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Artigo adicionado em 02/04/2003, às 10:53

REVIEW: ÍCONES – NOTURNO
Finalmente deram o devido respeito a um dos X-Men mais bacanas! Um dos principais motivos pelos quais estou ansioso para ver X2, a continuação cinematográfica das aventuras dos mutantes mais queridos da Marvel Comics, é a participação do Noturno (interpretado pelo ator inglês Alan Cumming). Quando teve que acrescentar um novo personagem à equipe original […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Um dos principais motivos pelos quais estou ansioso para ver X2, a continuação cinematográfica das aventuras dos mutantes mais queridos da Marvel Comics, é a participação do Noturno (interpretado pelo ator inglês Alan Cumming). Quando teve que acrescentar um novo personagem à equipe original do primeiro filme, o diretor Bryan Singer tomou uma decisão acertadíssima: ao invés de apostar em medalhões como Gambit ou Fera, que muitos já conheciam graças ao desenho da TV, ele preferiu trazer à tona um dos x-man mais queridos pelos fãs dos quadrinhos. Demorou, portanto, para que a própria Marvel se tocasse e desse ao sujeito o tratamento que ele merece. Um dos primeiros passos já foi dado: Noturno é a estrela de sua própria mini-série da linha Ícones, que começou a ser publicada em duas partes aqui no Brasil pela Panini Comics.

Kurt Wagner é, sem sombra de dúvidas, o meu mutante preferido de todo o universo Marvel. Simpático, gentil, bem-humorado, carismático, cavalheiro, com excelentes modos, Kurt é justamente tudo aquilo que sua aparência sombria e demoníaca não sugere. Assim como o Homem-Aranha, ele é uma pessoa comum, que por baixo de uma muralha de piadas e sorrisos esconde uma série de problemas e complexos. É esta tri-dimensionalidade que faz dele um herói tão querido. No comando do Excalibur (que chegou a ser um dos meus títulos mutantes favoritos), por exemplo, Noturno estava simplesmente perfeito!

Em Ícones, o argumentista Chris Kipiniak aprofunda ainda mais as questões desta nova fase do Noturno como padre. Surpreso? Ou você ainda não tinha reparado no colarinho que ele usa por baixo do uniforme dos X-Men? Vamos ser sinceros, por que diabos uma pessoa como ele não poderia ter se decidido pela religião? E a idéia, praticamente inexplorada nos quadrinhos de super-heróis, é duplamente empolgante, porque temos uma espécie de demônio azul tentando servir a Deus. Embora ainda não tenha sido ordenado, Kurt conta com a ajuda de um indutor de imagens holográfico (que ajuda a disfarçar sua verdadeira aparência) e do Padre Whitney (que sabe de sua real identidade) para tentar cumprir seus caminhos na fé. E é justamente num dos momentos mais críticos de sua missão que o Noturno se depara com uma garota tailandesa chamada Kim e, por meio dela, acaba chegando a uma rede internacional de tráfico de escravos.

O interessante é que Kipiniak evita caminhos fáceis ou óbvios ao abordar assuntos de certa complexidade como “quando você faz o bem para uma pessoa, você realmente fez o bem? Ou ela vive num mundo em que qualquer escolha pode ser tão terrível quanto a escravidão?”. Para um super-herói que acredita em Deus da forma que Kurt acredita, a resposta nunca será das mais fáceis.

A arte de Matthew Smith, que me lembrou bastante o trabalho de Phil Hester no Arqueiro Verde de Kevin Smith, é limpa, leve e bastante ágil, como pede o personagem. No entanto, os olhos do Noturno transmitem de maneira surpreendente o lado sombrio que se esconde por trás de todas as suas gracinhas. Como Hester, ele peca em alguns enquadramentos e anatomias mas, no geral, seu traço funciona muito bem.

Além de ser uma história deliciosa, a série funciona como excelente aperitivo do que podemos esperar do personagem de Alan Cumming nos cinemas… caso ele entre de cabeça na pele azul do nosso querido mutante alemão! Era isso. Então… BAMF!


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