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Artigo adicionado em 20/03/2003, às 07:04

Crítica: AS HORAS
Filme para mulheres. E no melhor sentido da palavra “Chick flick”. É assim que os norte-americanos chamam os filmes românticos, água-com-açúcar, filmes sobre e direcionados ao universo feminino; coisa que a maioria dos marmanjos repudia. Mas, depois de ver As Horas e notar a reação das mulheres que estavam no cinema naquela sessão, posso garantir […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


“Chick flick”. É assim que os norte-americanos chamam os filmes românticos, água-com-açúcar, filmes sobre e direcionados ao universo feminino; coisa que a maioria dos marmanjos repudia. Mas, depois de ver As Horas e notar a reação das mulheres que estavam no cinema naquela sessão, posso garantir que, se houvesse mais filmes como este, com certeza dramalhões como Amor à Segunda Vista não dariam tanta bilheteria.

Claro que estou generalizando um pouco para tentar comentar que o novo filme do diretor Stephen Daldry (do ótimo Billy Elliot) é um mergulho profundo na psiquê feminina. Sendo assim, posso garantir que fiquei apenas boiando. Afinal, um ensaio sobre solidão, loucura, busca do seu lugar ao mundo e, principalmente, sobre a vida e a morte, e como tudo isso é encarado, torna-se novo quando três mulheres, cada uma de épcoas e situações de vida diferentes, tratam esse assunto.

O filme começa com o suicídio da famosa escritora inglesa Virgínia Woolf (Nicole Kidman, irreconhecível por trás de um narigão), autora do romance “Mrs. Dalloway”, e que se suicidou em 1943. Logo após, o filme pula para a Califórnia em 1951, onde a suburbana Laura Brown (Julliane Moore, de Boogie Nights e Hannibal) acaba de acordar e se prepara para mais um dia como dona de casa. Em 2001, Clarissa Vaughn (Meryl Streep) também se levanta para um dia cheio à sua frente, com os preparativos da festa oferecida ao seu amigo e poeta Richard Brown (Ed Harris, de Pollock e Uma Mente Brilhante), que está em estado terminal de AIDS.

Assim como no romance de Woolf, em apenas um dia a vida das três mulheres resumem suas ambições, desejos, desilusões, tristezas e alegrias. Vidas que parecem tão distantes umas das outras vão sutilmente sendo ligadas por pequenos fatos. À primeira vista, imaginei que a história pudesse ser resumida da seguinte maneira: Woolf conta a história, enquanto Laura Brown é a leitora da vida de Clarissa Vaughn. Em um certo momento do filme, fica claro que não é tão simples assim.

O filme, por si só, não é uma experiência simples. Ainda assim, para mim, a sensação é de que a psiquê feminina é bem mais complexa do que eu poderia imaginar. E olha que eu já tinha tomado uma senhora aula de depressão pós-parto da Cidona. ^_^ Isso sem falar na sensação de estar totalmente por fora desse universo. Isso sem falar em diversos outros pontos que eu nem devo ter notado.

As interpretações estão espetaculares, um show à parte. As três protagonistas estão perfeitas, mas fiquei também muito impressionado com a atuação de Ed Harris. O personagem dele é muito importante para a história, prestem bastante atenção nele. Indo para o lado do bizarro, que eu e o Benício tanto gostamos, não poderia deixar de citar a participação do sumido Jeff Daniels. É pequena, mas competente.

Eu recomendo às todas as mulheres, e realmente gostaria de saber as opiniões de vocês, meninas que acessam A Arca. E aconselho aos rapazolas que levem suas namoradas e mães para ver este filme. Eu recomendo e tenho certeza que elas vão curtir muito. E os meninos até comecem a entender um pouco melhor que alguns atos tão sem sentido das mulheres que rodeiam você talvez não sejam tão sem sentido.


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