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Artigo adicionado em 18/07/2003, às 02:40

Crítica: SINBAD – A LENDA DOS SETE MARES
Uma supresa agradável: o animado é muito bacana! Fui ao cinema com poucas expectativas sobre Sinbad: A Lenda dos Sete Mares, novo animado da Dreamworks nos cinemas do nosso Brasil varonil. Verdade seja dita: tinha gostado do que vi nos trailers (como você pode comprovar clicando aqui), mesmo que as peças promocionais do filme, como […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Fui ao cinema com poucas expectativas sobre Sinbad: A Lenda dos Sete Mares, novo animado da Dreamworks nos cinemas do nosso Brasil varonil. Verdade seja dita: tinha gostado do que vi nos trailers (como você pode comprovar clicando aqui), mesmo que as peças promocionais do filme, como os trailers e os cartazes, não dizerem nada de concreto sobre esse novo trabalho que tem a produção assinada por Jeffrey Katzenberg, o responsável por todos os animados dentro da Dreamworks.

:: EM BUSCA DO LIVRO DA PAZ

Sinbad é um dos contos das lendas das Mil e Uma Noites, de onde também se originou Alladin e Ali Babá e os Quarenta Ladrões, entre outros. Eu realmente nunca li nenhum material considerado original dessas lendas, então nem entrarei na questão se a história está fiel aos contos do passado. Conheço apenas um pouco da mitologia por trás de Sinbad… o que é beeem pouco.

De qualquer maneira, a história do filme começa logo com uma belíssima visão da Deusa do Caos, Eris (com voz em inglês de Michelle Pfeiffer), tentando aprontar. Ao ver que Sinbad (com voz em inglês de Brad Pitt e dublagem nacional de Thiago Lacerda), um notório e esperto ladrão, está indo de encontro ao navio de Proteu (em inglês, voz de , e dublagem nacional de Guilherme Briggs) para saqueá-lo, a deusa decide pregar uma peça e conseguir um item valiosíssimo que nem o ladrão dos sete mares sabia estar a bordo: o Livro da Paz, um artefato que impede que o caos tome o controle na terra.

Mais para a frente do filme, Sinbad será confundido com o ladrão do artefato, e isso o fará velejar pelos sete mares à procura deste precioso item. Essa explicação parece simples e rasteira, mas não falarei mais para não estragar a história do filme

:: E COMO É O FILME?

Cara, é muito, muito bacana! Mesmo! Tomei um susto logo no começo, com a bela visão de Eris observando o nosso mundinho, logo passando para a sequência de Sinbad invadindo o navio de Proteu e sentando a pua nos guardas. Se eu pudesse definir em uma palavra esse animado, eu escolheria “aventura”. São saltos, lutas de espada, sequências de tobogã na neve, pulos de um navio para o outro, em movimentações de câmera perfeitas e de tirar o fôlego! É ação ininterrupta, com uma animação de primeiríssima linha.

Os seres mitológicos que Eris usa para infernizar a vida de Sinbad são impressionantes, com destaque para a águia de gelo e para a sequência com as sereias. Gostei muito desta sequência em especial, pela idéia de como os criativos da Dreamworks retrataram as encantadoras de homem. Computação gráfica muito bem utilizada, show de bola mesmo!

Os cenários são outro show à parte, mesmo que em pouca quantida (afinal, grande parte da aventura se passa em alto mar!). A cidade de Siracusa é realmente bela, assim como a cena dos Portais de Tártaro e a “casa” da deusa Eris.

Os diálogos estão muito bacanas, com piadas que a maioria da criançada vai simplesmente ignorar, enquanto os marmanjos na platéia irão tirar um barato. ^_^ E destaque para o personagem Rei Dymas, belissimamente animado pelo brasileiro Fabio Lignini.

:: HÁ SEMPRE A PARTE RUIM, NÉ?

Pois é. É dureza comentar isso, já que o filme foi, para mim, pura curtição do começo ao fim. Ainda assim, não posso deixar de comentar alguns probleminhas.

O primeiro diz respeito à história. Quer queira quer não queira, Sinbad é um épico. Uma busca por um item mágico por lugares perigosíssimos, regados com monstros e deuses poderosíssimos, deveria ser algo grandioso! Mas não é. Por mais que você saiba que a situação é um risco para o mundo, não dá para sentir esse medo. Com isso, a aventura parece menor do que ela é, deixando aquele gostinho de “acabou?” em nossas bocas…

Ainda relacionado ao roteiro (assinado por John Logan), duas coisas que achei que deveriam ter sido melhor desenvolvidas no roteiro: a relação de amizade entre Proteu e Sinbad e a premissa dramática de Marina, noiva de Proteu (voz de Catherine Zeta-Jones no original e dublada por Giovanna Antonelli). Esse laço de amizade entre os dois personagens é decisiva para o desfecho do roteiro, mas apenas com o que foi mostrado, não se mostra tão forte assim. E Marina possui uma força e uma atitude que não corresponde com sua personalidade (explicada em apenas uma frase por Proteu quase no fim do filme).

O visual dos personagens é outro ponto que eu acredito que poderia ter recebido melhor atenção. Os detalhes são poucos, e isso se nota principalmente quando se mostra os habitantes pomposos de Siracusa.

E Proteu não nota, em nenhum momento, que Marina vai junto com Sinbad à caça do Livro da Paz. Vá ver o filme e me diga se não é simplesmente bizarro…

:: A DUBLAGEM NACIONAL “CARIOQUÊS

Deixei esse ponto para o final pois é motivo de comentários de diversos sites e críticos nacionais. A opinião geral é que a dublagem dos personagens principais, Sinbad e Marina, dublados respectivamente pelos atores globais Thiago Lacerda e Giovanna Antonelli é péssima.

Bom, no caso de Lacerda, eu não entendi o comentário sobre sua dublagem. Não está, assim, um primórdio de perfeição, mas está muito competente. Lacerda consegue passar emoção e força como Sinbad, sem exageros.

Agora terei que concordar com a maioria que disse que a dublagem de Giovanna Antonelli está um lixo. ESTÁ MESMO! Cacete, ficou muito ruim. A atriz carrega no carioquês e não consegue expressar os sentimentos da personagem de uma maneira decente. É tenebroso toda vez que Marina abre a boca. Ainda mais ao saber que não teremos versões legendadas no cinema; apenas dubladas.

:: É HORA DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS!

Mesmo com esses problemas, o filme consegue prender magistralmente a atenção tanto de crianças quanto de adultos. Eu me diverti pacas, e fiquei até sem fôlego em algumas sequências de ação. Eu considero Sinbad: A Lenda dos Sete Mares como o melhor animado tradicional da Dreamworks até hoje, batendo fácil Spirit, o Corcel Indomável (esse filme tem belos cenários, mas simplesmente não empolga) e O Caminho para El Dorado (é legal, engraçado… e só), ficando empatado com e O Príncipe do Egito (a história é espetacular, mas nunca gostei do design de personagem desse filme…). Terminem de ler essa crítica e vão correndo ver! Depois, voltem e diga o que acharam aí n´A Voz Dos Nerds, beleza?


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