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Irresistível.
Assim é a nova produção de Steven Spielberg, Prenda-me Se For Capaz. É impressionante como uma boa estória bem contada pode banalizar as maravilhosas cenas com efeitos especiais e lutas incríveis. A criatividade e inteligência do protagonista Frank Abagnale, muito bem interpretado por Leonardo DiCaprio, é cativante. Do início ao fim, a platéia se surpreende com as peripércias do malandro profissional e é impossível não torcer pelo simpático bandido.
Antes dos 20 anos, Frank já era um dos falsificadores mais procurados pelo FBI. Mas a estória (verídica, por incrível que pareça) começa mesmo quando ele tinha 16 anos. O pai (Christopher Walken, canastrão indicado ao Oscar de ator coadjuvante por este papel) está atolado em dívidas lhe dá de presente de aniversário um talão de cheques e o ótimo conselho: Os Yankees (time de beisebal americano) sempre ganham porque o adversário se distrai com as listras do uniforme.
Com cheques na mão, esta idéia na cabeça e sem lugar para ficar após a separação dos pais, Frank resolve apostar nos uniformes. Primeiro foi o de piloto de avião, e assim faturou mais de US$ 1 milhão descontando cheques-salário falsos e voando muitas milhas ao redor dos EUA. Tamanha coragem – e golpe – chama a atenção do FBI que fica na cola de Frank na figura do agente Carl (Tom Hanks). Bandido e mocinho chegam a se encontrar num quarto de hotel, mas a presença de espírito do jovem rapaz engana o policial e dá início a uma estranha relação de amizade e admiração.
Frank então, se interessa por outro uniforme: o de médico. Como chefe de emergência do hospital, ele se apaixona pela jovem (e boba) Brenda. O pai da garota é advogado e Frank não resiste à tentação de vestir mais um uniforme: vira promotor-assistente em Lousiana. Muitas outras façanhas marcam sua vida. A mais recente é ter sua estória contada nas telas dos cinemas do mundo todo com muito charme.
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