pouco para ambos os lados.

Mas se você quiser transformar a moto no robô, aí a coisa encrenca.

Primeiro, porque não há manual de instruções que diga como deve ser a transformação correta do veículo para robô e vice-versa. Se pelo menos essa transformação fosse intuitiva, beleza. Mas à primeira vista, eu mesmo – que já mexo nesses robozinhos há anos – fique com certo receio de quebrar alguma peça, já que não tinha certeza se uma parte ou outra poderia ser dobrada ou desmontada. Isso pode deixar as crianças – muito menos pacientes que nós, marmanjos – um tanto frustadas.

Nota zero eu daria para o design do robô. Me parece ele foi desenvolvido em cima de um molde já pronto de uma moto, além do fabricante não querer perder muito tempo na execução, o que gera algumas coisas estranhas. Por exemplo, enquanto os braços do robô apresentam diversos pontos de articulação, nã há nenhuma articulação nos joelhos, nos pés nem entre a cintura e as pernas, a não ser um que as fazem abrir para os lados. Mesmo com a facilidade que o robô fica em pé, não é possível fazer nenhuma pose diferente com eles.

Além disso, o painel dianteiro e a roda da frente se tornam um embuste, já que ficam na frente do rosto do robô. Ele se torna uma peça inútil, já que não é possível movê-la de maneira alguma. Traduzindo: o peito do robô é 3 vezes maior que a cabeça, e fica bem na frente… ruim.

Ah, e outro detalhe: a dobradiça do braço esquerdo do robô veio frouxa, e isso faz com que o braço nunca fique na posição correta. Isso é ruim pois essa dobradiça é responsável tanto pelo braço quanto pelo ombro. É possível ver na imagem aí em cima o problema. Espero que esse tipo de problema seja isolado.

:: E AÍ? QUAL A NOTA PARA O BRINQUEDO?

Começou muito bem, mas me decepcionou no final. E é por isso que ele está na minha estande hoje apenas em formato moto, que é simplesmente ducacete. Tirando a média entre todos os pontos (cópia de Transformers, design bacana da moto, partes em ferro, custo do toy, design tosco do robô), eu daria uma nota 6 em 10.


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