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Artigo adicionado em 24/03/2003, às 04:51

OSCAR 2003: ‘Chicago’ leva o Oscar de melhor filme
Os discursos contra a guerra foram poucos, mas bem incisivos Diferente do que vinha acontecendo nos últimos anos, até que foi uma festa divertida… Pois é: neste domingo, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas promoveu a 75ª cerimônia de entrega dos prêmios Oscar no Kodak Theatre, em Los Angeles. Conforme prometido, o tom da […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


Diferente do que vinha acontecendo nos últimos anos, até que foi uma festa divertida… Pois é: neste domingo, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas promoveu a 75ª cerimônia de entrega dos prêmios Oscar no Kodak Theatre, em Los Angeles. Conforme prometido, o tom da premiação foi muito mais sóbrio e menos glamuroso do que o costumaz, justamente porque aquele ‘filho-duma-cadela-sem-dono’ do George W. Bush resolveu mostrar ao mundo que o pau dele é maior que o do Saddam Hussein e começou a bombardear o Iraque. E, em tempos de guerra, a última coisa que seria cabível é uma festança toda cheia de pompa, brilhos e paetês. Pairava no ar, isso sim, um grande clima de nostalgia – afinal, trata-se de um jubileu de diamante – e justamente por isso foram homenageados todos os ganhadores do passado. O grande vencedor da noite, conforme esperado, foi o musical Chicago que, além do Oscar de melhor filme, levou para casa mais cinco estatuetas, incluindo a de melhor atriz coadjuvante para a bela grávida Catherine Zeta-Jones.

O apresentador da noite foi novamente Steve Martin, que não esteve em seus momentos mais inspirados. Mesmo as tais piadas internas (que só um americano viciado em cinema ou que trabalha no meio entenderia 100%) foram fraquíssimas, sem qualquer charme ou estilo. No entanto, o cara não comprometeu o andamento da carruagem. A galera nerd já começou a cerimônia surtando: afinal, o primeiro prêmio a ser anunciado foi justamente o de melhor oscar animado. E não é que o Miyazaki ganhou, minha gente? Pois é: o belíssimo anime A Viagem de Chihiro (Spirited Away) deixou os filmecos da Disney para trás e faturou aquele desejado homem nú dourado. É claro que o Miyazaki, recluso como ele só, não foi receber a premiação…

De um modo geral, os vencedores de cada categoria já eram mais ou menos esperados. No entanto, algumas surpresas ajudaram a tornar a noite um pouco mais apimentada. Quem imaginaria, por exemplo, que o simpático (e feio pra cacete) Adrien Brody (de O Pianista) levaria o Oscar de melhor ator? Visivelmente surpreso e emocionado, o cara subiu ao palco e fez um enorme discurso de agradecimento meio desajeitado, repetindo o feito de Halle Berry no ano passado. Em um dado momento, a orquestra ameaçou entrar para interrompê-lo, mas o cara pediu ‘mais um minuto’. Por falar em ‘O Pianista’, a saia justa se formou quando Roman Polanski faturou a estatueta de melhor diretor. Afinal, era visível que os presentes se entreolhavam já sabendo da situação: o diretor andou fazendo besteiras por aí e se deu mal ao tentar abusar sexualmente de uma jovem de 13 anos (na casa de Jack Nicholson, enquanto este estava fora). Ele foi processado em 1977 e, antes mesmo da setença sair, ele fugiu para Paris. Pois é, o sujeito é um fugitivo da Justiça americana. Além dos dois, destaque para o rapper branco Eminem, que foi agraciado com a esatueta de melhor canção original. Das cinco canções concorrentes, esta foi a única não tocada no palco da cerimônia. Depois que os organizadores da festa disseram que ele precisaria fazer uma ‘versão light’ do rap Lose Yourself, da trilha sonora do filme 8 Mile – Rua das Ilusões, Eminem ficou muito puto e resolveu não cantar no Oscar.

O Caetano Veloso cantou ‘Burn It Blue’, da trilha de Frida, ao lado da cantora mexicana Lila Downs. Olha… quem me conhece sabe que eu não gosto do cara, mas tenho que admitir: a música é linda mesmo. Tudo bem que o vozeirão de Downs ajuda e muito mas, ainda assim… Ah: e depois de fazer tanta viadagem, o Peter O’Toole apareceu e levou o seu Oscar honorário. Afinal, o velhinho tinha dito ‘não’ para a honraria da Academia. Indicado ao prêmio de melhor ator sete vezes em sua carreira, ele teria enviado uma carta à Academia dizendo que ainda “está no jogo” e pode vir a vencer.

GUERRA — Se os organizadores do Oscar acharam que a invasão ao Iraque ia ficar de fora dos discursos da noite… ledo engano. Ao receber o Oscar de melhor documentário pelo polêmico Jogando Boliche por Columbine (Bowling for Columbine), o diretor Michael Moore soltou o verbo contra o presidente Bush num discurso pra lá de irado. “Vivemos em tempos de ficção, com resultados fictícios de uma eleição que elege um presidente fictício. Vivemos num tempo, no qual temos um homem que nos envia para uma guerra por motivos fictícios. (…) Não nos enganemos, a maioria do voto não está na Casa Branca. A democracia foi seqüestrada”, disse ele, entre aplausos e vaias (não se esqueçam: 70% dos americanos apóiam a invasão ao Iraque). Adrien Brody e Susan Sarandon também deram suas alfinetadas, mas muito mais sutilmente. Conforme prometido, uma série de artistas usavam em suas lapelas um símbolo da paz como protesto velado contra a atitude militarista e imbecilóide do orelhudo metido a caubói que preside seu país.

AH, SIM… Não dá pra deixar de falar da transmissão da TNT, que este ano foi o único canal da TV fechada a exibir a cerimônia. Os tradutores que acompanhavam o programa estavam nervosos demais e, além dos gaguejos, algumas vezes deixavam passar uma série de nomes de filmes em inglês que já têm tradução para o português. Fora as mancadas como chamar a Salma Hayek de Selma ou o grupo U2 de ÚDOIS. E durante os musicais, o áudio falhava e nos deixava ouvir os comentários da equipe de produção falando entre si. Lamentável…

CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES:

MELHOR FILME
Chicago

MELHOR DIRETOR
Roman Polanski (O Pianista)

MELHOR ATOR
Adrien Brody (O Pianista)

MELHOR ATRIZ
Nicole Kidman (As Horas)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Chris Cooper (Adaptação)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Catherine Zeta-Jones (Chicago)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Fale com Ela

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
O Pianista

OSCAR HONORÁRIO
Peter O’Toole

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Lose Yourself (8 Mile: Rua das Ilusões)

MELHOR EDIÇÃO
Chicago

MELHOR FOTOGRAFIA
Estrada para a Perdição

MELHOR DOCUMENTÁRIO CURTA METRAGEM
Twin Towers

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Jogando Boliche por Columbine

MELHOR EDIÇÃO DE SOM
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres

MELHORES EFEITOS SONOROS
Chicago

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Nowhere in Africa (Alemanha)

MELHOR TRILHA SONORA
Frida (Compositor: Elliot Goldenthal)

MELHOR MAQUIAGEM
Frida

MELHOR FIGURINO
Chicago

MELHOR CURTA METRAGEM
This Charming Man

MELHOR CURTA ANIMADO
The Chubbchubbs

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Chicago

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres

MELHOR FILME ANIMADO
A Viagem de Chihiro


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