Esse jogaço pode ser resumido em uma única palavra: imersivo. O pessoal da Retro Studios, responsáveis pelo mundo tridimensional de Metroid Prime, jogo para o Gamecube da Nintendo, conseguiu colocar o jogador na pele da caçadora de recompensas Samus Aran. Esse game não é um simplesmente um FPS (first person shooter); é muito mais!
Todos o receios e as críticas feitas pelos antigos fãs de Metroid, acostumados às versões 2D dos antigos consoles da Big N, foram substituídos por alívio e satisfação, pois a essência dos jogos anteriores foi totalmente preservada: portas que se abrem com disparos, diferentes tipos de raios, tiros carregados, mísseis, super-mísseis, “energy tanks”, a famosa “morph ball”, o “grapple beam” (raio trator) e outras novidades que o jogo reserva à medida em que o jogador vai avançando.
Agora vamos comentar tópicos específicos:
:: GRÁFICOS
Nota dez. Brilhos metálicos, reflexos e texturas incríveis em tempo real. Quando Samus passa por locais onde há chuva e olha para cima, as gotas molham o seu visor, que também embaça quando ela atravessa ambientes muito quentes. Localidades em baixo d’água também são fielmente representadas. Quando se usa o tiro normal carregado, o cenário sofre até mesmo uma distorção ótica provocada pelo disparo… e isso é apenas um mero detalhe!
:: JOGABILIDADE
Os controles são muito precisos, transmitindo bastante confiança ao jogador, e essa confiança é muito necessária durante o jogo! Todos os botões do controle do GC são utilizados. Pode-se travar os alvos em inimigos enquanto Samus se move em volta dos mesmos em um sistema que lembra bastante o do jogo Zelda: Ocarina of Time e Zelda: Majora´s Mask, ambos do Nintendo 64. O direcional analógico move Samus, a troca dos diferentes visores é feita no direcional digital, a troca dos diferentes tipos de raios é feita no botão “C”. O botão “B” aciona os pulos e o “A” atira. O “Z” aciona o mapa e “L” e “R” travam a mira e olham ao redor respectivamente. O “X” aciona a “morph ball” e o “Y” atira mísseis. Ao longo do jogo Samus vai adquirindo mais itens e habilidades e os botões do controle passam a acumular funções. Isso porém não afeta em nada a jogabilidade, pois a Retro Studios pensou em tudo!
:: SOM
É um dos fatores que tornam esse jogo tão envolvente. Pode-se escutar os grunhidos dos piratas espaciais, os sons emitidos pelos “missile expansions” e itens coletáveis (o que facilita a procura dos mesmos), os ruídos únicos dos diferentes disparos do arsenal de Samus, entre outras maravilhas. Já as músicas não ficam para trás, dando o clima necessário para o momento: algumas são claustrofobicamente aterradoras, outras (mais raras) suaves e a música da batalha final contra Metroid Prime é a melhor! (sim! O nome do jogo é o chefe final!) Show de bola!
:: OS CHEFES DE FASE
São um show a parte. Tão mortíferos como bem-feitos. Alguns deixarão os jogadores de cabelo em pé, pois são necessárias diferentes táticas para enfrentar cada um deles. Ainda bem que uma das habilidades de Samus consiste em analisar objetos e inimigos, o que possibilita a descoberta de pontos fracos. O sub-chefe geral do jogo é o mortífero Meta Ridley, o dragão insano que atazanou tanto a vida dos jogadores em Super Metroid do SNES. Derrotá-lo requer habilidade total do jogador, bem como uma quantidade considerável de “energy tanks” e poder de fogo. Mas é um barato enfrentar o bicho!
:: O QUE MAIS SE PODE DIZER?
Finalizando, vou me repetir: Metroid Prime é um dos melhores jogos já produzidos. Felizes estão os proprietários do Gamecube.
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