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Artigo adicionado em 13/06/2003, às 01:47

TRANSFORMERS REISSUES: Hasbro relança brinquedos da série clássica!
Saiba um pouco mais sobre o que acontece com os relançamentos nos EUA e Japão. De fanático para fanático! Em 2001, quando a mania dos Transformers dava claros sinais de que voltara com força total com o sucesso de Beast Wars e Beast Machines, a empresa japonesa detentora dos direitos dos personagens no Japão, a […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Em 2001, quando a mania dos Transformers dava claros sinais de que voltara com força total com o sucesso de Beast Wars e Beast Machines, a empresa japonesa detentora dos direitos dos personagens no Japão, a Takara, resolveu relançar os bonecos da G1, como é conhecida a série clássica, para comemorar 15 anos de Transformers no Japão. Eis que, no início do segundo semetre deste mesmo ano, Optimus Prime, o eterno líder dos Autobots é relançado. Uma ótima iniciativa por parte dos japoneses e uma ótima notícia para os fãs e colecionadores, que agora poderiam adquirir os bonecos da G1 a preços bem mais acessíveis do que os valores abusivos pedidos pelos dealers (como são conhecidos pessoas que vivem apenas de comprar e vender brinquedos).

Nem precisa dizer que a Takara foi extremamente feliz com essa idéia e os relançamentos da G1 fizeram (e ainda fazem) um grande sucesso na comunidade trans-fã mundial. Logo depois de Optimus Prime vieram Ultra Magnus, Hot Rod, Megatron, Starscream, God Ginrai (que corresponde à versão Powermaster de Optimus Prime), Sixshot e Rodimus Prime. Além desses, Sideswipe, Red Alert, Thundercracker, Skywarp, Inferno, Grapple, Ramjet, Thrust, Dirge, Ironhide, Ratchet, Trailbreaker e Hoist também foram relançados, mas com uma tiragem limitada de 1000 unidades de cada personagem e vendidos apenas em duplas como sets exclusivos de feiras de brinquedos no Japão.

O sucesso destes relançamentos foi tanto que na segunda metade de 2002 a Takara resolveu dar uma reorganizada e fazer uma espécie de “upgrade” na linha de relançamentos, que foi batizada de Transformers Collection. A partir daí, os personagens da G1 seriam relançados em duplas a cada três meses e viriam numa nova embalagem, com um novo visual, um novo formato e com uma nova arte: a caixa teria o formato livro e viriam com páginas de fichário destacáveis com a ficha dos personagens e lista de episódios. A arte da caixa passou a ser assinada por Pat Lee e a turma da Dreamwave, que estava fazendo um enorme sucesso com a minissérie em quadrinhos Generation One publicada pela editora na mesma época.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a Hasbro, detentora dos direitos dos Transformers na terra do Tio Sam, notou que o filão de relançamentos G1 deu certo e resolve seguir sua parceira japonesa. Enquanto Jazz e Prowl eram relançados no Japão inaugurando a linha Transformers Collection, a Hasbro faz uma parceria com o grupo Toys ‘R’ Us e anuncia os relançamentos americanos da G1. Parecia ser uma grande vitória para os norte-americanos, pois poderiam adquirir seus relançamentos G1 em sua própria cidade a preços mais em conta do que os japoneses.

Porém, o que pareceu ser uma euforia inicial, se tornou uma grande decepção meses depois. Por causa de normas de segurança que não existiam na década de 80, a Hasbro teve que alterar os antigos moldes dos Transformers para se adequar a estas normas, e acabou aumentando o tamanho dos mísseis dos robôs e diminuindo o tamanho dos canos de descarga de Optimus Prime e Ultra Magnus. Alguns fãs maldosos chegaram a comentar que os mísseis de Ultra-Magnus pareciam que tinham tomado Viagra! ^_^

Como desgraça pouca é bobagem, aliada a uma programação visual amadora de um redesenho da embalagem clássica, a Hasbro ainda teve a infelicidade de relançar o Hot Rod com o nome Rodimus Major, o que deixou a primeira série de seus relançamentos bem abaixo das expectativas.

Mesmo assim, a empresa norte-americana continou a levar seus relançamentos em frente, e anunciou a segunda série que seria composta por Starscream e o Optimus Prime Powermaster. O que poderia representar esperança para os colecionadores americanos, acabou se tornando em mais gafes: Starscream viria com mísseis maiores do que os originais e o Optimus Powermaster viria com God Bomber (rebatizado de Apex Armour), personagem que apenas apareceu no Japão e era totalmente desconhecido dos americanos.

