É batata! Se você perguntar sobre para qualquer um sobre Hulk, 90% das pessoas vão falar: “Ah, eu me lembro da série que passava na TV…”. E não é por menos, já que foi um enorme sucesso para todo o tipo de pessoa (Pô, até meu pai assistia comigo! E olha que ele é fã de Charles Bronson e Chuck Norris).
Em 1977, a Marvel Comics decide entrar no ramo televisivo através da CBS, e o escolhido para abrir o caminho foi o Verdão (escolha da CBS) na aposta de novas séries. O comandante do projeto foi o veterano em TV Kenneth Johnson, conhecido pelos roteiros do O Homem de Seis Milhões de Dólares e pela produção de A Mulher Biônica. Ele ficou encarregado por agumas mudanças que todos nós odiamos.
Como Johnson queria que a série fosse competitiva no mercado, ele adaptou a história drasticamente para que tanto os adultos quanto as crianças pudessem aproveitar o programa. As mudanças atingiram coisas como sua origem e seu nome, que de Bruce Banner passou para David Banner, porque Johnson não gostava de personagens com iniciais de nomes iguais, inclusive seus sons (ex: Clark Kent, Lois Lane, Matt Murdock, Peter Parker, etc…).
Na série, Banner é um cientista que está estudando a adrenalina na força humana, um interesse que o dominou após perder sua esposa em um acidente com um carro que pegava fogo e ele nada pôde fazer. E um de seus experimentos com radiação dá terrivelmente errado, o quê resulta em sua perpétua aflição.
O vilão da série também muda. De um maníaco comandante do exécito, Johnson coloca um repórter de jornal sensacionalista que tenta convencer a todos que um monstro verde está à solta e causando pavor no povo, só para dar uma guinada em sua carreira.
O nosso querido gigante verde também sofre mudanças. Enquanto no gibi ele falava e nem ligava para tiros de tanques, na série ele nunca falou e podia ser atingido por balas, facas e outros tipos de armamentos.
Depois das mudanças (ufa!) só faltava o elenco, e para os papéis Johnson chama Bill Bixby (no papel do Dr. Banner) e Jack Colvin (para viver o repórter Jack McGee). O mais difícil ficou por último: achar um Hulk.
Primeiro, Johnson fez testes com Richard Kiel (aquele grandão com boca de aço do filme do 007), mas o ator não era encorpado o bastante para entrar na pele do Verdão. Mas logo achou seu Hulk no Mister Universo duas vezes consecutivas (1973 e 74) Lou Ferrigno, que tinha mais de 2 metros de altura e na epóca pesava 150 kilos de puro músculo.
Em novembro de 1977, o piloto de O Incrível Hulk entra nos lares de milhares de americanos e termina com um final sugestivo de retorno. As críticas são totalmente positivas, devido aos efeitos e à temática abordada.
Três semanas depois, estréia o segundo capítulo de 2 horas entitulado O Retorno do Incrível Hulk (ou Morte em Família) com um clima mais de dilemas e compaixão. E em 1978, o seriado começa com o esquema ‘uma vez por semana com uma hora de duração’, mostrando as aventuras de David/Hulk contra manifestações da natureza, animais raivosos, mestres de caratê e, é claro, o mala do Jack McGee.
A segunda temporada começa com o episódio Married, no qual David se casa com uma psicóloga com uma doença terminal. Ainda assim, a série não fugiu da fórmula que a fez ganhar tantos fãs, apesar de focalizar em assuntos mais sociais como alcoolismo, doenças mentais e depressão… além de McGee descobrir que Hulk se transforma em humano. A série também faz história como a primeira em ficção científica a ganhar um Emmy por melhor atriz (Mariette Hartley, a psicóloga com doença terminal) e não apenas em categorias técnicas.
Na terceira temporada, que começa em setembro de 1979, vemos McGee cada vez mais perto de descobrir quem é o monstro, seguindo seus passos e sempre se encontrando com Banner no caminho. Nessa temporada, Bixby atuava com sua então esposa Brenda Bennet, mas já passavam por alguns problemas. Tudo se agrava quando Bixby se separa e quer a custódia do filho. Mais tarde, Christopher Bixby morre na sala de espera de um hospital e continua quando Bennet, por não aquentar a ausência do filho, se suicida em 1982.
Já a quarta temporada começa com os desentendimentos com o produtor Johnson e a CBS, querendo cortar os custos de todas as séries devido à troca de executivos e política da empresa. A primeira da lista era a do Verdão, pois tinha muitos gastos em efeitos especiais. Tudo acabou sendo contornado (er…mais ou menos) e começaram as filmagens. A temporada estréia com um capítulo duplo onde Banner se vê preso na meia transformação entre humano e Hulk depois de um meteoro colidir com a Terra. Capturado pelo exército americano como um alien, ele acaba escapando espetacularmente do local secreto (talvez a famosa Área 51).
Em relação às outras temporadas, a quarta não tem tanta força, mas mostra coisas interessantes como Bixby e Colvin dirigindo alguns capítulos e o capítulo King Of The Beach, no qual Ferrigno atua contra Bixby (mas sem a maquiagem verde). Em outro capítulo, um segundo homem se transforma em feroz monstro verde… e tem a cura para a anomalia. Infelizmente, o estranho quer o poder de Hulk para ele e por isso destrói a fórmula que traria a cura para ambos.
Com a equipe começando os trabalhos da quinta temporada, o novo “cabeça” da CBS manda uma bomba: acabar com as séries de índice sólido e contínuo. Por isso, a série do Golias Verde é cancelada imadiatamente. O público ainda consegue conferir os únicos 7 episódios da temporada, como aquele de 2 horas no qual Banner é julgado pela morte de sua assistente no piloto da série.
No fim dos anos 80 (ah, os anos 80…), as antigas séries começam a se transformar em filmes para a TV. Bixby, Ferrigno e companhia também entram nessa e se dão muito bem novamente. No filme O Retorno do Incrível Hulk, feito pela NBC, encontramos um Banner trabalhando em um instituto de pesquisas e controlando suas emoções por dois anos, sem se transformar e terminando uma máquina que lhe trará a cura. Banner acaba descobrindo que um antigo aluno seu também tem a mesma anomalia… só que, ao invés de virar Hulk, ele vira o deus nórdico Thor (também personagem da Marvel).
O filme foi campeão de audiência muitas vezes, por isso foram feitos mais outros dois. Em o O Julgamento do Incrível Hulk, aparece o personagem Demolidor (com outro nome, devido à tradução tosca do Brasil) lutando lado-a-lado com o Verdão contra o Rei do Crime. Já em A Morte do Incrível Hulk, Banner conta para um cientista que está trabalhando com radiação gama sobre seu mal e eles tentam achar a cura… só que terroristas raptam o doutor e sua esposa e agora o verdusco tem que se sacrificar para salvar o casal.
Ufa! Depois disso tudo, espero que aproveitem o DVD da série para lembrar de tudo e…o quê? Vocês não têm DVD?…Ah, então assistam na Sony as reprises do seri… Ahn? Sem TV a cabo também?! Ah, meu! Se vira então! Ou melhor: continua acessando a gente até o sol raiar!
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Quer relembrar? Olha o que tem no Submarino:
O Incrível Hulk – Como a fera nasceu
A Morte do Incrível Hulk
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