Porém, com o anúncio da terceira série de relançamentos e ajudada pela aparição de protótipos dessa mesma série sendo vendidos em sites de leilão online, a Hasbro parecia que iria conquistar finalmente a credibilidade dos colecionadores. A terceira série seria composta dos personagens Jazz, Thundercracker e Bluestreak. De acordo com as fotos dos protótipos, a Hasbro teria conseguido alinhar o pára-brisa traseiro do Jazz com o teto, problema que ocorreu na versão japonesa e contou pontos contra a Takara. Além do fato de que estaria trazendo para sua série regular a versão do Bluestreak com a pintura igual a do desenho (capô e teto pretos) conhecida como versão Anime – que foi lançado no Japão apenas como item exclusivo da loja virtual e-Hobby e era vendido somente em set com uma versão completamente dourada do Jazz – e o Thundercracker, que também foi relançado no Japão como item exclusivo e de tiragem limitada. E as novidades não paravam por aí: a Hasbro também havia anunciado que esta terceira série viria em caixas com formato de livro como na “Transformers Collection” japonesa.

Dessa vez, a Hasbro prometia. Tudo indicava que com esta terceira série de relançamentos, ela iria superar a Takara… só que tudo não passou de especulação. A Hasbro continua cometendo as mesmas trapalhadas que cometeu nas séries anteriores. Os toys desta terceira série continuaram com o mesmo problema dos mísseis, dessa vez nenhum dos robôs virá com partes cromadas como vinham originalmente. Thundercracker vem com o vidro de seu cockpit na cor cinza em vez de laranja e Bluestreak vem com a pintura que saiu na série regular e não a pintura anime, além de ter seu nome mudado para Silverstreak, e para piorar a situação, os moldes de seus pára-choques tiveram que ser alterados alterado e seus lança-mísseis não atiram por causa da nova legislação de segurança para brinquedos. Jazz, que parecia ser o único que realmente superou sua versão japonesa, foi rebatizado como Autobot Jazz. As caixas são uma bizarrice à parte: apesar de realmente terem o formato livro, ainda possuem uma programação visual amadora de um redesenho da embalagem da década de 80. A programação visual é tão amadora que os designers nem tomaram o cuidado de manter um padrão de desenho para as boxart: enquando Thundercracker e Bluestreak (ou melhor, Silverstreak) vêm com suas boxarts originais, Jazz vem com a boxart assinada por Pat Lee que saiu na sua versão japonesa da Transformers Collection.

A Commemorative Series III, nome que a Hasbro deu à sua linha de relançamentos G1 acaba de chegar às lojas e, em março, a Takara premiou os colecionadores com mais dois relançamentos da “Transformers Collection”: Sideswipe – agora para o “povão” e com os olhos pintados de azul para ficar mais parecido com sua versão do desenho – e Optimus Prime – uma versão especial que vem com o machado de energia usado no primeiro episódio do desenho, “More Than Meet The Eyes” e um fichário para você colocar as páginas destacáveis que vieram nos outros robôs da coleção. Para julho, a Takara anunciou Inferno e Starscream – que virá com um DVD com animações em CGI de cenas do clássico longa-metragem animado, além de vir com um esquema de cores com tonalidades próximas ao desenho, o Megatron em forma de arma e, pasmem, um punho direito do Optimus Prime adaptado para também segurar o Megatron em forma de arma! – enquanto que a Hasbro apresentou a Commemorative Series IV de seus relançamentos: Red Alert, Prowl, Hoist e Skywarp. Desta vez, parece que a Hasbro irá usar todas as suas boxarts desenhadas pela Dreamwave. Será que isso pode ser um sinal de que finalmente eles estão começando a levar a sério esta história de relançamentos?

Apesar de tudo, os relançamentos da Hasbro estão competindo acirradamente com os da Takara nos Estados Unidos. Patriotismo? Certamente que não. A grande vantagem que os relançamentos G1 têm sobre os japoneses é uma só: O CUSTO! Além de custarem, às vezes, quase a metade do preço dos reissues da Takara, o consumidor, em vez de trocar vários e-mails com um dealer asiático, ainda pagar mais uns 10 dólares pelos custos de envio e esperar por umas 2 semanas para o item chegar, pode adquirir o mesmo Transformer numa loja a apenas alguns quarteirões de sua casa.

No fim das contas, fica o dilema: de um lado, a Takara com seus G1 mais bem acabados e mais fiéis aos originais e do outro lado, a Hasbro, com os moldes alterados, mas com o custo mais baixo e a comodidade do colecionador comprar os relançamentos em seu bairro a seu favor. Qual a melhor opção? Você decide.


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